Problemas no Brasil
De acordo com alguns especialistas a influência dos alcoolismo na gravidez, diferente do que acontece com o cigarro ou a droga, ainda não é reconhecido como extremamente danoso ao feto,e em alguns casos as mulheres não são recomendadas pelos seus médicos para se absterem do consumo de bebidas alcoólicas durante o período de gestação.
Complicações Relatadas
Praticamente em todos os lugares está a advertência sobre a influência do consumo de bebidas alcoólicas no período gestacional. Para obter essas informações as pessoas nem precisam sair de suas casas, basta acessar a internet e achar essa informação em qualquer site confiável.
Desde o século XVIII na Inglaterra que o abuso do álcool em mulheres gestantes mostrava que esse comportamento reduzia as chances de vida dos recém- nascidos, além de haver um aumento nos sobreviventes de casos de retardo mental. Essa época nesse país ficou conhecida como a Epidemia do Gin.
Mesmo a própria História da humanidade relatando casos que reforçam a combinação negativa entre gestação e bebidas alcoólicas, parece que no Brasil os especialistas em obstetrícia, ginecologia e pediatria não parecem informar às suas pacientes grávidas sobre o perigo dessa ingestão de álcool na gestação.
Manual com Orientações
Em virtude dessas constatações, foi lançado um manual com estudos científicos e orientações para médicos e mulheres gestantes pela Sociedade Paulista de Pediatria, com a finalidade de fazer um alerta à população brasileira sobre o assunto.
De acordo com os pesquisadores, a classe médica reconhece e orienta suas pacientes sobre os efeitos negativos de drogas, cigarros, crack ou cocaína durante o período gestacional na mulher, no entanto poucos falam sobre os graves danos à saúde da gestante que a bebida alcoólica pode causar.
Diferença em Outros Países
Em países como a França e os Estados Unidos, os trabalhos científicos desenvolvidos apresentam o risco de bebidas alcoólicas na gestação de forma mais contundente do que no Brasil.
Segundo pesquisadores, em nosso país ainda não há nenhum dado estatístico de fácil consulta sobre a ocorrência de patologias resultantes do uso de álcool pela mulher grávida, dificultando a orientação dos médicos às suas pacientes, já que eles próprios não tem muito acesso às informações sobre o assunto.
Alguns estudos internacionais revelam que para cerca de mil crianças nascidas 1,5 por cento apresentam a Síndrome Alcoólica Fetal, que provoca anormalidades no comportamento como hiperatividade ou agressividade e anomalias faciais, entre outros transtornos. Essa doença, é incurável, restando apenas para os especialistas o controle da mesma.
O diagnóstico deve ser feito logo após as primeiras quarenta e oito horas do nascimento do bebê, através de exames de imagem como por exemplo o exame de ultrassonografia, ou pelo exame clínico que no caso das anomalias do rosto da criança, comprova a patologia automaticamente. Vale ressaltar que a precisão dos exames de imagem atuais são muito importantes, pois mostram as anomalias ou malformação do sistema nervoso central do cérebro no organismo humano.