Cirurgia Bariátrica x Dependência de Álcool

Ter um corpo magro é o desejo de maioria das pessoas, que, se sentindo incomodada com os quilinhos a mais, não hesita em procurar diversos tratamentos para que o corpo passe a ter uma silhueta mais fina. Apesar de a estética ser uma das maiores demandas por quem procura tratamentos para emagrecer, o principal está relacionado com a saúde. Isso porque, com menos gordura no corpo, doenças ligadas a esse acúmulo gorduroso não se desenvolvem no organismo, além de conferir ao físico maior mobilidade, força e resistência.

Cirurgia Bariátrica x Dependência de Álcool

Cirurgia Bariátrica x Dependência de Álcool

Muitas pessoas ligam, erroneamente, a obesidade com a vontade excessiva de comer. Muitos esquecem que, na verdade, a maioria dos casos de obesidade está ligado a questões hormonais e genéticas, ou seja, problemas no funcionamento correto do organismo acarretam o acúmulo de gordura, mesmo com a pessoa tendo uma alimentação bastante regrada.

Além dos tratamentos comuns, como as dietas e a prática de exercícios físicos, alguns casos de obesidade podem ser tratados por meios cirúrgicos. E, para isso, é realizada uma intensa bateria de exames para constar que a saúde do paciente esteja em dia para que a intervenção cirúrgica possa correr sem nenhum tipo de dano ao paciente. Essa é a cirurgia bariátrica, e iremos falar dela no nosso artigo de hoje. Aqui, você vai conhecer um pouco mais sobre essa cirurgia, bem como algumas informações interessantes sobre esse novo meio de emagrecer. Vamos lá?

A Cirurgia Bariátrica                            

A cirurgia bariátrica, como já mencionado acima, tem como função principal ajudar a combater a obesidade, fazendo com que o paciente perca muito peso em um relativo curto espaço de tempo. Para que isso aconteça, a cirurgia consiste na remoção de parte do estômago, ou na inclusão de dispositivos que ajudem a transmitir ao cérebro do paciente a sensação de satisfação ao se alimentar. Um dos exemplos de dispositivos é o balão, o qual iremos falar mais à frente.

A cirurgia bariátrica não é somente indicada para conter uma obesidade do tipo grave, mas, também, para acabar ou amenizar problemas como diabetes, hipertensão, entre outros, embora o foco principal da cirurgia não seja esse.

No Brasil, as primeiras pesquisas envolvendo a cirurgia bariátrica começaram nos anos 1970, pelas mãos do cirurgião Salomão Chaib, que trabalhava na faculdade de Medicina da USP, uma das mais respeitadas do Brasil. As pesquisas, que tinham técnicas do tipo Payne, do ano de 1969, no início, não surpreendeu muito, por conta do alto número de resultados que não animaram nem um pouco os médicos. Os problemas iam desde com a segurança do procedimento para os pacientes, como nos resultados bastante limitados conquistados com a cirurgia. Mesmo com tais empecilhos, os médicos e demais especialistas da FMUSP decidiram seguir com as pesquisas, em busca de procedimentos de maior qualidade e segurança.

Logo, em 1980, novas técnicas surgiram e a cirurgia bariátrica foi se aproximando do conceito de acessível tanto na parte de segurança quanto na parte de qualidade. Edward Mason, estadunidense que é considerado como um dos “pais” da cirurgia bariátrica ajudou a instituir diversas técnicas de intervenção cirúrgica bariátrica por conta do conceito criado por ele de “restrição gástrica”. Por meio desse conceito, técnicas como gastroplastia vertical, gastroplastia horizontal e o by-pass gástrico foram criados, o que aumentou e muito as chances da cirurgia ser um sucesso nos pacientes.

Mas foi na década de 1990 que as técnicas de cirurgia bariátrica começaram, de fato, a se tornarem realmente seguras e apresentarem resultados satisfatórios. Nessa época, várias outras técnicas novas começaram a ser implantadas, e, com isso, a oferta de diferentes tratamentos cirúrgicos para o problema da obesidade acarretou num maior encaminhamento de pessoas para a realização desse tipo de cirurgia.

Atualmente, a cirurgia é uma das mais realizadas, apesar de seu grau de risco, que é menor se comparado aos anos e décadas anteriores. Uma das mudanças observadas com o desenvolvimento cada vez maior das técnicas de operação é a absorção de várias modalidades da área de saúde, com o intuito de se planejar o melhor tratamento ao paciente. Por exemplo, nutricionistas, psicólogos, nutrólogos, educadores físicos e médicos cirurgiões trabalhando juntos antes e depois do procedimento cirúrgico, aumentando as chances de o procedimento dar certo e, também, de uma melhor recuperação depois da cirurgia.

Segundo pesquisas realizadas, a segurança do procedimento atualmente é tanta que é mais fácil algum paciente perecer por conta das enfermidades propiciadas pela obesidade do que ao fazer a cirurgia bariátrica.

Como é a Cirurgia Bariátrica

Confira, a seguir, como é uma cirurgia bariátrica, e algumas das técnicas utilizadas para a intervenção.

Para início de conversa, existem três tipos de cirurgia bariátrica. A cirurgia que visa a redução do tamanho do estômago é chamada de restritiva. Depois de realizada a cirurgia, é observado que a perda de peso é ocasionada, principalmente, pela baixa ingestão de alimentos, por causa da diminuição do tamanho do estômago. As cirurgias mistas também são receitadas para alguns casos que, além de diminuir a dimensão do estômago, a intervenção atinge também o intestino, no qual o trânsito intestinal é desviado para evitar a absorção de alimentos. Assim, além de reduzir a ingestão de alimentos, os alimentos que forem ingeridos têm sua absorção bastante reduzida.

Antes de realizar a cirurgia, é necessário que o paciente se submeta a vários exames clínicos que indiquem um quadro saudável do organismo. Pessoas que possuam problemas como diabetes, hipertensão e até mesmo trombose, por exemplo, é preciso maior cautela, para evitar complicações no futuro.

No pós-operatório, os cuidados precisam continuar, já que é uma cirurgia do tipo invasivo. Por conta disso, é necessário que o paciente conheça muito bem o procedimento e no que isso irá aplicar no seu cotidiano, já que os hábitos alimentares, consequentemente, serão outros.

O acompanhamento médico deverá ser feito por um longo período, para que o profissional identifique quais são os problemas que fazem com que o tratamento não seja um sucesso. Por isso, a ida regular no hospital se faz necessário. Tudo isso é preciso para que o efeito esperado pela cirurgia bariátrica, enfim, ocorra.


 

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Categoria(s) do artigo:
Medicina

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