Em alguns anos atrás para muitas mulheres que precisam se submeter a cirurgias ginecológicas para retirada de cistos no ovário, retirada de útero (procedimento conhecido como histerectomia), para as que sofriam de endometriose ou tinham uma gravidez ectópica, a simples idéia da intervenção cirúrgica num orgão tão delicado quanto o aparelho genital feminino,já era sinônimo de preocupação para elas, parentes e maridos.
No entanto, atualmente com o avanço da tecnologia, essas cirurgias podem ser feitas com um processo muito pouco invasivo.
Sistema Cirúrgico Da Vinci
O sistema Cirúrgico da Vinci, que está sendo utilizado em nosso país desde o ano de 2008, é considerado pelos especialistas da área como uma revolução tecnológica, que proporciona às pacientes que tem de se submeter às intervenções cirúrgicas ginecológicas um procedimento minimamente invasivo, pois é realizado pelo cirurgião e por robôs que o auxiliam no procedimento.
Esse método é conhecido como videolaparoscopia assistida por robótica, ou também é chamada simplesmente de cirurgia robótica.
A ciência ainda estar longe de construir uma máquina com inteligência capaz de realizar uma cirurgia, porém no sistema Da Vinci há um software específico com capacidade para reduzir a amplitude dos movimentos até chegar a uma nível de micromovimentos com a mão robótica, fazendo com que os movimentos se tornem mais seguros.
Os robôs tem sensores de contato com a capacidade de transmitir as informações sobre a flexibilidade e resistência da estrutura orgânica que está sendo manipulada por ele. O sensor que está na mão do médico cirurgião dá então um retorno da informação de força, o que faz com que a manipulação dos órgãos e tecidos seja bastante natural, com o se houvesse somente um sistema mecânico atuando.
Cirurgias Ginecológicas
Para uma intervenção cirúrgica de endometriose, por exemplo,quando o sistema Da Vinci é utilizado, são feitas quatro cortes de 0,5cm a 1,0cm no abdômen da mulher, o que possibilita a introdução de quatro hastes feitas de aço, que são mantidas no local através de quatro braços de robôs.
Em uma das hastes há uma microcâmera, e nas outras três hastes há equipamentos com aparelhos que são capazes de suturar e dissecar os tecidos, ao contrário das intervenções cirúrgicas convencionais, onde esses aparelhos cirúrgicos eram manipulados diretamente pelo médico cirurgião.
Imagens em 3D
Essa tecnologia de ponta, minimamente invasiva permite inclusive que o cirurgião consiga visualizar no visor do controle do robô, imagens em 3D que são enviadas pela câmera que percorre o interior do paciente, como em um filme de ficção. Essas imagens mostram para o especialista o local exato onde a cirurgia deve ser realizada, e os instrumentos cirúrgicos que ficam localizados nas hastes.
Com controles similares aos dos games,o médico pode manipular todos os equipamentos cirúrgicos. A cada movimento do controle, um computador especial envia um sinal eletrônico para um dos aparelhos, que é então movimentado em perfeita sincronia com os movimentos que são realizados pelas mãos do médico que está fazendo a cirurgia.