Estrutura pélvica e a relevância do púbis na prática de exercícios
O nosso organismo é composto de uma estrutura óssea extremamente eficiente que atua como verdadeira caixa de proteção para os órgãos vitais. Assim, o esqueleto humano representa um dos principais elementos da preservação do corpo, fundamental para o bom funcionamento dos aparelhos digestivo, circulatório, reprodutor e urinário. Este último compõe a estrutura da pelve, sendo o osso púbico – ou como chamado, púbis – um dos principais.
Localizado na região inferior da pelve, o púbis funciona como um amortecedor sustentando o peso da caixa inferior da cintura pélvica do corpo. A anatomia da pelve consiste na formação dos ossos ísquio, íleo e púbis, originando a sínfise púbica de baixa mobilidade de articulação caracterizando-se na representação de uma anfiartrose. Em outras palavras, essa estrutura não possui membrana sinovial e tem movimentação reduzida, composta por um osso esponjoso e achatado.
Essa ligação se dá no decorrer da formação do organismo, sendo mais frágil nos adolescentes e crianças, fator que facilita a ocorrência de contusões e complicações provocando fortes dores na região. No entanto, o problema se dá apenas diante do rompimento dos ligamentos que protegem a cintura pélvica, restringindo a incidência de lesões em condições normais. A freqüência maior se dá em casos de excesso de atividades físicas e práticas esportivas, causando dor e desconforto imediato.
O tratamento é simples, feito através da aplicação de medicamentos anestésicos combinados com o aquecimento do local mantido por uma cinta ortopédica. Ao sofrer algum tipo de lesão nesse sentido, o paciente é alertado para reduzir atividades como corridas, jogos, saltos ou qualquer outra ação que force a movimentação das coxas e cintura.
Efeito das lesões e fraturas na área pubiana
Em alguns casos, o paciente pode apresentar o quadro de Osteíte do púbis, que revela uma infecção no aparelho urinário ou mesmo como decorrência de uma cirurgia na região pélvica. Segundo especialistas em ortopedia, os sintomas da osteíte se caracterizam por uma dor aguda em toda a estrutura de sustentação dos membros inferiores, geralmente acompanhada por febre e dificuldade para se locomover. O diagnóstico é feito através de radiografia e os principais grupos de risco desse mal são os atletas.
Manifestações crônicas exigem observação constante
Outra possível e rara complicação se dá mediante a fratura do púbis. A incidência desse caso é maior em situações de queda ou acidentes impactantes em que o individuo tem forçada a abertura das pernas. Tal efeito causa estiramento nos músculos da área pubiana podendo originar manifestações crônicas dependendo do acompanhamento.
Mas como evitar o estiramento? De acordo com os ortopedistas especializados em avaliação de atletas, é quase impossível evitar a incidência do problema em dado momento, especialmente entre os jovens com idade abaixo de 30 anos. Isso porque o púbis é envolto em tendões que, devido a localização da pelve, tornam-se fundamentais para todo o tipo de movimento dos membros inferiores. A dica é manter-se em observação, sinais de dor no local indicam esgotamento dos músculos e tendões, forçando uma redução dos exercícios físicos.
Por Vivian Fiorio