Perfil de Quem Sofre Infarto

O infarto do miocárdio consiste numa doença multifatorial, isto é, pode ser causada por vários fatores que atuam junto e se dão ao mesmo tempo. A seguir vamos falar um pouco mais sobre esses fatores de maneira a traçar um perfil de quem está mais suscetível a passar por esse problema.

Fatores de Risco

Alguns fatores se destacam dentre os principais de quem sofre desse problema.

Hereditariedade – Trata-se de um fator bastante preponderante, assim quem tem familiares próximos que passaram por infarto, angina ou que passaram por operação do coração antes de completar 60 anos de idade deve dar uma atenção especial a saúde A genética é um fator relevante de risco para o desenvolvimento dessa doença.

Pressão Arterial – O controle da pressão arterial é essencial para a prevenção de doenças cardíacas, sendo assim mantenha a mesma em níveis adequados. O nível considerado normal é aquele em que a máxima é de 12 e a mínima é de 8.

Diabetes – Quem sofre dessa doença pode ter um infarto subclínico que não apresenta os sintomas mais comuns como dores no peito, por exemplo. Pode acontecer de sintomas como suor em excesso, náuseas e mal-estar serem entendidos como causas de um problema menos grave quando na verdade está ligado a um possível infarto.

Colesterol – Um fator de grande relevância, o mais indicado é ter um controle sistemático e constante do colesterol. É possível usar medicamentos que controlem o valor do colesterol deixando-o menor que 200 e aumentando o nível da fração de proteção que é o HDL (o chamado bom colesterol). Praticar exercícios físicos é interessante para aumentar o bom colesterol, fumar por outro lado o reduz.

Triglicérides – Se existe um consumo muito grande de carboidratos os triglicérides acabam aumentando.

Tabagismo – Considerado como um dos principais fatores de risco, o tabagismo, é demasiadamente agressivo pela nicotina. Se você deseja se prevenir do problema é necessário evitar o cigarro.

Estresse – Pode Ser Fator de Risco?

O estresse é muitas vezes apontado como um fator de risco para o infarto e o que mais preocupa é que hoje em dia é difícil não viver estressado uma vez que as cidades estão com trânsitos cada vez mais intrincados e as horas de trabalho tem aumentado. O estresse pode causar diversas mudanças orgânicas.

Os estressados têm mais possibilidades de desenvolver problemas como úlcera, queda capilar, hipertensão além de manifestação de doenças coronarianas (especialmente quando o estresse está associado a outros fatores de risco). Porém, algumas pessoas acreditam que o estresse pode causar morte súbita por infarto, na verdade ele pode funcionar como um empurrão, ou seja, age assim quando associado a outros fatores.

A dica é que os pacientes com predisposição a infartos evitem situações de forte estresse. Apesar de não parecer nada simples é possível levar uma vida mais tranquila com uma melhor organização de horários de maneira que não fiquem compromissos pendentes te assombrando.

Exercícios Físicos e o Estresse

O estresse acompanha o homem desde a pré-história e consiste num fator que contribui para a sua sobrevivência. Por exemplo, aqueles que não se preocupavam podiam acabar sendo devorados por algum animal em contraposto a aqueles que estavam sempre alerta. Atualmente, o estresse é diferente, vivemos sob a pressão das contas que tem dias para serem pagas e outras tarefas complicadas de nosso dia a dia.

Quando se está sob pressão a pessoa tende a estar com o seu pulso acelerado com isso a irrigação do miocárdio e a frequência cardíaca ficam piores. Mesmo que praticar exercícios físicos não nos ajude a fugir do estresse pode contribuir para uma melhora clínica. O melhor é que mesmo com pouco tempo você consegue bons resultados, fazer algum tipo de exercício por meia hora quatro vezes por semana já é muito bom.

Os exercícios ajudam tanto a reduzir o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares como também a tensão do dia a dia. A atividade física pode contribuir para controlar a pressão arterial em pessoas que sofrem de hipertensão. É importante procurar orientação médica para fazer exercícios moderadamente.

Prevenção de Um Segundo Infarto

A partir de agora iremos discorrer sobre o que pode ser feito para prevenir um segundo infarto. Algumas pessoas que já tiveram um infarto temem ter um segundo infarto, o que pode ser muito grave. Depois que o paciente supera a doença passa a fazer parte de um programa de prevenção secundária, basicamente são identificados e controlados todos os fatores de risco que podem causar a doença.

Pessoas que fumam, por exemplo, não tem outra escolha senão deixar o tabagismo. Quem sofre de problemas como diabetes, hipertensão e nível muito alto de colesterol passa a ter uma atenção mais especial na prevenção secundária. O estresse também precisa estar sob controle, encontrar uma forma mais ponderada de enfrentar os dilemas do dia a dia é essencial.

Reabilitação

Os pacientes que sofrem de problemas coronarianos recebem de seu médico um programa de exercícios físicos que podem ser realizados em academias que são especializadas em atendimento de reabilitação de doentes cardiopatas ou podem simplesmente fazer caminhadas em parques. Independente do tipo de exercício a supervisão de um médico é imprescindível para que se tenha controle do esforço despendido.

Mudanças?

Uma coisa interessante de se pensar a respeito do perfil de pessoas que sofrem infartos é que algumas mudam completamente a sua vida em busca de ter mais saúde e bem-estar, pois entendem que o primeiro infarto é um aviso de algo muito sério pode acontecer. Em geral pessoas que passam por infartos estão acima do peso, trabalham demais e não se preocupam com o nível do colesterol.

Depois de passar por essa forte experiência tendem a se cuidar melhor prestando mais atenção a alimentação, evitando o cigarro e fazendo mais exercícios físicos. Contudo, é claro que existem pessoas que mesmo depois desse grande susto voltam a ter uma vida desregrada e assim acabam arcando com as consequências. É importante ter consciência de que um infarto quer dizer que algo está muito errado com a sua saúde e com a maneira como vem encarando a vida.

Em virtude do aumento cada vez maior de ocorrência de casos de infarto do miocárdio, que demonstram que a enfermidade está em ascensão no Brasil, os pesquisadores decidiram traçar um perfil das pessoas que estão mais propensas a sofrerem um infarto.

Perfil Traçado

Os profissionais especializados em cardiologia são unânimes em afirmar que o estresse que afeta a grande maioria da população e os comportamentos não saudáveis das pessoas podem ser responsáveis pelo aumento das complicações cardíacas nos indivíduos. No entanto, traçar um perfil de infartados não é tão simples quanto parece, em virtude das grande diferenças regionais existentes em um país do tamanho do Brasil.

Infarto

Infarto

A idéia é fazer um banco de dados com as característica das pessoas que sofreram infarto, para que esse perfil possa contribuir para a realização de tratamentos mais eficazes. Vale ressaltar que não deve haver uma atenção exagerada em alguns sinais que podem não ter nenhuma relação com a enfermidade. As pessoas com histórico familiar de problemas cardíacos, diabéticos, obesos e fumantes devem ficar mais atentos aos possíveis sinais de infarto, que somente o médico é capaz de diagnosticar.

Salete Dias

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Categoria(s) do artigo:
Dicas

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