Infecção no Sangue

O Que é Uma Infecção?

O quadro clínico causado por uma infecção consiste na invasão do organismo por microrganismos do tipo patogênicos como bactérias, vírus e fungos. Nessa situação esses invasores se desenvolvem e se reproduzem dando origem a um tipo de infecção. Normalmente essas infecções se mantêm locais de maneira a causar complicações numa região específica.

Infecção no Sangue

Septicemia – Infecção no Sangue

Uma infecção pode acabar se tornando sistêmica a partir do momento que o agente patogênico se espalha pelo organismo e chega a outras áreas do corpo. Se isso acontece se tem origem de uma septicemia. Uma septicemia consiste numa infecção generalizada bastante grave que tem início numa determinada região do corpo e vai se espalhando pelo corpo através da corrente sanguínea. O nome septicemia vem do grego sépticos que significa algo que gera putrefação ou sangue.

Os agentes causadores da infecção contaminam o sangue e o transformam no seu “meio de transporte” de maneira a chegar a outras partes do corpo. Dentre os principais microrganismos que causam a septicemia estão as bactérias que são provenientes de infecções ocorridas no trato urinário, meningite e pneumonia. Em suma a septicemia consiste na invasão da corrente sanguínea por microrganismos patogênicos provenientes de outro foco infeccioso que já existe no organismo.

Sintomas de Septicemia

Os patógenos tem no sangue um excelente meio de transporte uma vez que a sua temperatura é de mais ou menos 37°C. Exatamente por isso que o corpo reage com febre quando ocorre uma infecção. A temperatura aumenta com o objetivo de dar fim aos microrganismos que estão causando a infecção.

Dessa forma a febra alta é um dos principais sintomas de septicemia bem como calafrios, fraqueza, enjoos, náuseas, taquicardia, vômitos, diarreia, queda de pressão arterial entre outros. Tem algumas pessoas que ao invés de apresentar febre apresentam uma queda considerável de temperatura, basicamente tem a mesma função da febre.

A septicemia pode levar horas ou até mesmo dias para se manifestar, em alguns casos em poucos minutos deixam o paciente inconsciente. Tudo depende da gravidade da infecção e dos agentes infecciosos. O tratamento deve ser realizado o mais rapidamente possível para que o paciente tenha chances de sobreviver.

Sintomas Específicos em Órgãos

A septicemia atinge todos os órgãos do corpo e dessa forma pode ter sintomas com origem em cada um dos órgãos afetados. Pode acontecer de aparecerem infecções distantes do foco original da doença de maneira a causar abscessos em vários órgãos como coração, rins, cérebro entre outros. Esses sintomas tem relação com o local em que a infecção está.

Diagnóstico

Para se determinar a existência de septicemia é necessário fazer cultura do sangue que é chamada de hemocultura. Esse exame é realizado através do uso de duas amostras de sangue que são colhidas em horários e partes diferentes do corpo, normalmente essa coleta é feita uma em cada braço do paciente.

Essa amostra de sangue é submetida então a um meio de cultura para que o microrganismo tenha as condições necessárias para que cresça e se multiplique. O objetivo é identificar qual é o microrganismo que está causando a infecção, assim é possível identifica-lo para que se possa fazer o tratamento. A identificação do microrganismo causador da septicemia ajuda a determinar qual é o antibiótico mais interessante para o tratamento.

Os médicos também podem usar radiografias e tomografias para fazer o diagnóstico. A complementação do diagnóstico pode ser feita através de punção lombar e ainda pela análise da urina e do sangue, isso quando é necessário. Os pacientes que são tratados para septicemia devem manter o hábito de fazer exames de sangue frequentemente para acompanhar a evolução e também possíveis complicações.

Septicemia – Doença Letal

A septicemia era uma doença letal nos tempos mais antigos, atualmente, essa doença ainda representa um sério risco para o paciente, contudo, já temos possibilidades de realizar bons tratamentos. Dentre as ferramentas possíveis para combater o problema são usados antibióticos que tem a capacidade de destruir os microrganismos. Antigamente não se tinha acesso a bons cuidados médicos e nem mesmo a antibióticos para combater os agentes patogênicos. Hoje em dia é mais fácil tratar a doença, mas ela ainda é grave.

Outra forma de cuidar do problema é manter o corpo bem hidratado para repor os nutrientes e líquidos que são perdidos pelo organismo durante o processo de infecção. A pressão arterial precisa ser mantida estável com o uso de soros bem como outros medicamentos. O tratamento deve começar logo no início da doença para que o paciente tenha mais chances de sobreviver.

Causas da Septicemia

Essa infecção do sangue pode ter como início um foco infeccioso causado por fungos, vírus e bactérias como infecção do trato urinário, abscessos, pneumonias entre outros. Também pode ocorrer devido a cirurgias que são realizadas em ambientes que estão contaminados por agentes patogênicos.

Tratamento de Septicemia

A base do tratamento da septicemia é o uso de antibióticos, a determinação do antibiótico correto para o problema é feito através do exame de cultura que leva em média quatro dias para ficar pronto. Durante esse período o paciente deve fazer uso do antibiótico que foi prescrito pelo médico que é escolhido com base no local que originou a infecção.

Após a cultura dar resultado para a identificação do microrganismo o médico então determina se manterá o antibiótico receitado ou se irá indicar outro mais eficiente para esse determinado problema. Como se trata de um problema de saúde muito grave normalmente ela é tratada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na UTI é possível monitorar os sinais vitais continuamente e podem ser dedicados ao paciente os cuidados gerais que ele necessita.

Tem muitos casos em que os pacientes necessitam de uma sonda nasogástrica além de usar um respirador artificial e fazer hemodiálise. De forma mínima o tratamento exige o uso de um acesso venoso para que sejam administrados líquidos e sais minerais além de alimentação parenteral e medicamentos. É importante ainda ter alguns cuidados especiais com a circulação venosa dos membros inferiores para evitar problemas como tromboses e flebites.