Como Desinflamar o Pâncreas
Uma das doenças que afeta o pâncreas é a pancreatite. Normalmente, não existem medicamentos capazes de promover a desinflamação do pâncreas neste estágio.
Mas algumas regras podem ser adotadas por aqueles que são afetados por esta condição e, que devem ser seguidas durante toda a vida, visto que, em muitos casos, se trata da mudança do estilo de vida das pessoas.
O pâncreas é uma glândula de aproximadamente 15 centímetros, que se situa no abdômen, e faz parte do sistema digestivo e endócrino. Tem duas funções principais, exócrina e endócrina.
A primeira é responsável pela produção de enzimas que são fundamentais para a quebra de estruturas gordurosas, de proteínas e carboidratos.
E a segunda é responsável pela produção de insulina e glucagon, que são os hormônios que regulam as taxas de glicose no organismo.
O pâncreas é dividido em três partes: cabeça, corpo e cauda. A maioria dos casos relacionados ao câncer neste órgão se localiza na parte da cabeça, e normalmente ocorrem em pacientes após os 50 anos de idade, acometendo mais os homens do que as mulheres.
Pancreatite
A pancreatite é uma inflamação decorrente de uma série de fatores, como: medicação, infecções virais, cálculos biliares e a ingestão excessiva de álcool.
Normalmente, os estudos apontam estas duas últimas causas, como as principais para o desenvolvimento da doença.
Esta enfermidade é classificada como aguda ou crônica. Quando os cálculos da vesícula biliar se concentram de forma a obstruir o canal que transporta a bile (colédoco), ela é dita aguda.
Quando isso acontece, o suco pancreático fica retido no pâncreas e desencadeia a inflamação.
Em sua foram crônicas, a pancreatite é capaz de causar distúrbios no parênquima pancreático gerando fibrose no pâncreas e deixando-o endurecido.
Os cálculos quando se depositam no principal canal pancreático causa sua dilatação, e isso pode fazer com que os pacientes da pancreatite crônica tenham crises da forma aguda da doença.
A pancreatite pode acometer crianças e, nestes casos as causas mais comuns são os traumas que ocorrem em função de tombos, utilização de alguns medicamentos e infecções virais.
Os sintomas que são comuns nos portadores desta doença são: icterícia (pele e olhos amarelados por causa do aumento de bilirrubina no sangue), febre, náuseas, vômitos e dor abdominal profunda, que ocorre normalmente após a ingestão de alimentos.
A forma crônica da doença pode apresentar maior número de episódios de dor com a mesma intensidade da forma aguda.
Diagnóstico e Tratamento
O primeiro sintoma que faz com que as pessoas portadoras de pancreatite procurem um médico ou emergências hospitalares é a dor.
Alguns ensaios laboratoriais indicam a presença da doença, como por exemplo, as taxas altas das enzimas lipase e amilase.
Exames de vídeo para a detecção do problema também são complementos que ajudam no diagnóstico. Normalmente são realizados a ultrassonografia abdominal e raios-x.
Quando a dor se pronuncia de forma intensa, às vezes é recomendada a internação do paciente, e nesta ocasião são ministrados medicamentos intravenosos e soro para que a hidratação da pessoa seja realizada de forma satisfatória.
O repouso também é fundamental e, colabora para que a desinflamação do pâncreas. Este tipo de intervenção durante a internação, na maioria das vezes é satisfatório.
Mas há casos em que o comprometimento não se restringe somente ao pâncreas; outros órgãos são atingidos, como fígado e pulmões. E nestas circunstâncias, a junta médica deve avaliar qual serão os procedimentos a serem adotados.
A cirurgia é necessária quando a vesícula biliar está obstruída por cálculos, e deve ser realizada o quanto antes, a fim de impedir complicações futuras. O procedimento para retirada da vesícula biliar é simples, e a recuperação do paciente é rápida.
Nos casos de pancreatite crônica, a avaliação tem que ser mais criteriosa, uma vez que seu diagnóstico não é tão simples quanto da fase aguda da doença.
Os exames de imagem realizados são a ultrassonografia e a tomografia, e os ensaios laboratoriais investigam as taxas de fosfatase alcalina, bilirrubinas e gama glutamil transferase, e das enzimas pancreáticas.
A pancreatite aguda depois de tratada pode voltar a ocorrer, caso o paciente não tenha o devido cuidado com a saúde, e mantenha um ritmo de vida sem equilíbrio. Reincidências podem comprometer o pâncreas e sacrificar outros órgãos.
Cuidados Necessários
Vários problemas de saúde podem estar associados, e anteceder o quadro de pancreatite.
O conjunto de fatores deve ser investigado por uma equipe médica e o paciente deve ser tratado de forma rigorosa para que o problema não ocasione danos maiores, como o câncer, por exemplo.
Hábitos alimentares inadequados são um dos fatores de risco que devem ser acompanhados.
O consumo excessivo de bebidas alcóolicas está diretamente relacionado na maioria dos casos de pancreatite (mas não é o único fator), e o paciente deve ser estimulado a buscar terapias paralelas que o auxiliem no combate ao vício, caso seja necessário.
De uma forma geral, o ideal é que o paciente seja tratado por uma equipe multidisciplinar, que possa orientá-lo para a melhor forma de mitigar seus problemas de saúde em cada uma das esferas de atenção: médica, psicológica, nutricional, física.
Quanto à nutrição, o portador de pancreatite deve evitar ao máximo o consumo de comidas industrializadas e com excesso de gordura e, manter a hidratação corporal.
Alimentos fritos, manteiga, margarina, maionese, bolos, tortas, ovos, sorvete, molhos pré-fabricados, derivados do leite, cafeína, carnes gordurosas e enlatados de forma geral devem ser evitados.
O teor de gorduras em alimentos deve ser investigado, uma vez que a gordura é um dos grandes vilões daqueles que sofrem de pancreatite.
Aconselha-se que o paciente faça a ingestão de carboidratos saudáveis e fibras, como arroz e pães integrais, batata doce, aveia.
Os queijos brancos ou do tipo tofu podem ser consumidos. E os vegetais devem ser bem cozidos. Quanto às proteínas, destaca-se a soja, frango, peixes e ovos cozidos. A carne vermelha não deve ser consumida em quantidade e preparada grelhada, sem gordura, preferencialmente.
Os doces devem ser consumidos com atenção visto que muitos pacientes que desenvolvem a pancreatite encontram-se com índices altos de glicose.