Tendinite Calcária do Ombro: Fases, Diagnóstico e Tratamentos

Algumas doenças ortopédicas não estão relacionadas a trabalhos braçais e podem atingir grande parte da população fazendo um grande estrago. Se você ainda não ouviu falar sobre a Tendinite Calcária do Ombro precisa se informar mais, pois se trata de uma doença bastante comum e que pode incomodar bastante no dia a dia.

Por Que o Ombro?

Ante de falarmos da Tendinite Calcária propriamente, é interessante explicar porque o ombro é a parte do corpo mais atingida pelo acumulo de sais de Cálcio no organismo e também,  a articulação mais atingida por esse tipo de doença.

O mais interessante é que essa doença não tem ligação com a realização de trabalhos braçais, ou seja, não é um tipo de LER (Lesão por Esforço Repetitivo). A articulação do ombro é a mais atingida pelo fato de ser uma das mais usadas no dia a dia. O cálcio é depositado nas articulações que precisam ser “cicatrizadas”, ou seja, que são muito utilizadas e por isso, tem algum tipo de desgaste.

Dessa forma, quando o cálcio chega a essa articulação, pode acabar se acumulando de forma demasiada. Isso causa a Tendinite Calcária de Ombro.

Entenda O Melhor

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O Que é Tendinite Calcária de Ombro?

Trata-se de uma doença que é causada pelo acumulo de cálcio nos tendões, nesse caso, no tendão do ombro. O organismo deposita Cálcio nas áreas do tendão que foram alteradas no intuito de conseguir repará-las. Porém, o grande acúmulo desses sais pode gerar a Tendinite Calcária.

Em geral, essa doença atinge pessoas na faixa etária entre 30 a 50 anos. As mulheres representam a maior porcentagem de pacientes. Vale ressaltar que até mesmo pessoas sedentárias que não realizam atividades que envolvam o ombro, podem ser acometidas por essa doença. 

O Que Acontece Quando o Cálcio é Acumulado?

Quando a região do tendão do ombro recebe cálcio em excesso, começa a inchar, sofre um tipo de espessamento e também, o paciente é acometido por uma dor crônica ou aguda. Trata-se de uma doença que gera sintomas bem desagradáveis e dessa forma, necessita de cuidados especiais de médicos ortopedistas.

As Fases da Tendinite Calcária de Ombro

Quebra do Cálcio

Após acontecer a impregnação de Cálcio na região, o organismo tenta reagir de forma a reabsorver o cálcio, gerando outras fases da Tendinite Calcária. A primeira fase que se caracteriza como a de quebra do cálcio, é a fase na qual a dor é aguda.

Nesse momento, o conteúdo é liberado para a bolsa adjacente do ombro e tem início a Bursite. Um dos principais problemas é que a Bursite pode ser incapacitante, devido a grande dor que causa. Dessa forma, pode exigir um tratamento de emergência. Não é estranho que os pacientes não consigam mover a região atingida. 

Reabsorção do Cálcio

Essa é a fase que segue a de quebra do cálcio. Após ser liberado no organismo, esses sais deverão ser reabsorvidos pelo corpo. Nessa fase, acontece a dor mais intensa causada pela doença, mas também é possível controlar a mesma com métodos tradicionais.

Dentre esses métodos de controle da dor tradicionais que podem ser utilizados estão o de colocar gelo na região atingida pela calcificação, tomar analgésicos e também, a realização de fisioterapia.

Uma das principais recomendações dos médicos para que haja um alívio maior da dor no local é que sejam feitas aspirações do local com soro fisiológico. Nos casos de dor mais resistente, é interessante combinar o soro com analgésicos. O grande objetivo é diminuir a pressão na bolsa inflamada e assim conseguir aliviar a dor.

Os pacientes que passam pela fase aguda e tem a reabsorção de cálcio, geralmente conseguem se recuperar bem e tem os sintomas bastante reduzidos nas semanas seguintes.

Aqueles que não passam pela reabsorção precisam realizar uma descompressão cirúrgica do tendão que foi atingido de forma a fazer uma fragmentação do cálcio e ainda uma limpeza dessa área. Essa cirurgia é geralmente aberta ou feita por artroscopia, que é a realização de pequenos furos na pele para poder chegar na parte interna.

O Diagnóstico da Tendinite Calcária de Ombro

O diagnóstico dessa doença é feito através de um exame radiológico nas posições de rotação do ombro. Esse exame tem como objetivo encontrar onde está o depósito de Cálcio gerado pela doença. Para quem deseja entender melhor como isso é feito pode acompanhar o vídeo abaixo.

O vídeo demonstra através de uma animação como é feito o tratamento por ondas de choque radial no ombro. Porém, também ajuda a localizar onde exatamente acontece o acúmulo de Cálcio.

Saiba Mais

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Tratamento por Ondas de Choque Radial

Assim como você viu nesse vídeo animado, logo acima existe uma outra alternativa de tratamento para a Tendinite Calcária do Ombro. Geralmente, o tratamento tradicional que é feito com a combinação de fisioterapia e anti-inflamatórios resulta na melhora do paciente.

Porém, cerca de 30% dos casos não obtêm melhora somente com esse tratamento tradicional e precisam de outras alternativas. O tratamento por ondas de choque radial é uma das opções que tem ajudado muitas pessoas a ter o alívio das dores da doença. Como dissemos acima, os pacientes que não apresentam bons resultados precisam passar por uma cirurgia.

A fim de evitar a necessidade da cirurgia, foi criado esse tratamento de ondas de choque radial. Além de ser um tratamento não invasivo, também se trata de uma opção mais barata e simples de ser realizada pelos pacientes dessa doença.

Como é Feito Esse Tratamento?

Uma das principais dúvidas dos pacientes em relação a esse tratamento é como o mesmo é realizado. No vídeo, podemos observar a aplicação. Basicamente, o gerador de ondas está acoplado a um ultrassom que permite que o médico que está aplicando as ondas observe exatamente onde está a inflamação.

Quanto mais alta for a energia utilizada nesse tratamento, melhor será o resultado e assim as dores irão desaparecendo. As aplicações geralmente tem um intervalo de 7 dias para manter a eficácia do mesmo. Na maior parte dos casos, apenas 3 sessões são o suficiente para fazer o processo completo para a cura da doença.

Os resultados são muito bons, pois em cerca de 70% dos pacientes acontece a recalcificação que permite o desaparecimento da doença. 

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