Difteria: O Que é? Quais os Sintomas?

Algumas doenças são bem conhecidas pelos seus nomes, porém, nem todo mundo sabe exatamente como elas são transmitidas e nem mesmo quais são os seus sintomas. Uma dessas doenças é a Difteria que apesar de contar até mesmo com campanha de vacinação ainda representa um mistério para muitos.

Sendo assim elaboramos um texto prático em que é possível ficar a par do que é a Difteria bem como dos seus sintomas e como se prevenir. Trata-se de uma doença muito séria que pode trazer diversos problemas para crianças e adultos.

Doença e Sintomas

Doença e Sintomas

O Que É Difteria?

A Difteria também pode ser conhecida como Crupe e se trata de uma doença respiratória infectocontagiosa. A causa dessa enfermidade é o bacilo Corynebacterium diphtheriae e o alvo desse bacilo são as amidalas, laringe, faringe, nariz, podendo chegar até mesmo as mucosas e a pele.

Um dos principais problemas é que a Difteria tem um período de incubação que pode durar 6 dias ou até mais, dificultando que o doente perceba o que se passa. A transmissão é feita pelos portadores assintomáticos da bactéria seja através de gotículas de saliva da tosse, espirros ou eliminadas durante a fala ou através do contato de pessoas saudáveis com lesões cutâneas desses portadores.

A Difteria tem como alvo mais recorrente as crianças, mas também pode acometer os adultos. Dessa forma a imunização através de vacinas é de extrema importância, vale a pena prestar atenção nas crianças logo após a manifestação de gripes e resfriados, pois é nesse momento que a Difteria costuma se instalar. Os adultos também precisam se vacinar.

Quais Os Sintomas?

O principal sintoma da Difteria é o surgimento de placas pseudomembranosas que além de acinzentadas também são bastante rijas na região das amídalas e órgãos próximos. Porém, além desse sintoma principal, ainda é possível observar dor de garganta, mal estar, corrimento nasal, manchas avermelhadas na pele, febre e gânglios linfáticos inchados.

Além desses, existem outros sintomas que embora menos frequentes também podem ajudar a identificar a Difteria. São eles: Toxemia, asfixia mecânica, prostração e edema no pescoço. Esses são sintomas mais comuns quando acontece o agravamento da infecção, é imprescindível procurar a ajuda de um médico numa situação como essa.

Problemas Decorrentes da Difteria

Durante o desenvolvimento da doença o paciente vai tendo uma série de pequenas complicações como, por exemplo, uma inflamação da epiglote (bem comum na Difteria) e que pode fechar a glote durante a deglutição o que fecha as vias aéreas trazendo diversas consequências graves para os pacientes.

Uma boa dica, principalmente, com as crianças é observar alguns pequenos sintomas como lábios azulados, dificuldade para engolir saliva e também febre. Um dado interessante é que durante a noite a doença se torna mais incômoda, por isso é o período em que os pais devem ficar mais atentos.

Até mesmo o som da respiração de quem está com Difteria é diferente, observe se quando a pessoa acorda apresenta um som de chiado enquanto respira. A tosse pode se tornar áspera em quem sofre com essa doença. Além disso, existem outras graves complicações vindas dessa doença.

As três mais graves são a Miocardite (insuficiência e arritmia cardíaca), Insuficiência Renal e Neuropatia (fala anasalada, paralisia, visão dupla dentre outros). Essas complicações podem ocorrer durante todas as fases da doença.

Doença Infectocontagiosa

Doença Infectocontagiosa

Como É Feito o Diagnóstico?

Para diagnosticar a Difteria o médico pode realizar apenas um exame clínico, porém, é possível obter a confirmação através de um exame da cultura das placas pseudomembranosas que são a característica principal dessa doença.

Como Prevenir?

A Difteria é uma doença que possui vacina e que faz parte do calendário de vacinação das crianças. Para evitar essa e outras duas graves doenças é importante receber a vacina tríplice bacteriana (DTP) contra a difteria, tétano e pertussis (coqueluche). Essa ainda é a forma mais segura e eficiente de evitar a doença.

Essa vacina deve ser recebida pelas crianças durante os seus 02, 04 e 06 meses de vida. Depois a dose deve ser reforçada no período entre os 14 e 18 meses e posteriormente entre os 04 e 06 anos. Porém, é importante que se destaque que essa vacina não garante a imunização para a vida toda e por isso mesmo é necessário reforça-la a cada 10 anos.

O Tratamento

Quando existe a constatação da Difteria é necessário começar o tratamento imediatamente, mesmo que ainda não haja a confirmação do diagnóstico através dos exames. O primeiro passo é afastar o doente das demais pessoas para evitar que a Difteria seja transmitida.

O segundo passo é garantir que o paciente receba o soro antitoxina diftérica que tem como função principal combater a toxina que é produzida pela bactéria Corynebacterium diphtheriae. O uso de antibióticos como, por exemplo, a Penicilina e a Eritromicina também pode ser bastante útil no tratamento dessa doença.

Também é importante que as pessoas que estão em contato direto com os doentes recebam tratamento e uma avaliação para saber se estão com a doença. Existe um tratamento preventivo para quem esteve em contato direto com o paciente.

O Que Se Deve Saber Sobre a Difteria

Os casos de Difteria, mesmo que ainda sejam meras suspeitas, devem ser notificados as autoridades de saúde, pois assim é possível tomar as atitudes necessárias para fazer o controle epidemiológico.

É muito importante que sejam respeitadas as datas da vacinação, pois além da vacina tríplice bacteriana consistir na única forma de prevenção ela não garante uma imunização total. Assim é necessário tomar todas as doses para que realmente seja eficiente.

Durante o período em que o paciente que pode estar com Difteria aguarda o atendimento médico é importante tentar aliviar a irritação na garganta. Isso pode ser feito com a ajuda de vapor quente ou mesmo levando o paciente para respirar ar fresco.

Se tiver uma leve suspeita de Difteria é necessário ir imediatamente buscar atendimento médico, pois como já enfatizamos nesse artigo a doença pode trazer diversas complicações graves para o paciente.

Uma coisa muito importante é que o soro antitoxina feito com a partir do soro de cavalo ajuda a diminuir a ação da toxina, porém, não elimina o que já está impregnado nos tecidos. Sendo assim quanto mais rápido se busca o atendimento médico mais chances tem o paciente.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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