Abortos de Repetição
Segundo estudiosos, o excesso de semelhança entre os genitores, pode produzir uma falha imunológica durante a gravidez na mullher, indicando que os abortos de repetição podem ter origem na genética tanto do homem quanto da mulher que vão gerar um filho. Os casais costumam apresentar desgastes emocionais, pelas várias gestações interrompidas, e pela falta de precisão no diagnóstico, tendo esse que ser feito por exclusão de outros possíveis problemas.
A mulher terá que fazer vários exames na busca das causas mais simples de detectar, até finalmente descobrir a origem imunológica.
Testagens Feitas
O diagnóstico de compatibilidade imunológica nos casais, costuma demorar pois são feitos antes várias testagens de deficiência hormonal, infecções e falhas de anatomia. Quando os resultados não mostram nenhum problema, esse fato provoca muita angústia não só para a mulher e o companheiro, como também para o médico que a companha. Profissionais especializados informam que uma maneira para verificar o problemaa imunológico, é fazer um exame denominado cross-match, que investiga se o sangue materno possui anticorpos contra o sangue paterno, mais especificamente contra os glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo.
Semelhança Entre os Pais
Ao contrário do que muitos pensam, a compatibilidade imunológica causa problemas quando existe semelhança entre o pai e a mãe, e não quando há diferença. O ideal é que o casal possua a genética bem incompatível. O feto é formado pelos componentes genéticos dos genitores, sendo parte tanto de um quanto de outro. A combinação produz uma formação imunológica diversa, que é detectada como um corpo estranho no organismo materno, sendo semelhante a reação corporal quando um órgão é transplantado em pessoas que necessitam.
O organismo naturalmente reage para tentar se proteger, criando anticorpos, que são as defesas corporais para combater o corpo estranho. No caso dos transplantes, é necessário que a pessoa consuma medicamentos que agem sobre a resposta imunológica do indivíduo.
Gravidez e Vacina
Quando a mulher engravida, seu próprio organismo cria processos que impedem que a resposta imunológica do corpo dela acabe gerando um aborto. Quando há algum problema nesse processo, a gestação é interrompida, sendo esse fato chamado de alo-imune, quando é o próprio organismo materno quem o provoca. Segundo ginecologistas, é de vital importância que o problema seja detectado e tratado antes do período gestacional, pois depois que a mulher engravida, e tem a gestação interrompida, o risco da situação se repetir é de cerca de quinze por cento, sendo que no caso de dois abortos sobe para vinte e quatro por cento, e no caso de três aumenta para trinta por cento.
Para que o aborto de repetição seja diagnosticado é preciso que a mulher tenha sofrido no mínimo três perdas ou mais, sendo que a frequência desse problema acontece em menos de cinco por cento das mulheres gestantes. Estudos revelam que uma forma de tratar a compatibilidade do casal é com terapia imunológica, ou imunoterapia, que consiste na aplicação dos linfócitos paternos no corpo materno, antes da gravidez para fazer com que haja uma resposta imunológica eficiente. Seria como uma vacina personalizada, produzida pelos leucócitos do pai, para que o feto seja reconhecido pelo organismo materno, ao chegar no útero da mulher. Esse tipo de procedimento tem oitenta por cento de resultados positivos dos casos, constituindo uma esperança para os casais que desejam gerar um filho.
Salete Dias