Acima dos rins encontram-se as glândulas denominadas adrenais. Com um tamanho de cerca de 5 cm, elas são divididas em 2 partes: interna (ou medular), e externa (ou cortical). Elas desempenham um papel muito importante na produção de hormônios como o cortisol, adrenalina, hormônios sexuais, aldosterona e noradrenalina.
Mas, O Que É Nódulo Adrenal?
Em quase 4% dos exames de imagem abdominal, há um nódulo adrenal, por um motivo qualquer. Na maior parte dos casos, consiste em uma lesão benigna.
Outra dúvida com é se há a possibilidade de investigar o nódulo adrenal.
Diante de um diagnóstico de um exame que apresenta um nódulo adrenal, há duas questões a serem respondidas:
1 – Se o nódulo é benigno ou maligno.
2 – E se o nódulo é capaz de produzir algum hormônio, se ele é funcionante.
A resposta para essas perguntas só é possível após a realização de uma tomografia computadorizada, ou de uma ressonância magnética do abdome. Além de uma investigação bem detalhada por meio de exames laboratoriais.
Outra questão que os pacientes sempre levantam é se o nódulo adrenal é ou não uma situação preocupante.
Qualquer nódulo que tenha características benignas precisa passar por uma avaliação hormonal, feita por exames laboratoriais. A grande maioria dos nódulos adrenais benignos, em torno de 70%, não apresentam características funcionantes.
Normalmente, os nódulos adrenais funcionantes têm a capacidade de produzir uma enorme quantidade de hormônios, podendo resultar em síndromes clínicas como, por exemplo:
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Hiperaldosteronoma, Ou Síndrome De Conn: Nódulo Que Produz Aldosterona
Síndrome De Conn
Se caracteriza pelo excesso de aldosterona presente na circulação. O excesso desse hormônio também pode levar a alguns problemas, como a excreção de potássio pelos rins e retenção de sódio e água.
Normalmente, as manifestações clínicas apresentadas pelos pacientes são hipocalemia (que é baixa quantidade de potássio, detectado por um exame de sangue), hipertensão arterial, que pode ser de moderada até grave, e a hipernatremia (quantidade alta de sódio após a realização de um exame de sangue).
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Síndrome De Cushing: Nódulo Que Produz Cortisol
Se caracteriza pelo aumento do cortisol na circulação, podendo resultar em problemas como diabetes, acne, obesidade central, estrias violáceas nas coxas e no abdome e hipertensão arterial.
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Feocromocitoma: Nódulo Que Produz Adrenalina/noradrenalina
Esse problema acontece em decorrência do excesso de adrenalina/noradrenalina presente na corrente sanguínea. Nesse caso, as manifestações mais comuns são taquicardia, sudorese intensa, hipertensão arterial difícil de ser controlada e cefaleia. É comuns os sintomas apresentarem uma curta duração, inúmeras vezes durante o dia.
Carcinoma Adrenal – O Que é?
Carcinoma Adrenal
A Carcinoma Adrenal consiste em uma neoplasia rara, bastante agressiva, cuja origem se dá no córtex da adrenal. E costuma acontecer entre 1 a 2 casos, a cada 1 milhão de pessoas por ano. E esse tumor pode ou não ser funcionante, ou seja, ele pode produzir hormônio. Normalmente, ele acontece com uma enorme tumoração de adrenal, que invade órgãos vizinhos e, em alguns casos, com metástases.
Quais as Indicações Para Remoção de Um Nódulo Adrenal e Como é Feita a Cirurgia?
As indicações para remover um nódulo adrenal é quando o mesmo é funcionante ou quando ele é maligno.
Quanto à cirurgia de adrenal, o melhor acesso é por meio de laparoscopia (cuja operação utiliza vídeo através de alguns pequenos orifícios. A grande vantagem desse método é que ele é o mínimo possível invasivo.
Por isso, no pós-operatório, o paciente quase não sente dor. Além do mais, o tempo de internação também é bem menor, assim como a necessidade de usar analgésicos, o retorno às atividades laborais e do dia a dia. Sem contar que, esteticamente falando, essa cirurgia também é mais aceitável.
Nódulo Adrenal
No caso de tumores benignos bem grandes, é realizada a cirurgia aberta, por meio de corte na região do abdome. Esse procedimento também é indicado para tumores malignos, que apresentam suspeita de invasão de órgãos vizinhos.
Em caso de nódulos adrenais sem indicação de cirurgia, não funcionantes e benignos, é preciso haver acompanhamento anual, que é feito por meio de avaliação laboratorial e exame de imagem.
