Difícil quem não se lembre dos surtos de dengue que o Brasil enfrentou nos últimos anos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que desde 2000 mais de 1 milhão de pessoas tenham sido infectadas pelo mosquito apenas no Brasil. O número de mortes também é alto. Existem dois tipos da doença: a dengue hemorrágica, que pode levar a morte, e a não hemorrágica. Atualmente ainda não existe uma vacina capaz de evitar a contaminação pelo vírus, o que faz com que a única maneira de prevenir seja cuidar para não deixar o mosquito transmissor se proliferar. Para isso, o governo gasta milhões de reais todos os anos com campanhas de conscientização e mutirões.
O maior surto da doença que já foi registrado no Brasil ocorreu em 2001, há dez anos atrás. Na época o estado do Rio de Janeiro ficou conhecido como o local com o maior foco de mosquitos e foi o que mais teve gente infectada. O então ministro da saúde José Serra criou diversas políticas de combate à doença, principalmente com medicamentos genéricos. Até hoje a epidemia daquele ano é lembrada nas campanhas políticas do ex-ministro. A dengue atinge principalmente países muito quentes e com altos índices de pobreza. Além do Brasil, outros têm altos índices de ploriferação do mosquito.
Cientistas do mundo inteiro já gastam tempo e dinheiro tentando desenvolver uma vacina que acabe de vez com os riscos de contaminação. Em outubro de 2011 a vacina deve ser testada na cidade de Campo Grande (MS), que também fica entre as mais “povoadas” pelo mosquito transmissor da dengue no Brasil. Será testada em cerca de 500 voluntários que têm entre nove e 18 anos. Também haverá testes da vacina nas cidades de Natal e Fortaleza. Os testes em humanos são autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Só no ano passado o estado do Mato Grosso do Sul teve cerca de 70 mil casos e pouco mais de 50 mortes.
A expectativa dos órgãos oficiais e dos laboratórios encarregados é que a vacina contra a dengue esteja pronta e possa ser aplicada nos cidadãos no ano de 2014, depois que todos os testes necessários tenham sido feitos e a eficiência seja comprovada.
Enquanto não se pode apenas ser vacinado e ter a garantia de não ter dengue, o melhor a fazer é continuar tomando as medidas de prevenção que evitam a proliferação do mosquito transmissor. Não se deve deixar acumular água parada em nenhum lugar, para isso é necessário evitar deixar pneus ao ar livre, pois a água da chuva pode permanecer ali. Vasos de plantas devem ser limpos constantemente.