Parada cardíaca fulminante dá sinais 24 horas antes de acontecer. Quais seriam eles?
Mais de metade dos pacientes que sofrem um parada cardíaca súbita ignoram os sintomas que ocorrem até um mês antes do mau funcionamento do coração geralmente fatal, mesmo que a intervenção médica potencialmente possa salvar suas vidas, de acordo com uma pesquisa publicada pelos Annals of Internal Medicine.
Muitas vezes a parada cardíaca súbita, é chamada erroneamente de infarto fulminante, mas ao longo do texto você irá entender a diferença de cada uma dessas doenças.
Embora a ciência médica tenha considerado o parada cardíaca súbita como uma condição mortal que ataca sem aviso prévio, um novo estudo liderado por um diretor associado do Instituto do Coração Cedars-Sinai, que pesquisa diversas enfermidades do sistema circulatório, mostra pela primeira vez que muitos pacientes relataram alguns sintomas até um mês antes de terem uma parada cardíaca.
Menos de 7 por cento sobrevivem a uma parada cardíaca súbita, seus sinais de que vão acontecer eram, até então, difíceis de se identificar. Essas descobertas sugerem que poderíamos usar uma abordagem totalmente nova para prever e evitar esta condição devastadora”.
Estudos realizados sobra Paradas Cardíacas
O estudo foi realizado em 839 pacientes entre 35 e 65 anos e descreve os sintomas mais comuns, incluindo dor torácica intermitente, falta de ar, palpitações e um sintomas parecidos com os da gripe, como náuseas e dor abdominal e nas costas e costumam ocorrer com maior intensidade 24 horas antes da parada cardíaca.
“Essas novas descobertas dão boas razões para não ignorar as sensações incomuns, tão vagas como elas podem ser”, disse Eduardo Marbán, MD, PhD, diretor do Instituto do Coração Cedars-Sinai. “É melhor procurar atenção médica antes do risco de ser atingido por uma morte súbita”.
Cerca de 350 mil pessoas nos Estados Unidos morrem todos os anos devido a uma parada cardíaca súbita, representando 50% de todas as mortes cardiovasculares em nível nacional.
Sinais da Parada Cardíaca Fulminante
Diferença entre “ataque cardíaco” e “parada cardíaca súbita”
Embora o “ataque cardíaco” e o “parada cardíaca súbita” sejam frequentemente usados indistintamente, os termos não são sinônimos. Um ataque cardíaco – infarto do miocárdio – é tipicamente causado por artérias coronárias entupidas que reduzem o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. A parada cardíaca súbita é o resultado da atividade elétrica defeituosa do coração. Os pacientes podem ter pouco ou nenhum aviso, e a desordem geralmente causa morte instantânea.
Já existe até desfibrilador interno pra quem sofre desse mal. trata-se de um dispositivo implantado cirurgicamente que é um salva vidas de longo prazo para muitos pacientes que sofrem parada cardíaca súbita. “Agora que se sabe que a morte súbita pode não ser tão súbita, também há potencial para novas abordagens de curto prazo, aumentando a conscientização e educação dos pacientes e seus profissionais de saúde.
Pesquisa sobre fatores de risco das paradas cardíacas súbitas
Nos últimos anos, Chugh e sua equipe de pesquisadores foram os primeiros a identificar vários fatores de risco para parada cardíaca súbita, incluindo níveis de hormônios sexuais no sangue, marcadores genéticos e anormalidades elétricas e estruturais do coração.
O estudo está em andamento há mais de uma década. Os dados coletados até agora fornecem informações únicas que estão ajudando a dar respostas para o que causa uma parada cardíaca súbita.
No novo estudo, Chugh e seus pesquisadores analisaram dados em 839 pacientes. Os pesquisadores também entrevistaram os primeiros atendentes e os membros da família dos pacientes. Os resultados incluem:
- 51 por cento dos pacientes apresentaram sintomas de alerta, principalmente dor torácica, antes da parada cardíaca.
- No grupo que sofreu sintomas, 93 por cento os experimentaram novamente nas 24 horas que precederam a parada cardíaca.
- Apenas 19 por cento daqueles que sofreram sintomas chamados de serviços médicos de emergência.
- Os pacientes que experimentaram sintomas e procuraram ajuda médica tiveram uma taxa de sobrevivência de 32%. Aqueles que não buscaram tratamento médico para sintomas tiveram uma taxa de sobrevivência de 6%.
