Sintomas e Perigos da Doença
A Pré-eclampsia é uma doença caracterizada por pressão alta e inchaço, e é um dos principais motivos de óbitos em mulheres gestantes no Brasil. Segundo estatísticas, são três mortes a cada dia, e as que conseguem sobreviver geralmente apresentam seqüelas. De acordo com especialistas obstetras e ginecologistas, as causas são geradas a partir do período gestacional, quando há por exemplo abortos, ou ainda por motivos indiretos que apresentam relação com enfermidades anteriores à gravidez, como hipertensão e diabetes.
Como Definir a Enfermidade
Segundo alguns profissionais da área de saúde, a prevenção e o tratamento ainda não são conhecidos com exatidão. Os médicos devem se limitar a detectar os sintomas e enfrentar os efeitos da doença, com medidas paliativas, buscando soluções somente para reduzir os danos ao organismo feminino. A Pré-eclampsia é um processo inflamatório que aparece no começo da gestação, e aumenta gradativamente com o passar do tempo.
A partir da vigésima quinta semana é que os sintomas mais perigosos começam a aparecer. Esses são caracterizados por hipertensão e inchaços corporais, que podem causar danos ao coração, cérebro e rins. Se atingir a área cerebral, a gestante vai apresentar convulsões, chamada de eclampsia, que causam o comprometimento cerebral, podendo levar à mulher à óbito. Outro problema grave, são as seqüelas que a doença causa, como deslocamento de retina, por exemplo, com conseqüências bastante graves.
Medidas que Podem ser Adotadas
A mulher que já teve pré-eclampsia corre mais risco de desenvolver um acidente vascular cerebral(AVC), e se os rins forem danificados, a probabilidade da paciente necessitar de diálise é trinta vezes maior em 30 anos. Os especialistas informam que apesar da doença ser assustadora, ainda não há um tratamento para o agente causador delas, mas há medidas preventivas que podem tornar a gestação tranqüila e saudável até que o feto se fortaleça para que ocorra o parto sem complicações.
Inicialmente, é indispensável fazer o controle da pressão arterial, que em casos mais graves, pode levar à necessidade da internação da gestante para um acompanhamento médico constante, além de repouso absoluto. Porém em estágios mais avançados, os profissionais podem utilizar sulfato de magnésio que consegue retardar o risco de convulsões. O único problema é a toxidade da substância para o organismo, precisando ter cuidado na sua aplicação nos pacientes.
Novos Estudos Sobre o Tema
Novos meios de diagnósticos estão sendo estudados, para que a doença possa ser identificada em estágios bem recentes. Atualmente uma das maneiras de se detectar a pré-eclampsia e depois fazer a confirmação, é através de testes protéicos na urina da paciente. No entanto, esses sintomas aparecerem quando a enfermidade já está num determinado estágio, onde o organismo feminino já está sendo afetado pelo processo inflamatório.
Os estudiosos revelam que nas gestantes com pré-eclampsia ocorre um distúrbio na formação dos vasos sanguíneos na placenta da mulher. Essa alteração pode ser identificada por alguns marcadores de sangue. Com um diagnóstico precoce, a partir da vigésima semana, talvez seja possível antecipar os cuidados necessários, e reduzir os danos às gestantes e ao feto, minimizando o perigo de uma gestação de alto risco.
Salete Dias