Risco de Alzheimer e Herança Familiar

Novo Estudo Científico

Uma recente pesquisa norte-americana sugeriu que quando a mãe já foi acometida pelo Mal de Alzheimer, a probabilidade dos filhos desenvolveram a doença é muito maior principalmente no caso de filhas mulheres. Esse estudo levantou a hipótese de que as características da mãe teriam uma maior influência no desenvolvimento da enfermidade do que as que poderiam ter sido herdadas dos pais,ou seja essa pesquisa evidencia que o risco de desenvolver Alzheimer é maior quando a mãe e não o pai apresentou a enfermidade.

Exames Realizados

Risco de Alzheimer e Herança Familiar

Risco de Alzheimer e Herança Familiar

O cientistas realizaram exames de tomografia no cérebro dos indivíduos adultos que tiveram os pais afetados pelo Mal de Alzheimer, e constataram um encolhimento significativamente maior nas áreas cerebrais naquelas pessoas nas quais suas mães tinham sido acometidas pela enfermidade. De acordo com especialistas o encolhimento cerebral é uma das características do Mal de Alzheimer e está relacionado com a faixa etária do paciente.

Consistência dos Resultados

Causas

Causas

Segundo os pesquisadores esse novo estudo serviu para evidenciar resultados anteriores de outras pesquisas dando-lhe mais consistência, que sugeriam que as características herdadas pela mãe teriam uma influência maior no risco dos filhos e em especial das filhas desenvolverem a doença em maior probabilidade do que quando eram herdadas dos pais. De acordo com os dados desse trabalho científico, a herança de familiares seria um forte componente para desencadear o Mal de Alzheimer, já que as pessoas cujos pais foram afetados pela enfermidade teriam uma maior probabilidade de quatro a dez vezes de também desenvolver o Mal.

Mapeamento Cerebral

Doenças

Doenças

Os cientistas norte-americanos criaram mapas tridimensionais do cérebro humano utilizando a técnica avançada de Morfometria Baseada em Voxels (VBM). Cerca de cinquenta e três pessoas na faixa etária de mais de sessenta anos realizaram esse exame, sendo que dez delas tinham o pai com o Mal de Alzheimer, onze tinham a mãe com a enfermidade e o restante dos voluntários não apresentavam histórico familiar da enfermidade. Vale ressaltar que na época dessa pesquisa nenhum dos voluntários demonstravam sintomas de déficit intelectual ou demência que poderiam ser indicativos de que eles poderiam desenvolver a doença.

Resultado do Estudo

De acordo com os pesquisadores após o período de dois anos, os voluntários cujas mães foram acometidas pelo Mal de Alzheimer apresentaram o dobro da quantidade de encolhimento ou atrofia da massa cinzenta nas áreas do cérebro que são mais afetadas pela enfermidade, se comparadas aos participantes que tiveram seus pais com a doença ou o grupo de pessoas que não tinham antecedentes familiares. De acordo com os cientistas as regiões cerebrais afetadas foram o Pré-Cúnio e o Giro Parahipocampal.

Controvérsias da Pesquisa

Outros pesquisadores ressaltaram que um pequeno encolhimento do cérebro é comum entre as pessoas idosas, com o passar dos anos e não quer dizer que elas estejam com o Mal de Alzheimer. Outro ponto levantado é que os cientistas que fizeram esse estudo ainda não sabem identificar que características herdadas das mães pelos filhos poderiam levá-los a desenvolver a enfermidade. Outros cientistas ponderam que a pesquisa foi feita com muito poucos participantes para que pudessem se chegar a uma conclusão, sendo necessário analisar um número maior de casos para comprovar efetivamente o estudo.

Salete Dias

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Categoria(s) do artigo:
Medicina

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