Problemas Cardíacos
De acordo com profissionais que participaram do Congresso Brasileiro de Cardiologia, há indícios de que a menstruação desregulada na mulher, em razão de ovários policísticos, pode ocasionar além de infarto, um acidente vascular cerebral (AVC), em algum momento no futuro da vida da pessoa.
Pesquisas Existentes
Segundo médicos cardiologistas, já existem pesquisas relevantes, que mostram que as mulheres que tem ovário policístico, com menstruação desregulada, apresentam maior probabilidade de apresentarem complicações cardíacas, hipertensão, diabetes, e acidente vascular cerebral. De acordo com os profissionais, quando as mulheres chegam aos consultórios dos ginecologistas, o tratamento é focado somente na regulação da menstruação.
No entanto, é preciso informá-las que precisam ter um maior controle sobre os fatores que podem ocasionar problemas cardíacos, como obesidade, sedentarismo, alimentação inadequada, pois se elas não tiveram essa orientação depois de quarenta e cinco anos mais ou menos,poderão desenvolver uma doença cardíaca, portanto o tratamento não deve se restringir somente ao uso de anticoncepcional para o controle do ciclo menstrual.
Como o Ovário Policístico pode Afetar o Coração
Os especialistas explicam que, os ovários policísticos conseguem afetar o coração da mulher, pela produção de hormônios diferenciada, o que torna difícil a circulação sanguínea, facilitando as complicações cerebrais e cardíacas. Quando as pacientes não apresentam esse problema hormonal,são menos afetadas com problemas coronarianos do que os homens. No entanto, vale ressaltar que essa proteção, só dura até a entrada da menopausa, quando as mulheres tem de fazer reposição hormonal. Após essa fase, os riscos de problemas ficam equivalentes em ambos os sexos.
Riscos Subestimados Pelas Mulheres
O coração pode ser afetado por doenças coronarianas após a menopausa, no entanto, essa constatação parece não provocar receio ou preocupação ,em muitas mulheres brasileiras com mais de cinqüenta anos, que não cogitam a possibilidade de apresentarem doenças cardíacas nem nessa fase, nem em qualquer outra de sua vida, subestimando os riscos, tanto novas, quanto mais velhas.
Campanha de Conscientização
No ano de 1997, nos Estados Unidos, iniciou-se uma campanha para conscientização das mulheres, sobre os riscos de doenças isquêmicas cardíacas e infarto. Porém segundo dados, somente trinta por cento percebiam que era possível vir a falecerem, em virtude de doenças cardíacas, sendo que no ano de 2009 ,esse índice subiu para cinqüenta e dois por cento. Vale ressaltar que tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, as doenças do corações são as mais responsáveis pelo número de óbitos nas mulheres.
Diferenças Anatômicas do Coração das Mulheres
Os cardiologistas informam que, a antomia do coração da mulher contribui para agravar as doenças cardíacas, ocorrendo infartos fulminantes quase o dobro nelas, em comparação aos homens. As artérias são mais rígidas e menores que as do sexo masculino, o que proporciona que os ataques cardíacos sejam mais silenciosos e letais. Essas diferenças fazem com que os sintomas do infarto sejam diferentes em um e outro sexo, muitas vezes passando despercebidos não só para as mulheres, como também para seus cardiologistas.
A dor não fica somente no peito, quando a mulher vai sofrer um infarto, ela pode apresentar dores no estômago, na mandíbula, nas costas e também ânsias de vômito, demorando mais a procurar o médico, e quando chegam aos consultórios nem sempre é possível salvá-las. Daí a necessidade de um acompanhamento médico periódico para evitar complicações mais graves.
Salete Dias