O transtorno ou doença mental existe no mundo contemporâneo como sempre existiu em todas as épocas, o que mudou são as formas de denominar, os tratamentos e a forma de perceber estes indivíduos, que são as pessoas portadoras de transtornos mentais.
A questão das doenças ou transtornos mentais são muito amplas, e impossíveis de tratar em um artigo, assim nesta reflexão pretendemos abordar os aspectos sociais destes pacientes e de suas famílias e a evolução do tratamento ao longo da história.
O doente mental ao longo da história
A doença mental foi percebida e interpretada de diversas maneiras ao longo da história e comumente de formas cruéis. Durante longos séculos a “loucura” recebeu explicações sem nenhuma base científica, sendo considerada através de abordagens metafísicas, mágicas ou religiosas.
Muitas culturas atribuíam a doença mental a possessões demoníacas, castigo dos deuses, e não raramente essas pessoas eram castigadas e suas famílias estigmatizadas pelas comunidade a que pertenciam. Ainda hoje o resíduo dessas interpretações ainda resistem em muitas culturas, onde a medicina oficial se mistura com a medicina popular.
Conceituando a doença ou o transtorno mental
Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria o transtorno ou doença mental englobam uma variedade de condições muito amplas, que afetam a mente do paciente, podendo englobar o mapa genético, aspectos do estilo de vida, os acontecimentos do passado, a química cerebral, etc. independente da causa o portador da doença ou do transtorno mental sente-se muitas vezes em condição de sofrimento, sem esperança e incapaz de manter uma vida plena.
Assim a doença ou o transtorno mental se caracteriza por uma variação mórbida do estado considerado normal, capaz de refletir no desempenho global d indivíduo, causando prejuízos no âmbito pessoal, social, familiar e ocupacional.
É importante salientar que deficiência mental e doença ou transtorno mental são diferentes, pois na deficiência mental o individuo não apresenta os instrumentos necessários ao desenvolvimento cognitivo completo, normalmente existem lesões cerebrais, enquanto na doença/transtorno mental o individuo apresenta os instrumentos necessários intactos, no entanto estes têm seu funcionamento comprometido.
A família do doente mental
A família é a célula núcleo da sociedade, formada por um grupo de pessoas com atribuições histórica e culturalmente definidas, onde cada membro tem papéis e responsabilidades a serem desempenhados e pelos quis são cobrados veladamente pelos outros membros e pela sociedade.
Uma família com um filho portador de transtorno ou doença mental sobre um impacto em sua estrutura, pois de forma consciente todos esperam ter filhos perfeitos, saudáveis e lindos. Quando isso não acontece é necessário se recriar as estruturas emocionais e psicológicas para vivenciar esta nova situação.
A família do doente mental precisa de atenção psico-social juntamente com o paciente, para poder se manter saudável e auxiliar este paciente a ter uma melhor qualidade de vida, conforme suas peculiaridades.