O Que É Um AVC?
O AVC (acidente vascular cerebral) que também pode ser chamado de AVE (acidente vascular encefálico) é conhecido popularmente como derrame cerebral. Trata-se de uma perda rápida da função neurológica que pode ser decorrente de um rompimento (hemorragia) ou do entupimento (isquemia) dos vasos sanguíneos cerebrais.
Uma doença que tem um começo súbito e na qual o paciente pode ter dificuldade para movimentar os membros de um mesmo lado do corpo ou então paralisação. Pode haver ainda dificuldades para falar ou na articulação das palavras, déficit súbito da visão de uma parte do campo visual que pode evoluir para outros sinais e até mesmo coma.
AVC – Uma Doença de Emergência
Uma doença que é considerada uma emergência médica uma vez que pode evoluir para sequelas e até mesmo para a morte. Chegar rapidamente no hospital é imprescindível para que haja uma intervenção terapêutica. No Brasil, por exemplo, o AVC é a principal causa de morte devido a doenças cardiovasculares, uma média de 1 caso a cada 3.
Os fatores de risco do AVC incluem hipertensão arterial (pressão alta), idade avançada, diabetes, colesterol, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, tabagismo, fibrilação atrial e estenose da válvula atrioventricular.
Os Sintomas e Os Sinais de Um AVC
O diagnóstico de um AVC é feito através da história do paciente e do exame físico realizado pelo médico. Dentre os principais estão:
Dificuldade para mover o rosto
Dificuldade para movimentar os braços de forma adequada
Dificuldade de falar e se expressar
Fraqueza nas pernas
Problemas de Visão
Num exame para diagnóstico de um AVC o médico pode pedir coisas simples para o paciente como sorrir, levantar os braços ou mesmo repetir uma frase como “trinta e três”. No caso de você estar com uma pessoa que apresente esses sintomas é muito importante procurar o socorro o mais rápido possível para evitar possíveis sequelas.
Há ainda alguns outros sintomas que são menos específicos como a queda do estado geral e coma, eles elevam bastante o risco de AVC.
Exames Diagnósticos
A recomendação dos médicos é que seja feita uma confirmação dos sintomas como sendo realmente um AVC através de exames de imagem, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Com esses exames em mãos os médicos podem identificar a área do cérebro que foi afetada e qual é o tipo de AVC.
O exame inicial pode ser a tomografia, pois se trata de uma opção mais rápida e que ajuda o médico a diferenciar AVC por entupimento/isquemia do hemorrágico. Cada um dos tipos de AVC tem um tratamento radicalmente diferente. Nos casos de AVC isquêmico é natural que uma tomografia nas primeiras 24h seja normal, pois em geral esse tipo de ataque não provoca lesões visíveis nesses primeiros momentos.
Somente as lesões mais extensas ou as mais antigas poderão ser vistas na tomografia no AVC isquêmico ou então sinais indiretos de AVC como um edema cerebral. Quando o AVC é hemorrágico a imagem da tomografia irá indicar vazamento de sangue. Mesmo sendo pouco comum nesses casos é possível usar o procedimento de punção lombar do líquor para fazer o diagnóstico de AVC hemorrágico.
A ressonância magnética pode até ser mais precisa do que a tomografia, porém, não costuma ser utilizada num caso de emergência porque pode atrasar o tratamento necessário e isso pode ter um impacto direto na recuperação do paciente. Porém, ela pode ser útil em alguns casos.
A Recuperação de Um AVC
O processo de reabilitação de um AVC pode ser bastante longo, isso depende das características específicas de cada AVC, qual foi a região afetada, o apoio que o paciente tem e também o tempo que demorou para que ele fosse atendido. Nos casos mais sérios todo o sistema nervoso central pode ser atingido pela doença, isso significa que além do cérebro também são afetados o tronco encefálico bem como a medula espinhal e o cerebelo.
O lobo frontal é ligado as decisões e aos movimentos enquanto o lobo parietal é ligado aos movimentos do corpo, parte da fala e também a sensibilidade do pescoço até os pés. Já o lobo occipital é ligado a visão, o cerebelo é ligado ao equilíbrio e o tronco cerebral está relacionado com a respiração e com os movimentos e a sensibilidade da cabeça.
Essa explicação é bem básica e é importante dizer que o sistema nervoso está todo interligado, dessa forma uma pequena lesão pode repercutir em todo o sistema nervoso. É difícil determinar a localização e as implicações de uma lesão, sendo assim a pessoa em questão deve ser submetida ao exame de um médico.
Os Tratamentos
Quando acontece um AIT (acidente isquêmico transitório), por exemplo, em geral não existem sequelas. Porém, é necessário passar a ter mais cuidado uma vez que se torna mais fácil que aconteça outro ataque.
Nos casos em que o AVC é encefálico e está relacionado a déficits motores se torna necessário o acompanhamento de uma equipe de fonoaudiólogos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais. Esses profissionais ajudam a potencializar e fortalecer s deficiências que podem ter acontecido devido ao AVC.
Tratamento Psicológico
Em geral o AVC causa impacto na vida funcional, social e cognitiva do paciente e dessa forma é bem comum que esse paciente desenvolva alguns tipos de transtornos psicológicos depois do derrame. Cerca de 10 a 34% dos pacientes desenvolvem depressão e isso agrava ainda mais o prejuízo funcional, social e cognitivo.
O tratamento psicológico se mostra importante para que o paciente tenha mais qualidade de vida e demonstre mais facilidade de adesão ao tratamento de reabilitação.
Tratamento Dietoterápico
Dentre as mudanças na dieta dos pacientes que sofreram um AVC estão:
Regularização de horários das refeições para que seja possível aumento o fracionamento.
Recomenda-se que sejam realizadas refeições pequenas e em pequenos intervalos, no geral são feitas de 6 a 8 refeições por dia. Essas refeições consistem em café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e também ceia.
É muito importante comer devagar.
A variedade de alimentos deve ser bem grande.
Nas refeições é necessário consumir alimentos cozidos e servidos em consistência pastosa na forma de cremes, purês, papas e mingaus.