Síndrome do Pânico

A Síndrome do Pânico tem se tornado um dos transtornos de ansiedade que mais tem sido abordado pela mídia nos últimos tempos devido ao fato de ter aumentado consideravelmente o número de pessoas que sofrem dele. Trata-se de um grave transtorno que poder impossibilitar que o acometido leve uma vida normal. Saiba mais sobre essa doença, seus sintomas, seu diagnóstico e seus tratamentos.

O que é Síndrome do Pânico?

Um transtorno de ansiedade que acarreta em crises inesperadas que trazem uma sensação terrível de medo e desespero. Quem tem esse transtorno está sempre apreensivo de que algo muito ruim irá acontecer. O medo não precisa ter fundamento, mesmo que esteja tudo bem e não haja o mínimo sinal que algo poderá dar errado o paciente fica sob forte tensão. O paciente que sofre dessa síndrome tem a sensação de medo como algo recorrente.

Mesmo após a crise de pânico ter passado a pessoa não consegue ter sossego, pois passa a ter medo de ter novas crises. Os pacientes passam a ter medo de enlouquecer ou mesmo durante uma crise de pânico ter um ataque do coração. O sofrimento tende a ser ainda maior nos intervalos das crises do que durante as próprias uma vez que a pessoa não sabe quando ocorrerá outro episódio.

Possíveis Causas da Síndrome do Pânico

Os médicos ainda não identificaram quais são as causas do desenvolvimento desse transtorno de ansiedade, contudo, já definiram que alguns fatores podem ser preponderantes, especialmente quando estão presentes simultaneamente. Dentre os fatores que estão relacionados como possíveis causas estão estresse, carga genética, temperamento que mostra suscetível as crises e alterações cerebrais no que concerne a comportamento.

O corpo humano possui um sistema de alerta para situações de perigo, o coração acelera, as mãos suam e assim por diante. Os especialistas em Síndrome do Pânico acreditam que esse sistema pode ter algo a ver com o surgimento da doença, mas ainda não identificaram como se dá essa relação. O mecanismo de alerta é ligado mesmo em situações sem nenhum perigo em pessoas que sofrem dessa síndrome.

Indivíduos com Síndrome do Pânico

Grande parte dos casos dessa síndrome aparece em pessoas que estão saindo da adolescência e entrando na vida adulta. No entanto, pode aparecer depois dos 30 anos e na infância. Quando o transtorno se manifesta em crianças é comum que o diagnóstico somente seja feito algum tempo depois uma vez que os pequenos têm dificuldade de identifica e explicar os sintomas.

As mulheres apresentam mais suscetibilidade ao desenvolvimento desse transtorno de ansiedade que os homens. Dentre os fatores de risco estão mudanças bruscas na vida, muito estresse, situações de abuso na infância, ter passado por algum trauma como ter sofrido um acidente ou ter sido assaltado entre outros fatores. O histórico familiar é entendido como um fator de risco, mas não é determinante para o desenvolvimento da doença.

Os Sintomas da Síndrome do Pânico

Quem tem um ataque de pânico tem a sensação de perigo iminente, isto é, sente que pode morrer a qualquer segundo ou que pode ser atacada. Com a sensação de pânico que se instala o indivíduo passa a ter medo de perder o controle sobre si mesmo, sua excessivamente, tem palpitações, ataque cardíaco, sente calafrios, ondas de calor, fortes dores na cabeça e no peito, sente sua glote fechando entre outros sintomas.

Como é um Ataque de Pânico?

Podemos descrever como transcorre um episódio de crise do pânico, no entanto, nenhuma descrição será capaz de oferecer o pânico que o indivíduo sente. O pior em relação aos ataques é que eles acontecem de maneira inesperada, não há um sinal que possa deixar o indivíduo de sobreaviso. Pode acontecer em qualquer momento do dia, inclusive durante o sono do paciente.

Ataque de Pânico

Ataque de Pânico

O chamado pico de uma crise de pânico dura entre 10 e 20 minutos, contudo, isso é relativo levando em consideração com as diferenças entre as pessoas. Parte dos sintomas ainda podem se manifestar por mais de uma hora após o pico. É essencial ter um diagnóstico da Síndrome do Pânico, pois em muitos casos um ataque de pânico pode ser confundido com um ataque cardíaco.

Problemas Decorrentes da Síndrome do Pânico

Como explicamos não foi identificado nenhum tipo de gatilho para os primeiros ataques de pânico. Contudo, um comportamento que pode decorrer das primeiras crises é ter medo de ter um ataque de tal maneira que se passe muito tempo pensando na crise. Lembrar-se da crise pode despertar outra crise. Outro ponto que deve ser levado em conta é que muitas pessoas desenvolvem outros problemas por causa das crises como alcoolismo, depressão e até mesmo o uso de entorpecentes.

Diferença Entre Ansiedade e Síndrome do Pânico

Ansiedade é uma necessidade para a sobrevivência do ser humano, pois somente a capacidade de antecipar o perigo é capaz de nos deixar alerta. Passa a ser uma doença e não mais algo normal quando limita as atividades do indivíduo e não tem mais a simples função de deixa-lo alerta diante de perigos. Observe que ter ansiedade porque acha que algo pode dar errado é normal.

As crises de Síndrome do Pânico produzem um estado de ansiedade e medo no paciente que seriam compatíveis a uma pessoa que está nadando para fugir de um ataque de tubarão, mas que na verdade está num local seguro e sem nenhum problema aparente. Os sintomas da Síndrome do Pânico são bem parecidos com os da ansiedade normal (mãos suadas, coração acelerado, boca seca e etc), mas se manifestam em poucos minutos numa situação patológica. Ansiedade normal acontece em ondas enquanto as crises de pânico acontecem em picos.

Tratamento da Síndrome do Pânico

Após o diagnóstico é importante que o transtorno seja devidamente tratado uma vez que ele poderá desencadear outros problemas no futuro quando esse tratamento não é feito corretamente. Para fazer o diagnóstico o médico realizará exames que afastarão possíveis causas por outras doenças. O tratamento que, hoje em dia, é considerado mais eficiente é aquele que combina medicamentos e mudanças de comportamento.

Uma das formas de tratamento comportamental mais realizada é a de exposição, que consiste basicamente em expor o paciente a situações de estresse que desencadeiam crises. A ideia é que a pessoa ao se expor muitas vezes ao que lhe desperta o pânico consiga ter um entendimento de como isso funciona e saiba que as coisas irão ficar bem. Para que esse tratamento se mostre menos penoso é interessante que ele ocorra junto com o uso de medicamentos antidepressivos.

Resultados do Tratamento

O período mínimo de tratamento é de seis meses e de no máximo de um ano. De maneira geral os resultados costumam aparecer entre duas e quatro semanas após o início do tratamento. Mas, as mudanças biológicas decorrentes dos ataques de pânico podem persistir por alguns meses. Não se deve parar o tratamento ao primeiro sinal de melhora, pois os sintomas podem reaparecer.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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