Condromalácia Patelar

A condromalácia de patela é uma condição ortopédica desencadeada a partir da perda de parte ou de toda a cartilagem que reveste a patela. Isso pode acontecer por diversos motivos, sendo que as principais que já estão descritas na literatura médica a respeito disso são primeiramente o trauma direto, que está muito relacionado com a prática de esportes, como o futebol, por exemplo, que é uma das principais causas de fraturas relacionadas à patela em pessoas jovens e de meia idade, além da subluxação; outras causas incluem a instabilidade, a ineficiência do músculo vasto medial, uma síndrome chamada de síndrome da pressão lateral, além da lesão do ligamento cruzado posterior e o aumento do ângulo do quadríceps (o chamado ângulo Q), que, por sua vez, pode ser desencadeado por outras séries de fatores externos e internos.

De acordo com a sua fisiopatologia, podem ocorrer até dois tipos de alterações bem descritas sobre como a condromalácia de patela ocorre. A primeira está diretamente relacionada com a idade do indivíduo, que é a chamada condromalácia por degeneração superficial dependente da idade e que, como o próprio nome já diz, ocorre em pessoas a partir da meia idade de vida, mas de uma maneira mais prevalente em idosos.

A segunda, por sua vez, ocorre com bastante frequência em populações mais jovens, como em adolescentes, por exemplo, e que é chamada de condromalácia por degeneração basal. Nesse segundo caso, como ocorre com pessoas jovens, se não for tratada de maneira adequada, o quadro pode evoluir ao longo dos anos para a chamada osteoartrose prematura, levando à grande limitação dessas pessoas em sua fase mais ativa da vida.

Sendo assim, é sempre muito importante, quando em casos de manifestações de uma possível condromálacia, em que a principal delas é a dor nos joelhos, triar esse indivíduo. Essa triagem pode ser feita por diversos exames de imagem, sendo que as alterações de espaço interarticular podem ser facilmente visualizadas em um raio X simples de joelho. Além disso, a radiografia simples também é capaz de mostrar outros tipos de alterações que já indicam um sinal de evolução da doença, como a presença dos chamados osteófitos, por exemplo, além de possíveis cistos ou outras alterações estruturais que podem contribuir para a dor no joelho, caso essa seja a principal queixa do indivíduo.

No entanto, o melhor exame de imagem que é capaz de mostrar de maneira mais detalhada o que ocorre nas partes moles, o que inclui as cartilagens é a ressonância magnética, que também é melhor porque não submete o paciente à radiação do raio x e que ocorre na tomografia computadorizada também. Após o diagnóstico, as opções de tratamento são diversas e a conduta irá depender em muito do nível em que a degeneração da patela se encontra e de outros fatores, como a condição socioeconômica e a condição de saúde geral do indivíduo, o que inclui a sua idade.

No entanto, de uma maneira geral, o tratamento pode se consistir em duas vertentes, sendo a primeira delas e a prioritária a que é chamada de tratamento conservador. Ele é tentado por pelo menos seis meses desde o diagnóstico, na grande maioria dos casos e consiste na administração de medicações como anti-inflamatórios orais e analgésicos para tratar a possível inflamação do local e a dor, o que também pode ser obtido com a administração de injeções intra-articulares de corticoides, nos casos mais graves. Concomitantemente a isso, é necessário realizar sessões de fisioterapia, que ainda podem incluir a correção postural e a modificação de hábitos que podem piorar o quadro. Em último caso são feitas cirurgias, que são individualizadas a partir da condição em que o paciente se encontra.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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