Síndrome Vertiginoso (Vertigem)

O Que é Síndrome Vertiginoso ou Vertigem?

A vertigem é uma sensação de movimento giratório associada a uma dificuldade de se equilibrar. O indivíduo afetado tem a sensação de ver tudo rodar em sua volta. A síndrome também é chamada de tontura, já que é exatamente assim que a pessoa se sente, tonta.

Muitas crianças têm o costume de criar uma sensação de vertigem, girando em torno de algo durante um tempo, este tipo de vertigem induzida dura alguns minutos e depois desaparece. Em contrapartida, quando vertigem ocorre espontaneamente ou quando surge resultado de uma lesão, tende a durar várias horas ou mesmo dias.

As ondas sonoras viajam através do canal auditivo externo até chegar ao tímpano. De lá, o som é transformado em vibrações, que são transmitidas por meio do ouvido interno através de três pequenos ossos – bigorna, martelo e estribo – para a cóclea e, finalmente, para o nervo vestibular, que transmite o sinal para o nosso cérebro.

Outra parte importante do ouvido interno é o conjunto de canais semicirculares. Estes são posicionados em ângulos retos e são revestidos com células sensíveis, agem como um giroscópio para o corpo. Tudo isso, em combinação com a sensibilidade das células ciliadas, dentro dos canais, fornecem informações instantâneas sobre a posição no espaço.

O Que Causa a Vertigem?

Existem diversas causas para a vertigem, que podem ser definidas como periférica ou central. As causas centrais de vertigem originam-se no cérebro ou na medula espinhal, enquanto a vertigem periférica acontece devido a um problema no interior do ouvido interno.

O ouvido interno pode inflamar por causa de alguma doença, ou os pequenos cristais localizados em seu interior podem se deslocar, causando um distúrbio e levando a vertigem. Esta é conhecida como vertigem posicional paroxística benigna (VPPB).

A Doença de Ménière, vertigem associada à perda auditiva e zumbido (zumbido no ouvido), é causada pelo acúmulo de líquido dentro do ouvido interno; a causa desta acumulação de fluido é desconhecida.

Certas lesões na cabeça podem levar a danos ao ouvido interno e ser uma causa de vertigem. Em casos raros, os acidentes vasculares cerebrais que afetam certas áreas do cérebro, podem levar a um início de vertigem. Alguns pacientes com um tipo de enxaqueca chamada basilar podem desenvolver a vertigem como um dos sintomas.

Quais São os Fatores de Risco Para a Vertigem?

Lesões na cabeça podem aumentar o risco de desenvolvimento de vertigem, assim como certos medicamentos, incluindo alguns anticonvulsivantes, remédios para pressão arterial, anti-depressivos, e, até mesmo, uma simples aspirina. Tudo o que pode aumentar o risco de acidente vascular cerebral (pressão arterial alta, doença cardíaca, diabetes e tabagismo) também pode aumentar o risco de desenvolver vertigem. Em algumas pessoas, o consumo de álcool também pode causar vertigem.

Quais São os Sinais e Sintomas de Vertigem?

Os sintomas da vertigem incluem uma sensação de girar ou estar em movimento mesmo em repouso. Fazer movimentos bruços com a cabeça ou o corpo, como revirar na cama durante o sono, pode piorar os sintomas.

O exame físico muitas vezes mostra sinais de movimentos anormais dos olhos, chamado de nistagmo. Alguns pacientes experimentam desequilíbrio em associação com a vertigem. Se o desequilíbrio dura mais do que alguns dias, ou se a vertigem é acompanhada de fraqueza ou falta de coordenação de um lado do corpo, a suspeita de acidente vascular cerebral ou outro problema do cérebro é muito maior. Nesses casos, é recomendada uma avaliação médica o quanto antes.

Como é Diagnosticada a Vertigem?

Durante uma avaliação para verificar as causas da vertigem, o profissional de saúde pode querer saber informações como: medicamentos que tenham sido tomados, doenças recentes e também anteriores (se houverem). Mesmo problemas que aparentemente não são relacionados podem fornecer uma pista sobre a causa da vertigem.

Após obter todas as informações, um exame físico é realizado. Isto, muitas vezes, inclui um exame neurológico completo para avaliar a função cerebral e determinar se a vertigem é devido a uma causa central ou periférica.

Se o médico julgar necessário, alguns casos de vertigem podem exigir uma ressonância magnética ou tomografia computadorizada do cérebro ou ouvido interno para verificar se se trata de um problema estrutural, como acidente vascular cerebral. Se houver suspeita de perda auditiva, uma audiometria pode ser encomendada. Uma eletronistagmografia, ou avaliação elétrica de vertigem, pode ajudar a distinguir entre vertigem periférica e central, mas não é realizada com frequência.

Qual é o Tratamento Indicado Para Tratar a Vertigem?

Alguns dos tratamentos mais eficazes para a vertigem periférica incluem movimentos de reposicionamento de partículas. O mais conhecido destes tratamentos é o de reposicionamento de epley. Durante este tratamento, são feitos movimentos específicos com a cabeça para conduzir a circulação dos cristais soltos (otólitos) dentro do ouvido interno.

O reposicionando destes cristais pode eliminar os sintomas. Entretanto, esses movimentos podem, inicialmente, levar a um agravamento da vertigem, por isso deve ser feito por um profissional de saúde experiente.

Alguns exercícios específicos podem ser indicados. Trata-se de uma série de movimentos que são feitos com os olhos e a cabeça que levam à diminuição da sensibilidade dos nervos dentro do ouvido interno e, consequentemente, há uma melhora da vertigem. Estes movimentos simples precisam ser praticados pelo paciente com regularidade para obter bons resultados.

Medicamentos podem proporcionar algum alívio, mas não são recomendados para o uso a longo prazo. A Meclizina é, muitas vezes, prescrita para os sintomas de vertigem e pode ser eficaz. Medicamentos à base de benzodiazepina, como o diazepam (Valium) também são eficazes, mas podem causar sonolência como um efeito colateral. Outros medicamentos podem ser utilizados para diminuir náusea ou vômitos.

Os medicamentos podem proporcionar alívio sintomático, mas não são considerados “curas” para vertigem. Lembrando que estes medicamentos só devem ser usados com prescrição médica, se automedicar é muito perigoso e pode agravar o problema.

Remédios Caseiros São Eficazes Para Vertigem?

Embora possam ser encontrados vários tipos de remédios caseiros para o tratamento da vertigem, a maioria deles é ineficaz. Muitos casos de vertigem se resolvem espontaneamente dentro de alguns dias, o que favorece a crença de que um determinado remédio possa ter sido o responsável pela cura.

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Entenda quais são as diferenças entre tontura, vertigem e labirintite e saiba qual o tratamento para cada uma delas. Como pudemos ver no artigo, o tratamento para vertigem é mais simples, porém, quando se trata de uma labirintite é preciso ter mais cuidados.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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Comentários

  • Acho q estou com esta sindrome. Ela da um tipo de choque na cabeça da gente.

    Lúcia 7 de outubro de 2014 17:00

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