1ª Etapa da Doença:
É a fase tida como o beber socialmente, sem qualquer dependência física, onde a pessoa apenas bebe como um “meio de escape”, ou “para se divertir”. É a dependência emocional. Tem início na primeira experiência com a bebida (entenda-se que dois fatores são essenciais: a predisposição orgânica e os benefícios, doutra sorte a doença não será desenvolvida). O primeiro sintoma é a dependência emocional. A pessoa precisa beber para sentir-se mais alegre e desprendida, para se sentir melhor ou esquecer seus problemas. Nesse período bebe-se pouco e “socialmente”, não ocorrendo perdas pelo seu consumo. Tampouco há distúrbios físicos.
2ª Etapa da Doença:
Começam as mudanças orgânicas e metabólicas. Há uma certa tolerância quanto à quantidade de álcool ingerido – bebe-se um pouco mais que na primeira fase. Ainda não há problemas ou dependência física. A pessoa engana-se com a idéia “eu paro quando quero”. Ainda bebe apenas em ocasiões especiais, sejam festas, sejam comemorações. Ou ainda com os amigos para “descontrair”.
3ª Etapa da Doença:
Não se sabe ao certo o momento que ocorreu o início da dependência física. É quando o organismo, já acostumado a certa quantidade de álcool, sente sua falta quando o índice de álcool na corrente sanguínea é reduzido. É a dependência bioquímica do álcool já instalada. Há um considerável aumento da tolerância ao álcool, e o “hábito” começa a se tornar um problema. Constantes problemas emocionais surgem, ressacas, problemas de ordem familiar e também problemas no relacionamento com outras pessoas. É o que conhecemos por síndrome da abstinência; a vítima começa com suas “paradas”, seja por internação ou não. Ocorrem muitas perdas, principalmente a perda do controle. Já existe a “psicose alcoólica”. A pessoa já é totalmente dependente do álcool. Bebe para tudo>. Quando está triste, bebe para se alegrar. Quando está alegre, bebe para comemorar. Quando angustiada, bebe para esquecer. Quando está com medo, bebe para criar coragem. Faz de tudo um motivo para beber, sendo extremamente criativa quanto à forma de fazê-lo de forma a não levantar suspeitas sobre a sua condição. Ela simplesmente “precisa da bebida”.
4ª Etapa da Doença:
É a última fase, quando o cérebro começou a atrofiar-se. Podem ocorrer alucinações; as mãos começam a tremer devido a longos períodos de abstinência. É quando “tomam um trago pra firmar o pulso”. Segundo a própria OMS, os sintomas do alcoolismo, a síndrome da dependência bioquímica do álcool é definida com sendo um estado psíquico e também físico provenientes do consumo do álcool e resultantes em reações comportamentais inerentes a uma compulsão à ingestão do álcool de forma regular e constante, cujo propósito é o de experimentar seus efeitos psíquicos; evitando o desconforto da falta deste, podendo ou não haver a tolerância ao álcool.
Por Carlos Alberto Bächtold – Foz do Iguaçu, PR