Para sabermos o que acontece em termos de consequências e para que se possa fazer um bom tratamento, é necessário saber cada fase do metabolismo dessa substância dentro do seu organismo.
Sabemos que a alteração a níveis radicais dos índices do nível sérico fazem surgir problemas no organismo, tais como Artrite, a famosa dor nas juntas conhecida por “Gota”, insuficiência renal e até mesmo a formação de pequenos cálculos, chamados de cristais.
Composição
Este ácido é produzido pelo organismo e é o fruto da metabolização de proteínas, através de reações químicas através da ação de enzimas. Consiste num ácido de fraca intensidade e é encontrado no sangue, na sua forma de íons, conhecido como urato monossódico, também encontrado no líquido celular e na sinóvia, que é o líquido que faz o preenchimento das cavidades arteriais.
Formação do Ácido
Em se tratando de um líquido produzido diretamente pelo organismo em função das proteínas que ingerimos, precisamos saber quais grupos de alimentos incentivam mais a produção da mesma, a fim de que possamos equilibrar seu consumo e evitar a manifestação aguda do ácido.
Os principais componentes que desencadeiam a reação química responsável pela produção do ácido são o hidrato de carbono, os ácidos graxos e os aminoácidos, que podemos encontrar, respectivamente no açúcar, nas gorduras e nas proteínas. Os aminoácidos são o grupo mais perigoso, porque se transformam em três tipos de substâncias, que compõem diretamente o ácido úrico: ácidos nucléicos, nucleotídeos e bases purínicas.
A purina gerada da decomposição dos aminoácidos é convertida de maneira irreversível e é transformado em ácido úrico e este em urato de sódio. Não somente este como a maioria dos uratos produzidos pelo organismo são compostos no fígado.
É importante ressaltar que a quantidade e a velocidade com que o ácido úrico é produzido e com que ataca nosso organismo é diretamente ligado a quantidade existente da enzima reativa, a xantina oxidase.
Outro fato de grande relevância no assunto é a de que durante a evolução da espécie humana, o organismo perdeu a mais importante enzima do controle do ácido úrico: a uricase. As aves, os répteis e peixes possuem essa enzima, que tem o poder de transformar o urato em alantoina, que é secretada pelo rim de oitenta a cem vezes mais fácil que o urato, fazendo com que estes animais tenham um índice muito menor de ácido úrico que os humanos.
Detecção do nível de ácido úrico
As alterações do nível de ácido úrico no organismo são detectadas através do monitoramento do sangue e da urina do paciente, e são coletadas por dois dias seguidos, a fim de verificar como se comportou o metabolismo durante esse dia.
Como se trata de um exame sensível a alterações de agentes externos que podemos ingerir, são observadas algumas regras, como o jejum de 4 horas, a ingestão de álcool, de alguns medicamentos, vitamina C, diuréticos e lguns componentes químicos que podem diminuir ou geralmente aumentar o índice de ácido úrico no organismo.