Alcoolismo do Ponto de Vista Patológico

Do ponto de vista médico, o álcool é o causador de transtornos de ordem neuropsiquiátrica, somando 34,3% das enfermidades e óbitos vinculados ao seu consumo.

Outras Conseqüências Danosas do Consumo do Álcool

Além males físicos ligados diretamente ao consumo do álcool, temos ainda os acidentes de trânsito, os afogamentos, quedas e queimaduras, na ordem de 25,5%; suicídios (11%); cirrose hepática (10,2%); doenças do coração (9,8%); e finalmente o câncer (9%). Considerando-se unicamente as mortes, as principais que estão relacionadas ao alcoolismo são os acidentes, com 25%; as doenças cardíacas, com 22% e o câncer com 20%. Diante desse quadro, a OMS reconhece em  seu relatório que a despeito do fato de o consumo “moderado” do álcool poder reduzir a mortalidade relacionada a determinadas doenças ou faixa etária, é muitíssimo difícil estabelecer qual o nível de consumo seguro da bebida.

As Cifras

No ano de 2002, calculou-se o custo relacionado ao uso nocivo do álcool, tendo chegado a incríveis US$ 665.000.000.000 (isto mesmo, 665 bilhões de dólares), correspondendo a 2% do PIB do planeta.

Socialmente Falando

A Organização Mundial da Saúde (OMS) menciona, entre as conseqüências de ordem social a embriaguez pública, as agressões infantis, a violência e criminalidade entre os jovens e também a violência doméstica. Tudo isso, associado ao processo de globalização que envolve hoje o planeta, traz novos desafios quanto ao combate de tal problema.

O Alcoolismo no Brasil

Pesquisas feitas mostram que em nosso país, o alcoolismo é a 3ª. maior doença, sendo o responsável por mais de 10% dos problemas de saúde pública. Lamentavelmente, nosso país é o terceiro maior fabricante de bebidas destiladas do planeta, perdendo apenas para a China e a União Soviética. Anualmente são consumidos no Brasil mais de 195.000.000 (195 milhões) de litros de aguardente, sem contar outras bebidas destiladas, das quais muitas de origem estrangeira.

Dependente

Nos países do primeiro mundo, ainda que o acesso ao álcool também seja grande, seu consumo é moderado por normas quanto ao seu consumo e política de preços, aliados ao uso educacional dos veículos de comunicação em massa. Infelizmente no Brasil, não apenas não existe qualquer controle quanto ao consumo das bebidas alcoólicas, como ainda existem uma série de fatores que promovem o acesso à bebida, mormente entre a classe jovem. Apenas para citar um, temos o preço muito baixo, uma vez que com apenas cinqüenta centavos (R$ 0,50) pode-se comprar em qualquer bar uma dose de aguardente.

Menoridade

A despeito do fato de existirem leis proibindo a venda de bebidas alcoólicas para menores de 18 anos, a UNIFESP mostrou que não é o que acontece. De acordo com pesquisas feitas, 90,4% dos proprietários de comércios onde sã o vendidas bebidas alcoólicas reconhecem que nunca conferem a idade de quem vai comprar a bebida, e outros 80% sequer pedem qualquer documento. Outro fato surpreendente levantado na mesma pesquisa, é que 76% dos comércios de bebidas alcoólicas não estipulam qualquer controle quanto à quantidade de álcool a ser consumida por seus clientes, sob o pensamento de que não são responsáveis pela embriaguez de seus clientes.

Por Carlos Alberto Bächtold – Foz do Iguaçu, PR

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Categoria(s) do artigo:
Medicina

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