Encefalite Espongiforme Bovina: O Mal da Vaca Louca

A encefalopatia espongiforme bovina é amplamente conhecida no mundo graças a seu apelido: o mal da vaca louca. Esta é uma doença altamente transmissível entre os bovinos. É uma doença classificada como neurodegenerativas, sendo assim uma doença cerebral fatal no gado. Imagens foram mostradas em todo o mundo de vacas agindo sem qualquer naturalidade, jogando-se em cercas ou ainda batendo-se no chão, situações que deixaram a doença famosa.

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A encefalite possui um longo período de incubação no gado de quatro a cinco anos, mas pode ser fatal para os animais dentro de semanas depois do contágio. Conhecida como EEB, a doença começou a chamar a atenção da comunidade científica em novembro de 1986, quando surgiram os primeiros bois e vacas na Inglaterra com uma forma recém-reconhecida de doença neurológica.

O Que Causa o Mal da Vaca Louca ao Gado?

A encefalite espongiforme afeta diretamente o cérebro e a medula espinhal de gado. As lesões são caracterizadas por terem um aspecto de esponja e são visíveis com um microscópio comum.

O agente infeccioso da doença é altamente estável, resistindo a congelação, secagem e aquecimento a temperaturas normais de cozimento, mesmo aqueles usados para a pasteurização e a esterilização. Ele sofreu algumas mutações e aperfeiçoamentos durante os surtos de vaca louca nos anos 90, mas estima-se que já esteja sendo controlado.

A natureza do agente da doença da vaca louca ainda é uma questão de debate entre os pesquisadores. Alguns estudiosos afirmam que o agente causador da encefalite espongiforme é constituído, em grande parte, de uma proteína auto reprodutiva.  Outra teoria defende que o agente é um vírus, possui ácidos nucleicos em sua base genética e é mutante, por isso a doença se espalhou tão rápido. Fortes evidências recolhidas ao longo da última década apoiam a formação de proteína auto reprodutiva, mas ainda há quem discorde.

A doença teve seu primeiro caso relatado no mês de novembro de 1986. No ano de novembro de 2002, havia cerca de 376 mil casos confirmados no Reino Unido em animais. Desde 1989, um número relativamente pequeno de casos da doença da vaca louca foi relatado em outros países próximos, mas começaram a involuir gradativamente até que se descobrisse a causa.

Em julho de 1988, foi proibido no Reino Unido o uso de proteínas de ruminantes na preparação de rações para animais. O uso na cadeia alimentar de restos de bovinos mortos na preparação da ração é considerado um risco potencial para os humanos, foi proibido no Reino Unido em 1989 e nos demais países do mundo alguns anos depois.

Origem da Encefalite Espongiforme Bovina

Ainda há divergências sobre o que teria causado o aparecimento do agente causador da doença. Pode ter sido de ocorrência espontânea no sistema nervoso do gado. Estudos médicos informam que a disseminação desta doença começou no Reino Unido, porque estes animais eram alimentados com uma ração preparada a partir de tecidos de outros bovinos, tais como cérebro e medula espinhal contaminados com a doença.

O que deixou os criadores assustados foi a velocidade com que a doença se disseminou, causando a ruína de muitos investidores que tiveram que sacrificar seu gado inteiro. Isso porque muitos criadores costumavam fortalecer sua ração com o uso restos de animais mortos e, sem saber o que matou seu gado, usaram animais contaminados para alimentar gado saudável, por isso a doença se propagou bastante.

A farinha vendida como ração fortificada foi usada durante anos desta forma, o que causou a expansão da doença para além do Reino Unido, com relatos no Brasil. A importação da vaca para fora do Reino Unido é o que fez também que casos entre humanos surgissem no Brasil. Após o diagnóstico do que teria causado a doença é que ela pôde ser controla, mas muitos animais tiveram que ser sacrificados.

Sintomas da Doença da Vaca Louca

Em bovinos naturalmente infectados com esta doença, o agente infeccioso foi encontrado no tecido cerebral, na medula espinhal e na retina do olho. Outros estudos experimentais sugerem que o agente da BSE pode também estar presente no intestino delgado, amígdalas, medula óssea e ao longo da coluna vertebral.

Pelos locais em que a doença se instala no organismo animal, ela afeta diretamente o cérebro e coordenação motora do animal. Este começa a se apresentam com menor tempo de ruminação entre uma refeição e outro, irá aumentar também a frequência de lambidas no focinho do animal, pode começar a espirrar, contrair o focinho, esfregar a cabeça no chão ou cercado e ranger de dentes.

Fique Atento

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O surto da doença começou porque o comportamento estranho foi se tornando frequente em uma mesma criação e, na maior parte dos casos, o gado foi morrendo de forma rápida. Não havia veneno ou anomalias genéticas visíveis e isso fez com que criadores pedissem uma investigação para cuidar de forma adequada e assim detectar a doença. Infelizmente, demorou-se alguns anos até que a doença da vaca louca fosse detectada e muitos países já haviam sofrido com o problema. Como houve casos semelhantes em humanos, instalou-se um pânico geral que fez pessoas rejeitarem boas marcas de carne importada do Reino Unido por acreditarem estar com esta doença.

Encefalite Espongiforme Bovina Nos Outros Animais

A doença da vaca louca, como ficou popularmente conhecida, é também encontradas em outros animais que tenham como base o uso de restos de outros animais em sua ração. A doença neurológica pode se apresentar em gatos domésticos, em ruminantes e felina em zoológicos e ainda em ovelhas e cabras.

Encefalite Espongiforme Bovina nos Humanos

O que causou maior pânico quando esta doença se espalhou é porque ela pode se adaptar ao sistema nervoso humano e pessoas que comeram o gado infectado ficaram contaminadas.

A doença da vaca louca pertence a um grupo de doenças neurológicas degenerativas progressivas conhecidas como encefalopatias espongiformes transmissíveis. Nos humanos elas são bem semelhantes as encontradas nos bovinos e são sempre fatais. São, porém, em números muito raros, por exemplo, somando em todo o mundo um milhão detectadas com a doença.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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