A metaplasia intestinal é uma doença cuja principal característica é a alteração do epitélio da mucosa gástrica que passa a se transformar em um epitélio com características do intestino, mais especificamente, da parte duodenal do trato gastrointestinal. A metaplasia pode se apresentar tanto em sua forma benigna quanto em sua forma maligna. Na realidade, a metaplasia tem como um de suas características se apresentar de maneira bastante heterogênea, com células de diferentes padrões e também em estágios bastante diversos de maturação.
Sendo assim, a metaplasia intestinal apresenta diversas classificações, que podem levar em consideração seus padrões e características morfológicas, bioquímicas e também de acordo com o seu padrão enzimático. A metaplasia pode se apresentar em diversos estágios, ter diversas características e acometer diversas porções da mucosa do estômago, sendo que a gravidade do caso será diretamente proporcional às alterações celulares que ocorreram no local e à extensão da mucosa do estômago que essa metaplasia está ocorrendo. Ela pode não só ter características das células duodenais, como também apresentar características de outras porções do intestino, como o cólon, que seria o tipo de metaplasia incompleta. A metaplasia completa é caracterizada por apresentar células maduras em sua histologia, caracterizando o epitélio mucoso do intestino delgado.
Os principais sintomas que cercam essa condição do trato gastrointestinal são os sintomas relacionados à gastrite crônica. Isso porque essa é a condição que mais predispõe a ocorrência de metaplasia intestinal é a gastrite, que pode ou não ficar crônica ao longo dos anos. Sendo assim, é de fundamental importância procurar um médico quando os sintomas da gastrite se encontram perpetuados. Esses sintomas são os seguintes: dor no estômago do tipo pontada, região estomacal inchada, distendida ou sensação de estômago cheio, sensibilidade na região estomacal, bem como enjoos frequentes, principalmente logo após as alimentações; pode, inclusive, nos casos um pouco mais avançados, haver episódios de vômito que se sucedem à sensação de enjoo ou de náuseas.
Além desses sintomas, o indivíduo com gastrite pode apresentar perda do apetite, não querer se alimentar (anorexia), além de dores de cabeça e mal-estar generalizado, que podem ser consequências do quadro em si ou da baixa ingesta de alimentos secundária aos sintomas da doença. Uma outra característica que pode estar bastante relacionada à gastrite, é a demora da digestão e as frequentes eructações (que são os arrotos) do indivíduo, principalmente logo após a realização de suas refeições, principalmente se elas forem constituídas de alimentos que contenham bastante pimenta, gordura ou até mesmo se forem acompanhadas de bebidas alcoólicas. Em estágios de grande frequência desses sintomas o indivíduo por si só faz a procura do médico especialista para a realização de exames que irão elucidar o real estágio do quadro e se essa gastrite evoluiu ou não para uma metaplasia intestinal.
Dado o diagnóstico de metaplasia, é importante realizar o acompanhamento periódico com a realização de exames, principalmente de endoscopias com o intuito de averiguar a situação histológica do tecido da mucosa gástrica. Isso porque há alguma chance de essa metaplasia se transformar em um carcinoma gástrico, o que constitui uma situação bastante delicada para o indivíduo, requerendo tratamentos intensivos e mais complexos.
