Síndrome de Still

Artrite Idiopática Juvenil – Doença Still

Trata-se de um tipo de artrite juvenil idiopática que se caracteriza por febre alta e erupções cutâneas passageiras. A doença foi nomeada pelo médico inglês George Frederic Still (1861 – 1941). Essa doença primeiro foi observada em crianças, contudo, também se sabe que ela pode se manifestar em adultos em casos raros.

Existem inúmeras teorias a respeito da causa dessa doença, acredita-se que pode ser uma causa microbacterial. Contudo, a causa ainda é desconhecida e a acredita-se ser uma doença do tipo autoimune.

Artrite Sistêmica (Doença de Still)

O nome de Doença de Still é concedido a AJJ na sua forma sistêmica em que os principais sintomas são a febre alta e outros achados clínicos como hepatoesplenomeglia, linfadenopatia e rash.

Doença de Still do Adulto (DSA)

Trata-se de um tipo de desordem inflamatória sistêmica que tem como principais características a febre alta, poliartrite, erupção evanescente e leucocitose. Essa doença pode se manifestar em adultos de inúmeras etnias, contudo, é vista como uma desordem rara. A variação entre casos em homens e mulheres também costuma ser pequena.

Em geral boa parte dos pacientes da Síndrome de Still tem entre 16 e 35 anos quando tem início a manifestação dessa desordem. Ressaltamos, contudo, que existem estudos que mostram que pode haver acometimento dessa doença até os 70 anos.

Sintomas

Normalmente os pacientes que sofrem de Síndrome de Still têm dores na garganta que aparecem dias ou semanas antes da febre ou erupção que acomete grande parte dos pacientes. Em geral esses sintomas não respondem ao uso de medicamentos, ainda é um mistério para os médicos se essa síndrome funciona como um gatilho de infecção na mucosa ou se é uma manifestação de atividade linfoide e inflamação. Também podem acontecer problemas como mialgia, fadiga, náusea, perda de peso muito rápida e intensa, mialgia, anorexia entre outros.

Febre: A febre causada por essa doença é de 39°C ou mais alta. Em geral acontece um aumento na temperatura do corpo no final da tarde e começo da noite que volta de manhã. Essa febre costuma durar em média entre duas e quatro semanas. Uma quantidade bem pequena de indivíduos pode ter picos de febre e uma temperatura basal mais alta. A febre como parte da rotina é mais normal no começo da doença.

Erupção Cutânea: Para os médicos o sintoma mais evidente de Síndrome de Still é a erupção cutânea em especial quando esse sintoma vem atrelado a febre alta e artralgias. Trata-se de uma erupção evanescente que afeta os braços, pernas e tronco além das palmas das mãos e plantas dos pés. O rosto normalmente não é afetado pelas erupções. Essa erupção em geral é uma inflamação leve perivascular que afeta a derme superficial com histiócitos e linfócitos em associação com edema da derme.

Artrite: Em mais de 90% dos casos de Síndrome de Still é encontrada artrite e também mialgia intensa. No começo a artrite afeta algumas poucas articulações, contudo, pode evoluir para um padrão que atinge inúmeras articulações. As articulações maiores são mais afetadas que as pequenas. Os joelhos costumam ser afetados em cerca de 84% enquanto que os punhos são afetados em cerca de 74% dos casos. Na metade dos casos são acometidos pela artrite cotovelos, ombros, articulações e tornozelos. Não tem outros achados tão relevantes nos casos de doença de Still.

Derrame Pleural: Aproximadamente metade dos indivíduos que sofrem de Síndrome de Still passam por derrame pleural, quase sempre pequeno. Em geral todos tem dor pleurítica, mais de 20% dos pacientes pode desenvolver pneumonite. Já cerca de 30% dos pacientes pode desenvolver pericardite.

O Diagnóstico de Síndrome de Still

Pode ser complexo fazer um diagnóstico definitivo dessa doença uma vez que os achados clínicos e laboratoriais não são tão precisos. Os médicos devem considerar a DAS uma doença de exclusão de maneira a considerar uma grande variedade de doenças que possuem diagnóstico diferencial em especial aquelas que podem causar febre que parece não ter uma origem clara.

Ressaltamos que boa parte dos pacientes não apresentam a síndrome completa. Normalmente a febre é a primeira manifestação e as demais vêm depois de algumas semanas ou mesmo de meses.

Tratamento de Síndrome de Still

Em geral os pacientes adultos que sofrem dessa síndrome respondem somente a medicamentos anti-inflamatórios não hormonais. Essas pessoas compõem o grupo de melhor prognóstico. O tratamento dessa doença em adultos é longo e os indivíduos que tem dez anos ou mais de doença costumam precisar de terapia farmacológica. Dentre os medicamentos os que se destacam são os anti-inflamatórios com elevadas doses de salicilatos ou outros AINHs de maneira que são a terapia de escolha inicial pata o controle dos sintomas articulares e sistêmicos.

Inflamação das Articulações

Essa síndrome tem como o seu principal sintoma a inflamação das articulações, também podem surgir nódulos duros – os chamados nódulos reumatoides – em regiões de mais atrito da pele como o cotovelo, o dorso dos dedos, das mãos e dos pés bem como em órgãos internos. Depois de algum tempo a deterioração progressiva das articulações afetadas pode causar deformidades.

No começo a doença se manifesta como uma inflamação simétrica nas pequenas articulações, ou seja, que ocorre da mesma forma dos dois lados do corpo. Em geral o problema se manifesta em pequenas articulações como mãos, punhos e pés que estão rígidas já durante a manhã. Após algum tempo do diagnóstico as articulações podem já se encontrar deformada devido a ação da inflamação crônica.

Osteopatia e Síndrome de Still

O tratamento dessa doença pode ser feito com osteopatia que é um tipo de medicina complementar que é bastante eficaz e que tem como principal função restabelecer a função e também o movimento do sistema esquelético-muscular. Esse sistema de medicina acredita que quando tem algo errado com essa estrutura começam as disfunções e as dores.

Devido aos sintomas que fazem parte dessa doença é possível usar a osteopatia como terapia. No entanto, a osteopatia não deve ser usada quando a doença se encontra na sua fase aguda. O esteopata faz o estudo holístico do corpo humano, ou seja, analisa as suas características físicas, emocionais e mentais. Lembramos que toda e qualquer alternativa terapêutica deve ser consultada antes com um médico.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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Comentários

  • e muito triste ver tudo isso mais e muito bom saber que com corticoides,leflunomida emetrotexato podemos ter uma vida normal.

    valeria nunes de fonte 26 de Janeiro de 2012 23:36
  • É TRISTE SABER QUE ESSA DOENÇA NÃO TEM CURA/ SOU PORTADORA HÁ 3 ANOS , VIVO NO CONTROLE, MAS TENHO ESPERANÇA !!! QUEM SABE!!

    CRISTINA COSTA ANDRADE 15 de Março de 2012 15:42
  • minha mãe esta com essa doença a dois anos, depois que descobriu e começou o tratamento ela tem uma vida praticamente normal, mas a mais ou menos 1 mes ela vem se sentindo cansada e tremula, todos os exames mostram que ela está normal, mas ela não tem se sentido bem devido a fraqueza. alguem sabe como eu posso ajuda-la ??? se esse sintoma esta ligado a essa doença? moro no rio de janeiro e ja passamos por bons médicos, mas até agora sem sucesso !

    pedro vinicius lazarotto 18 de Março de 2013 1:05
  • Tb sou portadora,tenho 21 anos e sinto muitas dores…e engordei muito por causa dos corticoides…choro muito.Isso tb acontece com vcs meninas????
    Gostaria de ter contato com vcs…pra superar essa fase…tenho tao poucas informaçoes….bjos

    manuela 14 de junho de 2013 15:45
  • Apresento essa síndrome há 6 anos, mas só há 2 consegui um diagnóstico. Faço uso de diversas medicações, inclusive imunobiológicos ( quimioterápicos ). Infelizmente, comigo, todo o tratamento vem sendo paliativo para os sintomas, mas o avanço da doença tem sido severo. Sorte à todos.

    Andreia Martins 31 de julho de 2013 23:50
  • Acho que estou com esta Síndrome, Mas creio que mesmo que a medicina ainda não tenha a última palavra a respeito desse assunto, meu DEUS tem. Creio que serei curada. Que todos tenham esperança. Um bj Manuela.

    Ana Claudia 27 de setembro de 2013 13:32
  • ola pessoal sou portador desta doença tbm tenho 26 anos descobri aos 25 passei um ano sentido dores mais hoje com o medicamento biológico tenho uma vida normal sou formando em educação física e estou desenvolvendo pesquisas em min mesmo com relação a um tratamento paralelo aos medicamentos que atividade física vem me ajudando bastante com artrite hoje jogo bola, surfo velejo de kite surf tambem me sentia cansado ater intensificar meu treinos por mais preciso ouvir e interagir com outras pessoas com a mesma doença entao peço que entrem em contato comigo para ajudarmos as pessoas como nos pois a literatura e tao fraca sobre esta doença meu face e loanrusso meu email e loanrusso@hotmail.com obrigado!

    loan 1 de outubro de 2013 14:09
  • infelizmente perdi minha filha de 6 anos pra essa doença,os médicos só descobriram que ela tinha essa doença sete meses depois ela reclamava muito de dores no corpo e tinha febre todos os dias a quatro meses ela tomava corticoide mais não tivemos sucesso mais com muito cronica diarreia e vomito perdendo peso muito rapido chegou a ficar internada 10 dias e depois 23 dias com um dia depois que ela teve alta voltou todos os sintomas novamente voltamos a hospital e no dia 10/09/2013 e venho a óbito espero que vocês sair dessa pois minha filha não teve essa sorte!!ela é uma guerreira pois lutou bravamente pra vencer essa DOENÇA mais como vocês podem ver a doença venceu ela !QUE DEUS DER MUITA SAÚDE A VOCÊS E LUTEM PRA SAIR DESSA DEUS ABENÇOE VOCES

    milena 14 de outubro de 2013 21:13
  • eu teio doença de still a 2 anos ela e muito dificil

    adriana pereira 20 de Janeiro de 2014 12:51
  • Oi pessoal, minha mae esta em tratamento de STILL, faço o acompanhamento dela direto na largo dela uma consulta sequer no começo ela teve que tomar muita predinisolana com isso ela engordou bastante, mas ela ja esta na medicação nova no momento nao recordo o nome, são injeçoes que está recebendo pela farmacia de medicamento especiais gratuito do estado eu só sei que ja esta praticando caminhada e hidrogisnastica, ja perdeu muito peso ja esta voltando as feiçoes dela anterior a sindrome, o que posso dizer é vcs nao0 devem desanimar pois a medicina a cada dia evolui meu médico é perfect me acompanha muito de perto e ela melhora a cada dia. estou sempre por aqui, se precisarem de algma coisa que posso fazer deixe uma msag. bjs e vamos adiante

    sara 26 de Fevereiro de 2014 15:13
  • Uma amiga minha morreu desta doença, o perigo não é só a doença, é o corticoide, a quimioterapia, o corticoide é muito perigoso.

    Inês 30 de Março de 2014 0:40
  • Pessoal, tivemos mais novidades no caso ? Um colega meu foi diagnosticado com a doença….

    Ursula 5 de Maio de 2015 18:15
  • Pessoal, minha mae esta com suspeita de still. Ela esta fazendo diversos exames de sangue e não consta nada, apenas algumas taxas elevadas. Ela tem exatamente o sintomas descritos aqui, manchas na pele, dores nas articulações, febre alta começando ao entardecer, muito cansaço. Fico com muita dó dela, pois é muito ativa e por causa das dores não consegue fazer as coisas. Ela esta indo no infectologista que levantou a hipotese do STILL, no entanto não deu certeza pois estamos investigando se são outras doenças. Ela já esta a quase dois meses tendo febre diaria e dores. é muito tenso. Eu espero que o proximo exame de uma luz ao medico e que ela comece o tratamento mais rapido possivel. Enquanto isso ela só toma remedios para dores todos os dias. Creio que o nosso Deus fará maravilhas na vida dela e soprará cura sobre minha mãe. Só Deus para nos dá força neste momento.

    Nathy 15 de junho de 2015 9:25
  • Oi pessoal, eu me chamo Nilcenéa tenho 54 anos moro em Jaconé na cidade de Saquarema RJ. sou portadora da doença de still desde 2001. fiz tratamento com corticoide e ante- inflamatório melhorei bastante,mais já tem uma semana que estou com o corpo todo cheio de bolinhas e coçando muito,estou sentindo muitas dores nos ombros nos pés e nas mãos. O pior disso tudo é que eu não consegui marcar consulta com o médico com quem faço acompanhamento faço tratamento no Hospital Universitário Antônio Pedro em Niterói. RJ

    NILCENÉA PEREIRA MOTTA 20 de setembro de 2016 18:59

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