A metaplasia intestinal gástrica é uma lesão pré-cancerosa no estômago. Ela ocorre quando as células dos tecidos do trato digestivo superior (estômago ou esôfago) mudam e se tornam mais semelhantes às células dos intestinos. Ela é mais comum em pessoas que possuem um refluxo ácido crônico ou a DRGE (doença do refluxo gastroesofágico).
Alguns médicos dizem que as bactérias H. pylori são as responsáveis por causar essa alteração nas células do trato digestivo. Uma interação entre elas e a comida pode produzir certas substâncias químicas que causam mudanças nas células. Mas existem uma variedade enorme de fatores que podem causar a metaplasia.
Reduzir ou eliminar os fatores de risco para a metaplasia pode diminuir a probabilidade de progressão e mudança dessas células. As bactérias H. pylori são comuns no trato digestivo, mas podem crescer fora de controle se houver um desequilíbrio. A genética também pode ser responsável, pois pessoas que têm histórico familiar de problemas gástricos possuem maior probabilidade de desenvolver a metaplasia. Parar com o hábito de fumar também pode ajudar a prevenir. Um estudo publicado no periódico United European Gastroenterol Journal descobriu que aqueles que possuem refluxo e fumavam tabaco desenvolveram três vezes mais chances de desenvolver esôfago de Barret, ou seja, um esôfago com metaplasia intestinal. Além disso, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da metaplasia, como toxinas ambientais, alta ingestão de sal, consumo de álcool, etc.
Metaplasia Intestinal Gástrica
Os sintomas não são muito perceptíveis. Mas podem acontecer e geralmente são sintomas de outras doenças associadas, como o refluxo. O médico geralmente descobre que o paciente tem a metaplasia intestinal gástrica quando faz o rastreamento de outros distúrbios, ou quando faz biópsias para verificar tecidos cancerosos no sistema digestivo.
A metaplasia é uma forma do organismo se defender de alguma agressão, ou algo que o corpo vê como uma agressão, então as células da mucosa do trato gastrointestinal são alteradas para outro tipo celular. Essa alteração pode continuar até que se torne um tipo de célula cancerosa, que cresce desordenadamente e pode atingir outros tecidos e órgãos do corpo.
Após descobrir que possui a doença, o paciente deve procurar o tratamento, pois essas células alteradas, se não receberem a atenção necessária, podem passar por um estágio chamado displasia e podem progredir para células cancerígenas. Para isso, o médico irá investigar o quanto a metaplasia progrediu no sistema digestivo. Geralmente isso é possível por meio de uma endoscopia e, se necessário, uma biópsia.
Se houver a contaminação por H. pylori o médico poderá começar o tratamento com antibióticos adequados (como amoxicilina, metronidazol, claritromicina e tetraciclina). Além disso há o tratamento com remédios que são capazes de reduzir a acidez estomacal para ajudar no revestimento do estômago (como Subsalicilato de bismuto, omeprazol, etc.). O controle da alimentação também pode ser um grande aliado no tratamento da metaplasia.
Uma dieta rica em alimentos integrais e naturais, como legumes, frutas e grãos podem controlar o crescimento das H. pylori e também tratar a acidez estomacal. Além disso é de extrema necessidade que os pacientes evitem almentos gordurosos, fritos, salgados em excesso e com condimentos artificiais.
