Encefalite Hepática: Saiba Tudo Sobre a Doença

Doença que acontece no fígado em consequência de constantes alimentações que possuem produtos com alto teor de elementos tóxicos. O órgão não consegue eliminar ou transformar as toxinas e, por consequência, acontece a destruição das células. Este fato acontece de maneira principal por causa da falta de sangue vindo do sistema digestivo. Ele é desviado da sua trajetória normal, indo para o cérebro antes de chegar ao fígado.

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Fisiopatogenia da Encefalite Hepática

Os produtos da digestão e absorção dos alimentos também precisam receber o sangue para trabalhar. Estes elementos em si não podem ser distribuídos de maneira direta para os outros órgãos. Acontece que grande parte é tóxica e precisa passar por sistemas de transformações antes que entre em circulação no organismo. Antes de chegar à porta hepática (principal fonte sanguínea), o sangue se unir após correrem pelas veias.

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Sangue: Fígado ao Coração

Dentro do fígado, o sangue faz sua fluidez, das veias grandes até as mais finas para chegar aos sinusóides, onde acontece a coleta dos produtos da digestão pelas veias centrolobulares, capazes de levar o sangue para o lado de fora dos órgãos até a chegada às veias hepáticas. Na sequência, ele passa pela veia cava interior até a chegada ao coração quando o sangue, junto com os nutrientes, é distribuído pelo organismo.

Quando o fígado se encontra em estado de cirrose, acontece a formação de cicatrizes em sua parte de dentro, causando assim a distorção da estrutura e prejudicando de maneira direta o fluxo sanguíneo. A hipertensão acontece em consequência do fluxo reduzido. Quando a pressão do sangue aumenta em níveis desproporcionais acontecem hipertensões portais.

Existem diversas causas provindas deste tipo de hipertensão, tais como falta de ar, inchaço nas penas ou braços, falência dos rins, dilatação das veias e ascite, isto é, acumulação de serosidade na cavidade peritoneal.

Todas as veias que levam sangue ficam dilatadas, inclusive as de textura fina presente perto do fígado, por consequência fazendo surgir varizes do esôfago, causando curto-circuito que provoca o desvio de parte do sangue desviado do fígado antes de chegar ao cérebro.

Amônia do Sangue: NH3

Mesmo com toda a tecnologia da atualidade, os cientistas não conseguem apontar explicações claras para o surgimento da encefalopatia hepática. No entanto, grande parte dos estudos na atualidade aponta que as causas estão na concentração de amônia no sangue.

Em termos científicos é possível dizer que a amônia deveria ser transformada em ureia pelo trabalho do fígado, consequentemente sendo eliminada pelas urinas e fezes. A amônia em excesso afeta o cérebro em níveis consideráveis, causando inchaço e vasodilatação cerebral.

Principais Sintomas!

Interessante notar que grande parte dos portadores da doença diz que não existe nenhum tipo de sinal claro que evidencie o seu desenvolvimento. No entanto, em alguns pacientes, existem pequenas lentidões na capacidade de raciocínio e atenção do cérebro. Conforme a encefalite evolui, podem acontecer mudanças explícitas nos padrões de comportamento, com tendência de agressividade e bizarrice. Podem ocorrer também algumas mudanças no ciclo do sono-vigília, ou seja, troca do dia pela noite nos horários de dormir em consequência da falta de sono no período noturno. O estágio da doença está no estado de coma.

Sintomas e Tratamento

Sintomas e Tratamento

Neste sentido, se pode dizer que a doença não surge com pioras regressivas que aos poucos vai apresentando os sintomas de maneira clara. Podem surgir somente nos estágios mais avançados, causando períodos de melhoras e pioras, características da cirrose. Em pacientes cirróticos a encefalopatia aparece com manifestação de surtos de piora.

Diagnóstico da Encefalite Hepática

Até mesmo o exame de dosagem da amônia não tem cem por cento de eficácia. Isso acontece porque o crescimento do elemento não está relacionado de maneira direta com a encefalopatia. Sem contar que o nível de amônia já está grande nos pacientes com cirroses, o que não implica dizer que o mesmo prognóstico não tem relação direta.

Existem diversas doenças que podem trazer causas que alteram as características neurológicas do indivíduo. Na maioria dos casos, se faz necessário fazer diversas investigações no intuito de localizar os fatores desencadeantes que podem fazer surgir ou mesmo piorar a encefalopatia hepática. Alguns fatores desencadeantes podem estar nos estágio avançado, não sendo tratados de maneira precoce existem chances consideráveis de acontecer óbitos, ou mesmo de se tornarem irreversíveis.

A escala West Haven é o item mais utilizado pelos médicos especialistas no intuito de avaliar a gravidade e as respostas do organismo referentes ao tratamento. No entanto, em estágio mais avançados, doutores utilizam a Escala de Coma de Glasgow.

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Principais Formas de Tratamento da Encefalite Hepática

Os principais objetivos do tratamento de encefalite hepática estão relacionados com a identificação e remoção dos fatores considerados precipitantes. Pode acontecer, inclusive, a redução do nitrogênio presente no intestino com o uso de antibióticos, dissacarídeos ou catárticos. Existem outras medidas de prevenção indicadas para prevenir os fatores precipitantes:

  • Dieta
  • Profilaxia
  • Sangramento de Varizes Esofágicas
  • Uso correto de diuréticos
  • Profilaxia por Peritonite Bacteriana Espontânea
  • Avaliação da Indicação de Transplante Hepático
  • Tratamento Profilático
  • Corte das Drogas Vasoativas

A terapia nutricional deve fazer parte da maioria das pessoas que sofre com a doença. Pacientes considerados cirróticos precisam limitar o número de proteína consumida diariamente. Os médicos indicam que é necessário começar com dosagens pequenas para que, aos poucos, o corpo se acostume com o novo elemento. O Ministério da Saúde adverte: a automedicação é contraindicada pela alta chance de piorar o quadro clínico.

Necessário ter em mente que é preciso diminuir as proteínas e não provocar a extinção da dieta, fato que pode desencadear em desnutrição e piora do quadro clínico da encefalopatia. Recomendável ainda usar laticínios e vegetais para manter o nível. Também existem evidências comprovadas de forma científica que o uso do zinco pode beneficiar o quadro clínico, principalmente nos cirróticos desnutridos.

Pode ser indicada ainda a redução do nitrogênio intestinal, método simples e barato, feito até mesmo por alguns hospitais públicos, apesar da crise que o país vive na saúde. Neste tratamento, são indicados antibióticos para serem usados em períodos curtos para combater o risco de toxicidade renal e neurológica.

Escrito por Renato Duarte Plantier

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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