Dúvidas Sobre Medicamentos Genéricos

Os medicamentos genéricos já estão no mercado brasileiro há mais de uma década e já representam cerca de 21% das vendas de medicamentos do país. Um estudo realizado pela ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) identificou que 86% dos brasileiros já tiveram um medicamento substituído por um medicamento genérico.

Porém, mesmo depois de tanto tempo no mercado e de tantas pessoas terem utilizado os genéricos ainda tem gente que se recusa a utilizá-los. Ainda é comum que pacientes e até médicos façam uma associação incorreta do preço do medicamento genérico com a sua qualidade. Contudo, a maior parte dos genéricos oferece eficiência igual ao da marca comercial. Tire as suas dúvidas a respeito dos medicamentos genéricos.

Principais Dúvidas Sobre Medicamentos Genéricos

O Que São Medicamentos Genéricos?

De acordo com a definição da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) os medicamentos genéricos são medicamentos que possuem o mesmo princípio ativo que os medicamentos de marca. Basicamente o princípio ativo é a substância que é responsável pelo efeito terapêutico no paciente, basicamente é ele que faz o efeito.

Alguns médicos para evitar desconforto para os seus pacientes prescrevem a receita com o medicamento genérico e o nome princípio ativo para que aqueles que desejarem possam comprar o medicamento de marca. No entanto, boa parte dos médicos garante que não há nenhum problema com os medicamentos genéricos.

Quando Surgiram os Medicamentos Genéricos?

A criação dos medicamentos genéricos data de mais de quatro décadas nos Estados Unidos. O governo americano teve a iniciativa de começar com os medicamentos genéricos na década de 1960, mas foi somente no ano de 1984 que foram estabelecidos os critérios para a produção e comercialização desses medicamentos.

Os critérios estabelecidos pelos EUA foram utilizados por todo o mundo. No Brasil foi instituída a indústria nacional de medicamentos genéricos no dia 10 de fevereiro de 1999. Depois de quatro anos da promulgação dessa lei os genéricos já atendiam a mais de 60% das prescrições médicas.

Quando um Medicamento Genérico Entra no Mercado?

A entrada do medicamento genérico se dá quando a patente de um determinado medicamento de referência (de marca) expira. Quando a validade da patente do remédio expira significa que ele pode ser copiado pelos seus concorrentes. Como as patentes tem data de validade é comum que as indústrias de genéricos comecem a trabalhar em suas versões muito antes que essa data chegue. Assim quando a patente cair já terão o produto pronto para ser comercializado.

Por que São Mais Baratos?

O medicamento genérico é mais barato pelo fato de que em seu preço não estão embutidos gastos com publicidade e nem mesmo com o desenvolvimento do princípio ativo. Dessa forma não pode ser feita uma associação da qualidade do medicamento com o seu preço de venda.

Medicamentos Genéricos são Fabricados Somente pela Iniciativa Privada?

Não, no dia 10 de julho de 2009 foi feita a inauguração da primeira fábrica pública de remédios genéricos do país. Essa fábrica faz parte da Fundação para o Remédio Popular (Furp) e fica na cidade de Américo Brasiliense que está localizada perto de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

O Efeito do Medicamento Genérico é o Mesmo do Medicamento de Marca? Até em Doenças Crônicas?

Como os medicamentos genéricos tem os mesmos princípios ativos dos medicamentos de marca oferecem o mesmo efeito. Uma garantia disso é que todo medicamento antes de chegar ao mercado precisa ser aprovado pela Anvisa que se certifica a respeito de sua eficiência. Os médicos ainda garantem que pacientes de doenças crônicas (que precisam usar os medicamentos constantemente) podem usar os medicamentos genéricos sem problemas e com a mesma eficiência.

O Processo de Inspeção dos Medicamentos Genéricos é o Mesmo dos Demais?

Da mesma maneira que todos os remédios, os genéricos, são submetidos a uma bateria de testes promovida pela Anvisa para que seja feita a comprovação dos seus efeitos nos pacientes. Os experimentos da Anvisa são feitos sempre da mesma forma em medicamentos genéricos e de marca. Aliás, exatamente por preocupação com a qualidade dos medicamentos genéricos a fiscalização é até mais rígida.

Além da bateria de testes convencionais os medicamentos genéricos ainda passam por um teste de bioequivalência que consiste numa demonstração de que ele tem os mesmos efeitos que o seu medicamento de referência oferecendo o mesmo efeito terapêutico sem que haja qualquer tipo de efeito colateral.

Medicamento Genérico é o Mesmo que Medicamento Similar?

Não são a mesma coisa, embora, assim como os genéricos, os similares também tem o mesmo princípio ativo, concentração e indicação que o medicamento de referência. No entanto, a diferença está no fato de que os similares não passam pelos testes de bioequivalência e dessa forma não podem ser indicados nas farmácias como um substituto dos medicamentos de marcas.

Contudo, saiu uma resolução da Anvisa que permite que os medicamentos similares sejam apresentados nas farmácias como uma opção ao medicamento de marca da mesma maneira que acontece com os genéricos. Essa resolução se deu porque agora os similares também precisarão passar pelos testes de bioequivalência para mostrar que eles tem o mesmo efeito do medicamento de marca. Os medicamentos que tiverem resultado positivo na bioequivalência serão oferecidos na farmácia a partir de 2015.

Precisa Receita Para Comparar um Medicamento Genérico?

É importante destacar que o rigor com a venda dos medicamentos genéricos é o mesmo aplicado a venda de medicamentos de referência. Se o remédio de referência é liberado sem receita então o seu genérico também, mas se o remédio de marca é vendido somente com receita o seu genérico também precisa de receita.

Fique atento a indicação de qual versão genérica o seu médico deu. Se o médico não fez essa indicação o farmacêutico de plantão pode fazer a sugestão. Mesmo que os medicamentos genéricos tenham o mesmo princípio ativo do medicamento de referência a dica é consumi-los apenas quando o seu médico lhe dá essa opção.

Tem Risco Automedicação com Genéricos?

A automedicação é um risco em si, seja ela com genéricos ou com medicamentos de referência. Sendo assim nunca se automedique, pois aproximadamente 20 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil vitimadas por automedicação com genéricos ou remédios de marca.

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