Os ovários, como todos já sabem, são dois órgãos, que estão alojados um de cada lado do útero, e são os responsáveis pela produção dos hormônios femininos e também por abrigar os óvulos que todas as mulheres trazem consigo desde que estão no ventre materno. O que se sabe é que aproximadamente 30% das mulheres tem tendência a desenvolver cistos nos ovários.
Os cistos são pequenas bolsas cheias de material líquido ou às vezes, semissólido, sendo que eles podem atrapalhar o funcionamento do ovário, tanto no tocante a fertilidade quanto ainda a correta produção de hormônios.
Há mulheres que possuem os ovários policísticos, repletos dessas bolsas, que em muitos casos, não têm gravidade fisiológica, mas, cerca de 10% dos casos estão ligados a certos sintomas. Os demais não apresentam sintomas.
Diferenças Entre Cisto no Ovário e Ovário Policístico
A principal diferença encontrada entre um simples cisto no ovário e a Síndrome do Ovário Policístico está relacionada ao tamanho do mesmo e ainda ao número de cistos constantes. A síndrome do Ovário Policístico acontece especialmente com mulheres com faixa etária compreendida entre 30 e 40 anos e a descoberta da doença tem-se tornado cada vez mais eficaz graças à popularização do uso do ultrassom.
Aproximadamente 25% das mulheres que estão na idade fértil possuem cistos no ovário, no entanto, nem todas sofrem da síndrome do ovário policístico. Para que haja um diagnóstico preciso da doença, é necessário que haja a observação de uma gama de sintomas.
Sinais Importantes a Serem Verificados
Alguns deles se apresentam primeiramente na pele, como a acne, por exemplo. Entretanto, os sinais mais importantes a serem observados são as mudanças na menstruação, ou ainda ausência da mesma, pelos crescentes no rosto, além de se mostrarem também nos seios e na barriga, ganho de peso de uma hora para outra e ainda a infertilidade.
O Ovário policístico já é considerado como a segunda principal razão de infertilidade, ficando atrás somente da endometriose.
Principais Sintomas
Os sintomas mais frequentes são aqueles já mencionados:
- – alterações menstruais: a menstruação passa a acontecer de maneira espaçada. Geralmente a pessoa passa a menstruar somente algumas vezes durante o ano.
- – hirsutismo: acréscimo de pelo no abdômen, seios e rosto.
- -obesidade: aumento significativo no peso, o que acaba causando piora na síndrome.
- -acne: em razão de uma maior produção de material oleoso pelas glândulas sebáceas; as espinhas formadas pela síndrome se encontram mais concentradas na região do queixo. Para tratar de maneira efetiva essas acnes, não se pode ter somente o cuidado com a pele, este deve estar aliado com o tratamento hormonal. Aquelas mulheres que apresentam grande número de acnes devem sempre dar preferência aos sabonetes fabricados a base de ácido salicílico ou enxofre.
Lembrando sempre que muita espuma não é garantia de que o sabonete seja eficiente, quanto maior a quantidade de espuma, maior é o índice de agressão à pele. Não use sempre os sabonetes bactericidas, sendo mais recomendável usá-los somente para lavar as mãos.
- -Alto índice de infertilidade.
Grande parte dos sintomas da Síndrome do Ovário Policístico podem ser amenizados com a utilização do tratamento hormonal. O uso da pílula anticoncepcional controla a produção dos hormônios, diminuindo o surgimento de espinhas e pelos, e ainda regula a menstruação.
Essa doença causa ainda resistência à insulina, hormônio responsável por fazer com que o açúcar penetre nas células, com isso, a mulher passa a ter ganho de peso. Aliadas, as duas situações podem levar ao surgimento da diabetes, em razão disso o tratamento com os hormônios é tão importante.
Ainda não foi estabelecida uma causa específica dessa síndrome. Cresce-se que cerca de 50% das mulheres possuam o hiperinsulinismo e, as demais apresentam disfunções na hipófise, no hipotálamo, e também nas suprarrenais, produzindo maior quantidade de hormônios masculinos.
Formas de Tratamento
Como essa forma de doença é considerada crônica, o tratamento passa a ser tão somente sintomático. Meninas com idade entre 15 e 16 anos, que apresentam obesidade, e possuem acne e pelos precisam de fato emagrecer. Em muitos casos, somente a simples perda de peso auxilia na reversão do quadro.
Caso a menina não seja obesa, é preciso reduzir a produção dos hormônios masculinos, o que pode ser conseguido pelo uso de pílulas anticoncepcionais que trabalham também na unidade pilossebácea diminuindo a fabricação de sebo e, consequentemente, a proliferação dos pelos.
Já nos casos de infertilidade o tratamento pode ser feito a base de clomifeno, um medicamento que induz a ovulação. Se não der resultado ainda é possível fazer a estimulação dos ovários usando gonadotrofinas. Também há a possibilidade de se usar a cauterização laparoscópica.
Além dos tratamentos a base de medicamentos também é importante a atividade física e fazer uso de uma alimentação balanceada. As duas alternativas são valiosas no combate e tratamento da síndrome dos ovários policísticos, especialmente quando ela está associada ao ganho de peso e ainda a síndrome metabólica.
Outra dica é procurar evitar açúcares e gorduras, além ainda de abandonar de vez o sedentarismo, sendo um passo importante para que a mulher recupere sua fertilidade. A mudança no modo de viver a vida é um fator que pode reduzir a doença. A manutenção do peso ideal também contribui para o equilíbrio do metabolismo.
Mulheres que tem a doença possuem um risco maior de desenvolverem outros problemas sérios, como o câncer de endométrio, pois pode acontecer um espessamento dessa região uterina em quem sofre da síndrome do ovário policístico. Os medicamentos usados no tratamento, especialmente os anticoncepcionais, não deixam que isso ocorra.
No entanto, em qualquer dos casos, quer para engravidar ou para manter a saúde em dia, o auxilio e o acompanhamento de um médico são essenciais. Depois do diagnóstico da doença, as consultas médicas devem ser feitas de seis em seis meses e, com o decorrer do tempo, elas podem vir a ser anuais.
Recomendações Importantes
Tenha uma alimentação balanceada, que seja rica em verduras, legumes e frutas, bem como, pobre em açúcares, gorduras, e sódio. Tudo combinando com a prática constante de exercícios físicos, que, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) o mínimo é de trinta minutos diários, para que haja a manutenção da saúde.
tenho esses sintomas fiz todos os exames e a medica disse que não tenho nada, masdou tomar provera pra depois fazer novos exames o que devo fazer?