Doença de Hodgkin

O Linfoma de Hodgkin, também conhecido como Doença de Hodgkin, é um tipo de câncer que tem origem nos gânglios, linfonodos, que formam o sistema linfático, composto feito por tecidos,  órgãos, que fazem a produção de células que fabricam a imunidade e ainda os vasos condutores destas células em todo o corpo.

Ao contrário de outras formas de câncer, aparece em qualquer etapa da vida; entretanto, é mais habitual que se apresente na fase jovem, que vai dos 15 até os 40 anos, tendo maior surgimento no período que compreende dos 25 aos 30 anos. O aparecimento de casos novos manteve-se estável nos últimos cinquenta anos, e o nível de óbito foi diminuído em cerca de 60% desde o começo da década de setenta em razão dos avanços decorrentes do tratamento. Grande parte dos pacientes que apresentam a Doença de Hodgkin são curados através do tratamento feito atualmente.

Conforme as médias taxas encontradas nos dezessete RCBP, ou, Registros de Câncer de Base Populacional do Brasil que contam informações pertinentes dos três anos, acredita-se que a cifra de novos casos de Linfomas de Hodgkin em terras brasileiras em 2009 aproximou-se dos  1.600 casos em homens e 1.270 em mulheres.

Os tecidos e órgãos que fazem parte do sistema linfático contêm timo, linfonodos, baço, medula óssea, amígdalas, e tecidos linfáticos presentes no intestino. O líquido claro que envolve esses tecidos é chamado de linfa, e tem em sua composição células linfoides e proteínas. No caso dos gânglios ou linfonodos podem ser encontrados em todas as áreas do corpo, especialmente na virilha, pescoço, pelve, axilas, tórax e abdome; armazenam e produzem leucócitos chamados de linfócitos.

Há 03 formas de linfócitos: as células T ou linfócitos T, as células B ou linfócitos B e, finalmente, as células NK ou “natural killer”. Cada uma dessas 03 formas de células executa uma específica função na guerra contra as infecções, e ainda possuem importância no combate às células cancerígenas.

  • Os linfócitos B fabricam anticorpos, que se relacionam na superfície de tipos certos de bactérias e aproximam células próprias de proteínas do sangue e do sistema imune, fazem a digestão das bactérias e células diferentes do habitual.
  • Os linfócitos T auxiliam na proteção do organismo contra fungos, vírus, e determinadas bactérias. Desempenham também papel importante nos desempenhos das células B.
  • As células NK possuem como principal foco o combate às células tumorais e promovem a proteção contra uma variedade grande de agentes causadores de infecção.

A distinção entre outras formas de linfoma e a Doença de Hodgkin é feita por meio do exame de amostragem sob microscopia. Obtido o tecido por biópsia de pessoas com Doença de Hodgkin mostra células chamadas de células de Reed-Sternberg, um tributo aos médicos primeiro descreveram as alterações.

Essa doença aparece sempre que um linfócito, quase sempre um do tipo B, se modifica de uma célula comum num maligna, com a capacidade de crescimento descontrolada e passa a alastrar-se. A célula má passa a produzir, nos gânglios, cópias iguais, denominadas clones. Com decorrer do tempo, elas podem se alastrar para os órgãos e tecidos das adjacências, e, quando não tratadas, podem chegar a outras áreas do organismo.

Nesta doença, disseminam-se os tumores de uma parte de linfonodos para outras de linfonodos usando para isso os vasos linfáticos. O lugar mais habitual de envolvimento tende a ser o tórax, área chamada de mediastino.

Fatores de Risco

Aquelas pessoas que apresentam um comprometimento da imunidade do sistema, em decorrência de infecção pelo HIV, doenças genéticas hereditárias, utilização de drogas imunossupressoras, contam com um maior risco de desenvolvimento da Doença de Hodgkin. Famílias nas quais um ou mais membros tiveram o diagnóstico positivo para a enfermidade têm uma maior probabilidade de desenvolvimento, entretanto, não se deve apegar a essa ideia.

Sintomas

Essa doença pode aparecer em qualquer lugar do corpo, e seus sintomas serão conforme o local. Se o desenvolvimento se der através de linfonodos próximos da pele, nas axilas, no pescoço, e virilhas, provavelmente os sintomas incluirão o surgimento de gânglios sem dor e aumentados nos lugares. Caso a doença se apresenta na região torácica, os sintomas tendem a incluir falta de ar, tosse, e dor. E quando aparece no abdome ou na pelve, podem ser relacionados à distensão abdominal.

Sintomas diversos da doença ainda incluem fadiga, febre, sudorese noturna, coceira na pele e perda de peso.

Diagnóstico

Há inúmeras formas de se fazer o diagnostico da Doença de Hodgkin. Tais exames determinam um específico tipo, e ainda causa do esclarecimento de informações úteis e diversas para determinar a maneira mais correta de tratamento.

Em todos os casos é obrigatória a biopsia para que seja feito um diagnóstico preciso da Doença de Hodgkin. No decorrer do procedimento, faz-se a remoção de uma amostra pequena de tecido para ser analisado, geralmente de um linfonodo aumentado.

Existem tipos variados de biópsias:

  • Biópsia incisional ou excisional – o profissional, por meio de um corte na pele, retira um gânglio inteiro, ou uma parte pequena do mesmo;
  • Biópsia de medula – remove-se um fragmento pequeno da medula óssea por meio de uma agulha. Esse processo não traz o diagnóstico da Doença de Hodgkin, entretanto, é importante para precisar qual a extensão da proliferação da enfermidade;

Ainda são precisos exames de imagem que determinam o local dos tumores no organismo. São empregadas radiografias para determinar os tumores no tórax; através da tomografia computadorizada, são conseguidas detalhadas  imagens do organismo sob ângulos diversos. No caso da Ressonância Magnética que faz uso de ondas de rádio e magnéticas para lançar imagens de órgãos e partes moles; e, em se tratando da Cintigrafia, um material radioativo é injetado no organismo da pessoa é atraído a lugares acometidos com a enfermidade.

Tratamento

O tratamento tradicional contra a Doença de Hodgkin, geralmente versa sobre a poliquimioterapia, sem ou com a radioterapia. De acordo com a evolução da doença no período correspondente ao diagnóstico, pode-se fazer uma estimação de um prognóstico do tratamento com o paciente. Para aqueles pacientes que são acometidos de recaídas da doença, há a disponibilização de alternativas, de acordo com o tipo de tratamento empregado inicialmente. As maneiras usualmente empregadas, e com relativamente indicações precisas, consistem no emprego de transplante de medulo e na poliquimioterapia.

A doença de Hodgkin é um tipo de tumor maligno que afeta no organismo humano, mais especificamente, o sistema linfático e sua função de defender o corpo dos seres humanos. Esse tipo de câncer se caracteriza por provocar um processo inflamatório na medula óssea, no baço, no tecido linfático do fígado, e principalmente, atinge os gânglios dos indivíduos. Em virtude disso, as células cancerígenas se espalham por qualquer região do organismo.

Causa e Sintomas

Essa doença atinge  mais indivíduos do sexo masculino do que do sexo feminino, normalmente na faixa etária de quinze a trinta e cinco anos, ou após os cinquenta e cinco. Com causa desconhecida até o momento, esse câncer pode ser curado quando detectado logo no início, com tratamentos como quimioterapia, radioterapia  e, em alguns casos, a medula óssea é transplantada. Os principais sintomas dessa doença são: debilidade física com perda de peso, inflamação nos gânglios das axilas, pescoço ou virilha, febre e sudorese.

Salete Dias

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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