Coronavírus: o que é, como se Prevenir e Riscos Envolvidos

Coronavírus – Origem

A origem genética do novo coronavírus, de acordo com especialistas, biólogos e pesquisadores, é de uma família de outros vírus já conhecidos, que também são capazes de provocar doenças nos seres humanos também. Ele pertence a uma família de vírus chamada Coronaviridae. Nela estão dezenas de espécies de coronavírus que, em sua maioria, não causam problemas graves de saúde aos humanos. Os principais causadores de doenças graves em humanos até hoje, que pertencem a esta família de vírus são: SARS-CoVMERS-CoV e o atual SARS-CoV-2 (causador da Covid-19). Os coronavírus já foram descritos em 1937. O primeiro coronavírus foi isolado, de galinhas, porém ele ainda não tinha potencial de causar problemas a humanos.Foi apenas em 1965, quase trinta anos depois, que os vírus coronavírus começaram a causar infecções problemáticas á humanos.

O novo vírus, de nove SARS-CoV-2, já teve seu genoma sequenciado em vários países, inclusive aqui no Brasil. Mas qual é a importância de sequenciar o novo coronavírus? Conhecer o código genético de um microrganismo é essencial para determinar e guiar as pesquisas com vacinas e tratamentos, já que assim é possível saber quais são as proteínas que o compõem. Você pode encontrar o sequenciamento do novo coronavírus em alguns sites, como o GenBank, que é o banco de dados de sequencias genéticas.

A transmissão do vírus, de acordo com pesquisadores chineses, teve origem em morcegos. Isso aconteceu também com outros tipos de coronavírus. É conhecido já que a transmissão entre espécies, principalmente se for entre o mesmo filo de animais (no caso, o dos mamíferos) é muito comum. Ocorre pois basta algumas mutações no vírus para que ele passe a conseguir infectar outros tipos de organismos. Mas devemos lembrar sempre que essa transmissão ocorre aleatoriamente e pode ou não beneficiar o vírus.

Os primeiros casos de covid-19 (doença em humanos causada pela infecção com o novo coronavírus SARS-CoV-2 foram relatados no mercado de frutos do mar da cidade de Wuhan,  na China. Ao que parece, o vírus Sars-CoV-2 possua como hospedeiros determinadas espécies de morcegos e o pangolim, um animal consumido como alimento exótico em algumas regiões da China. Por essa proximidade entre as espécies e humanos foi possível o vírus infectar humanos.

Coronavírus – Características

Coronavírus – Características

Coronavírus – Características

Os coronavírus possuem RNA como seu material genético, ou seja, possuem uma fita única de material genético onde guardam as informações referentes à produção de proteínas para seu metabolismo. O nome coronavírus faz alusão ao seu formato, já que possui a forma de uma coroa, o que foi visto pelo microscópio eletrônico.

Por serem vírus do tipo RNA, eles sofrem mutações aleatórias em uma quantidade de vezes muito maior do que vírus do tipo DNA. Isso porque o DNA é uma molécula com uma fita dupla de material genético, por isso ela é mais estável e as mutações ocorrem em menor quantidade. Por isso os vírus do tipo RNA possuem uma taxa de recombinação muito maior, sendo mais difícil criar vacinas, por exemplo.

Os coronavírus possuem um envoltório chamado cápsula. São envolvidos por uma capa de gordura e proteína, além de várias proteínas (que dão o aspecto de coroa). O seu tamanho é de aproximadamente cem nanômetros. Dentre as proteínas que estão na cápsula, está a Proteína Spike, ou também chamada de Proteína S, que é uma espícula de glicoproteína, que se liga fortemente à enzima ECA2. Essa enzima está presente em células humanas. É assim que ocorre a ligação e o reconhecimento do vírus para infectar nossas células.

Covid-19 –Sinais clínicos e Diagnóstico

Covid-19

Covid-19

No início da transmissão do vírus pelo planeta, os primeiros relatos e casos, muitas vezes foram diagnosticados e tratados como outras doenças já conhecidas. A principal foi a pneumonia de origem desconhecida (já que não detectavam bactéria). Muitos pacientes foram tratados com fortes antibióticos, mas claramente não houve sucesso no tratamento, já que antibióticos não eliminam vírus.

Os exames mostravam alterações, mas não conseguiam determinar exatamente o que era. Como no caso de exames de raios-x, onde muitos casos apresentaram uma opacificação mal definida na radiografia de tórax, bilateral e periférica na maioria das vezes e na TC apresentou-se com um padrão em “vidro fosco” e zonas de mosaico.

Os sinais para que os casos sejam testados e analisados para possível covid-19 são os que apresentam os principais sintomas e ou que tenha viajado, entrado em contato com alguém com diagnóstico confirmado ou ainda, que sejam residentes de lugares com registros de casos.

Então após detectar esse caso, é feito o teste para o diagnóstico definitivo (neste momento o paciente já esta em tratamento e/ou internado (se tiver sintomas) e já está isolado) é realizado, pela técnica de RT-PCR, com uma amostra colhida da orofaringe do paciente. De acordo com a legislação, todos os pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus deverão ter o seu caso notificado para o órgão sanitário responsável. E, se for diagnosticado positivo, também deverá ser notificado.

Entre 70 a 80% dos indivíduos infectados estão entre casos de assintomáticos. Os assintomáticos são pessoas positivas para a presença do vírus no corpo, mas que não sofrem com o vírus a ponto de terem sintomas no corpo. Entretanto, ao que parece, eles ainda podem transmitir o vírus. E para os pacientes com sintomas leves o indicado é que se mantenham em isolamento total, em residência sem contato com terceiros. A partir disso, deverá ficar em alerta e, para qualquer sinal de dificuldade respiratória ou outro sintoma, um órgão de saúde deverá ser imediatamente notificado.

Covid-19 – Principais Sintomas

  • Tosse: 65-80%
  • Febre: 45-85%
  • Dispneia: 30-40%
  • Sintomas gastrointestinais: 10%
  • Sintomas mais comuns:
  • febre
  • tosse seca
  • cansaço
  • tensão e dores musculares
  • dores de garganta
  • diarreia
  • conjuntivite
  • dor de cabeça
  • perda de paladar ou olfato
  • irritações na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés
  • dificuldade respiratória ou falta de ar
  • pressão ou dor no peito
  • perda da fala ou capacidade motora
  • É válido citar que por ser uma doença nova ainda não sabemos ao certo todas as suas formas de apresentação.

Covid-19 – Transmissão

As investigações e pesquisas a respeito das formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, porém o vírus está se disseminando em uma velocidade incontrolável. A disseminação de pessoa para pessoa, ou seja, a contaminação por gotículas respiratórias ou contato direto entre pessoas, ocorre de fato e, até então, a principal forma de transmissão.

A transmissão ocorre com maior chance entre qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 2 metros ou menos) com alguém com covid-19. É importante observar que a disseminação de pessoa para pessoa pode ocorrer de forma progressiva. Muitas pessoas defendem que é uma medida exagerada de prevenção, pois o contágio do coronavírus é baixo, quando comparados com outros vírus mais contagiosos, como o vírus do sarampo. Entretanto a verdade é que não há pesquisas suficientes para afirmar que o contágio é baixo. Tanto é que o vírus se tornou uma pandemia.

O período de incubação do vírus, ou seja, o período em que ele se concentra apenas em um ciclo de vida chamado de ciclo lítico, é de aproximadamente 5 dias. Neste tempo o vírus está infectando várias células do corpo, mas a pessoa ainda está assintomática. Esse tempo pode chegar a até duas semanas.

Covid-19 – Transmissão

Covid-19 – Transmissão

A transmissibilidade dos pacientes infectados pelo coronavírus é em média de 1 semana após o início dos sintomas. Entretanto os dados preliminares do SARS-CoV-2 sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas, por isso o distanciamento social é para todas as pessoas.

A transmissão dos coronavírus pode ocorrer por:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Covid-19 – Grupos de Risco

O grupo de risco para o covid-19 corresponde às pessoas nas quais os sintomas têm maiores chances de causarem problemas. Essas pessoas estão mais propensas a quadros graves e à morte pela doença (assim como para outras doenças também).

Asmáticos

O coronavírus ataca principalmente os pulmões, podendo levar a uma gravíssima infecção, por isso ele pode ser extremamente letal para quem já apresenta uma doença pulmonar. E a asma é uma grave doença crônica pulmonar. Essas pessoas deverão ter um acompanhamento maior do médico em casos positivos, seguindo com a medicação, prescrita pelo médico, normalmente, controlando assim a doença.

Diabéticos

O excesso de glicose no sangue e processo inflamatório ativo, característicos do diabetes, afeta muito o funcionamento do sistema imunológico, caso haja qualquer desregulação no nível de glicose. Por isso os diabéticos estão classificados no grupo de risco para o covid-19, já que a imunidade é a principal forma de prevenir sintomas graves e infecção por vírus. No Brasil, cerca de 32 milhões de brasileiros têm diabetes ou pré-diabetes. Essas pessoas devem tomar mais cuidado e ficar atentos ao novo Coronavírus.

Hipertensos

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde, as pessoas com hipertensão possuem mais chances de contrair o novo Coronavírus. Essa doença, se não for controlada, pode comprometer o funcionamento de outros órgãos do corpo, já que altera o funcionamento do coração. Outros fatores determinam a hipertensão como um fator de risco para o covid-19, como o fato de o vírus poder atingir o músculo miocárdio e, com isso, causar inflamações e de gerar acúmulo de líquido no pulmão, também chamado de necrose pulmonar.

A recomendação é de que o paciente seja avaliado individualmente por seu médico. Assim ele poderá indicar o melhor tratamento para a doença. Mas além do tratamento, naverdade mais importante do que isso, é que os hipertensos devem reforçar as medidas básicas de prevenção, como o distanciamento social.

Idosos

Idosos

Idosos

Com o passar dos anos, é natural que o sistema imunológico humano fique mais frágil e suscetíveis a doenças, pois todos os nossos tecidos, células, órgãos, costumam envelhecer e perder funções, por isso são mais propensos a sofrerem infecções e não conseguirem eliminá-las. O risco de sintomas graves e de morte é muito maior em idosos. O vírus afeta diretamente os pulmões, mas, além disso, ele pode alterar funções e enfraquecer outros sistemas e órgãos, como o coração e os rins, principalmente se o paciente já tiver doenças pré-existentes relacionadas. Claramente, os idosos deverão manter o distanciamento social em nível extremo. Se for possível, idosos não deverão sair de casa nem para irem ao supermercado.

Quais Cuidados Tomar Se Eu Moro Com Alguém Do Grupo De Risco?

O principal cuidado básico é evitar totalmente o contato físico. Lembrando que o coronavírus pode ser assintomático, por isso é muito comum, principalmente jovens e crianças, que eles não tomem os cuidados de isolamento de pessoas do grupo de risco em casa por não possuírem sintomas, entretanto, eles transmitem o vírus e, assim, o idoso (ou outra pessoa) contrai o vírus e pode ter sintomas graves e morrer.

Se por acaso, você tenha que sair por qualquer motivo, a recomendação é que antes de entrar  em casa, retire os sapatos, coloque a roupa do corpo para lavar e tome banho, além de limpar todos os objetos e sacolas que vieram da rua com álcool 70 ou detergente.

Também é importante lembrar  das medidas básicas de higiene para a prevenção da doença, como: evitar contato físico, não dividir copos e talheres, manter o ambiente arejado e higienizar sempre as mãos, superfícies, alimentos e objetos.

Covid-19 – Tratamentos

Até o momento, ainda não se tem tratamento específico para o coronavírus, por isso está tão difícil conter o número de mortes. Juntando claro com o fato de que a transmissão também não é totalmente conhecida e controlada. Não há ainda vacinas ou medicamentos específicos para a COVID-19. Estes ainda estão sendo pesquisados e investigados, pois se deve determinar exatamente quais os riscos, efeitos colaterais, segurança e efetividade, antes de serem aprovados e comercializados.

Assim que a pessoa determinar qualquer sintoma que possa ser de covid-19, é importante procurar ajuda médica imediata para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. Se você se sentir doente, deve descansar, beber muito líquido (quantidade bem maior do que o costume (de 3 a 5 litros de água por dia), e manter uma alimentação rica em nutrientes e alimentos naturais, evitando industrializados.  Pratique o isolamento total antes mesmo de confirmar o diagnóstico, para evitar a disseminação do vírus e contagiar as pessoas ao redor.

Covid-19 – Tratamentos

Covid-19 – Tratamentos

Além do possível contaminado, todas as pessoas devem manter um estilo de vida saudável em casa, pois quanto mais saudável, mais imunidade (maior chance de não ter contágio ou sintomas). Faça uma dieta saudável, durma bem, pratique exercícios físicos leves. O distanciamento deverá ser total. Apenas socialize com seus parentes e amigos através do telefone ou da Internet.

Covid-19 – Vacinas

Os últimos dados sobre as vacinas que estão em desenvolvimento no mundo contra o novo coronavírus, de acordo com Ricardo Palacios, do Instituto Butantan, serão capazes de conseguir controlar a doença causada por ele, a covid-19.

Entretanto, nenhuma vacina será capaz de eliminar ou controlar a disseminação do corona vírus pelo planeta. Ricardo explica: “Nós queremos gerar uma expectativa correta para a população. Nós não vamos acabar com o coronavírus com uma vacina. Qualquer uma que seja a vacina. O coronavírus veio e veio para ficar. Ele vai nos acompanhar. Durante todo o tempo de nossas vidas, nós teremos coronavírus circulando”. E ainda completa: “O vírus influenza não desapareceu e segue conosco. Seguirá, talvez, durante toda a nossa vida. Mas a gente tem uma doença [a gripe] controlável. A maior parte das pessoas vacinadas consegue controlar a doença. Se chegar a se infectar, não terá uma doença grave, não morrerá dessa doença”

Ainda de acordo com o médico que está comandando o desenvolvimento das vacinas, a pretensão é de controlar a covid-19. Para entender melhor, basta fazer uma associação com as vacinas para o vírus causador da gripe comum, o Influenza. Este vírus sofre muita mutação e acaba sempre conseguindo infectar pessoas. Entretanto, as vacinas que á existem para a gripe são capazes de fazer com que os sintomas da doença sejam mais leves em pessoas já vacinadas contra algum tipo de vírus influenza anteriormente.

Ou seja, as pessoas irão continuar se infectando com o coronavírus e disseminando-o, a doença não vai se desenvolver de forma grave, com sintomas que poderia levar à morte. As vacinas serão pouquíssimo eficiente em impedir a infecção das pessoas com o novo coronavírus, mas irão provavelmente proteger as pessoas de desenvolver a covid-19 em sua forma mais grave e letal. O objetivo real das vacinas, em sua maioria, na verdade , é proteger as pessoas dos sintomas mais graves, e não contra a infecção pelo microrganismo (no caso, vírus).

O Instituto Butantan, que fica localizado na cidade de São Paulo – SP, é um dos centros de pesquisa e desenvolvimento de vacina contra a nova doença que se tornou uma pandemia. No dia 10 do mês de julho de 2020 foi firmada uma parceria entre o Butantan e o laboratório Chinês chamado Sinovac Biotech.

Este laboratório já possui uma vacina em desenvolvimento, a Coronavac. Esta vacina está sendo desenvolvida a partir da premissa de usar o vírus em sua forma inativada para incentivar uma resposta imunológica contra o vírus. Assim sendo, a próxima vez que o corpo entrar em contato com o coronavírus, a resposta das células de defesa será imediata, por isso, os sintomas serão mais fracos.

Covid-19 – Prevenção

A principal recomendação é o isolamento social, minimizando os risco de uma contaminação pelo Coronavírus.

Além disso, deve-se lembrar das recomendações de higiene, que são:

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente;
  • Utilizar álcool em gel 70% como auxílio de limpeza;
  • Evitar tocar o rosto com as mãos;
  • Evitar abraços, beijos e apertos de mão;
  • Manter distância de 2 metros de outras pessoas;
  • Manter os ambientes devidamente higienizados e ventilados.

O uso da Cloroquina, Hidroxicloroquina e Ivermectina para tratamento do Covid-19

Cloroquina

Cloroquina

Desde o surgimento das primeiras mortes causadas pelo novo coronavírus, muito vem sendo falado sobre o uso dos medicamentos antimaláricos Cloroquina e Hidroxicloroquina, para tratamento da Covid-19. Entretanto, até o momento da publicação deste texto, os estudos que foram realizados com os fármacos não comprovaram real eficiência no combate ao novo coronavírus.

Em meados de abril, em Manaus (AM), pacientes infectados pelo novo coronavírus começaram a receber doses altas de cloroquina a partir do sexto dia de tratamento. Os resultados desse ensaio foram preocupantes, e fizeram cientistas de todo o país interromperem pesquisas com o uso da substância para tratar a Covid-19.

Na ocasião, 81 pacientes começaram a ser tratados com o medicamento, onde a metade deles recebeu uma dose de 450mg, duas vezes ao dia, durante cinco dias. A outra metade, recebeu 600mg do fármaco durante dez dias. Ao final do terceiro dia de tratamento, 25% dos pacientes que haviam recebido a maior dose apresentou irregularidades nos batimentos cardíacos. Algo que não agradou nem um pouco a comunidade médica.

O ensaio recebeu verbas do governo do estado do Amazonas, e fazia parte do estudo “CloroCovid-19”, onde cientistas brasileiros estudam os efeitos da cloroquina sobre o corpo dos pacientes infectados pela Covid-19.

Em entrevista dada ao jornal americano The New York Times, Marcus Lacerda, pesquisador envolvido com o estudo afirmou que a pesquisa mostrou que uma dosagem alta de cloroquina é muito tóxica e mata mais pacientes.

Natália Pasternak, fundadora do Instituto Questão de Ciência (IQC) e pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), afirma que os óbitos podem estar relacionados a utilização dos medicamentos. Ela disse também que a intenção da pesquisa era verificar se aquelas dosagens eram seguras, tendo em vista que a maioria dos hospitais por todo o mundo ainda não saberem muito sobre qual quantidade usar.

Pasternak acrescenta que, uma forma realmente eficaz para se combater o vírus é com uma vacina mas, como isso ainda pode levar dois anos para estar disponível, uma boa alternativa que os pesquisadores estão apostando, é em um “reposicionamento de fármacos”, ou seja, utilizar remédios que já são padronizados e vendidos, com o objetivo de testá-los e buscar uma possível eficácia contra a Covid-19.

O estudo realizado em Manaus serviu para demonstrar que as quantidades do medicamento usado foram mais prejudiciais e possivelmente perigosas, demonstrando ser tóxico ao paciente.

No início de julho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) encerrou os estudos relacionados aos medicamentos, alegando que os resultados preliminares mostraram que hidroxicloroquina e cloroquina, produzem pouca ou nenhuma redução na mortalidade de pacientes hospitalizados com Covid-19 quando comparados ao padrão atual dos tratamentos.

A OMS afirma que a decisão foi tomada por recomendação do comitê de condução internacional de estudos, não afetando outras situações em que os medicamentos são usados em casos de pacientes fora de ambiente hospitalar ou como forma de prevenção. Porém, as recomendações continuam sendo de que esses medicamentos em específico sejam utilizados de maneira eficiente apenas para tratar outros tipos de doenças, para as quais foram desenvolvidos.

A organização disse que a decisão não afetará os ensaios em pacientes que não estão hospitalizados ou os que recebem os medicamentos antes da exposição potencial ao coronavírus ou após.

Recentemente, um medicamento antiparasitário, usado há décadas para tratar infestações por vermes e alguns parasitas, vem sendo extremamente procurado nas farmácias de todo o país devido a uma informação falsa de que a sua substância atua na prevenção da Covid-19. Trata-se da ivermectina, os medicamentos que a contém são usados na medicina veterinária para combate de pulgas e carrapatos em animais.

Após a divulgação de um estudo australiano, em que doses muito altas da substância obtiveram sucesso na eliminação do novo coronavírus em laboratório, a busca por esse remédio aumentou em níveis preocupantes no Brasil. Em toda a América Latina ocorre a mesma situação, onde as autoridades preocupam-se com a possível escassez do medicamento, além de muitos casos de contrabando que estão ocorrendo nas fronteiras brasileiras.

O grande erro que as pessoas cometem ao achar que tal medicamento serve para combater o novo coronavírus, é não se atentar aos detalhes dos fatos. Na pesquisa australiana, foi demonstrado que a ação da ivermectina contra o vírus ocorreu in vitro, ou seja, em condições externas ao organismo humano. Sendo assim, os cientistas continuam insistindo em falar que a propagação de notícias sobre recomendações do uso de um remédio apenas partindo de testes in vitro, é desconsiderar todos os protocolos científicos e ignorar as possíveis consequências decorrentes.

A Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia publicou uma nota que dizia: “não existem evidências científicas de que quaisquer das medicações disponíveis no Brasil, tais como ivermectina, cloroquina ou hidroxicloroquina, isoladas ou associadamente, colaborem para melhor evolução clínica dos casos”. Afirmou, ainda, que “redes sociais não são textos médicos e, com frequência, transmitem informações infundadas, impulsionadas por interesses obscuros”.

Mitos E Verdades Sobre a Covid-19

Apesar de já estarmos vivendo longos dias de pandemia e isolamento social, ainda não são todas as pessoas que se acostumaram com as novas rotinas de vida, principalmente com o uso de alguns equipamentos de proteção, surgindo assim muitas dúvidas sobre o assunto. Separamos algumas dúvidas abaixo:

– O Uso De Máscara Ajuda Na Proteção Contra Novas Infecções?

Sim! A máscara é um item imprescindível para evitar novas infecções, ela é uma ótima barreira que pode evitar o nosso contato com alguma partícula viral, além de reduzir significativamente a eliminação de gotículas de saliva no ambiente. O seu uso é recomendado por todos os profissionais de saúde, para todas as pessoas que necessitam sair de casa.

– Existem exames capazes de detectar o novo coronavírus em humanos?

Sim! Atualmente existem testes capazes de comprovar com total margem de segurança se uma pessoa está infectada ou não pelo novo coronavírus, além de saber se ela já teve contato com o vírus anteriormente. Pode-se fazer teste laboratorial específico para a Covid-19, buscando pelo genoma viral. Além de existir também o teste rápido, onde se analisa a presença de anticorpos específicos em nosso sangue.

– Animais domésticos podem transmitir a Covid-19?

Cachorro Abraçado ao Dono

Cachorro Abraçado ao Dono

Não! Até o momento não existem evidências de que cães e gatos podem ser os agentes de transmissão do novo coronavírus. A única recomendação é que devemos nos higienizar antes de entrar em contato com os bichinhos.

– Encomendas Vindas Da China Tem Risco De Infectar Alguém?

Não! Já se sabe que o vírus não consegue sobreviver por muito tempo no ambiente, isso serve também para as caixas onde estão as mercadorias vindas da China. Estudos sugerem que o vírus sobrevive por no máximo 24 horas fora do corpo humano, sendo assim, não é muito provável que ele seja transmitido ao redor do mundo através dessa maneira.

– Uma Pessoa Infectada Que Não Apresenta Sintomas Pode Transmitir O Vírus?

Sim! O fato de uma pessoa não estar apresentando sintomas, não implica que ela não transmite o vírus. Ocorre que o vírus é transmitido ao falar, espirrar, ou qualquer outra forma em que há dispersão de partículas virais pela pessoa infectada. Caso um indivíduo infectado e assintomático estiver em um mesmo ambiente que outras pessoas, o risco de alguém ser infectado é menor, pelo fato do infectado não estar espirrando ou tossindo, porém, ainda existe altos riscos do vírus ser propagado.

– Os Sintomas Assemelham-Se Ao De Um Resfriado?

Sintomas da Covid

Sintomas da Covid

Sim! Os sintomas da Covid-19 são muito parecidos com os de um resfriado comum, em muitos casos chegando a ser confundidos entre as doenças. Pode ocorrer febre, tosse e em casos mais preocupantes dificuldade para respirar. A doença pode ser assintomática na maioria dos casos, porém, pacientes mais graves evoluem para quadros de complicações respiratórias e pneumonias.

– Existe Vacina Para a Covid-19?

Não! Existem vacinas contra outros tipos de vírus mas, até agora não foi descoberta uma eficaz no combate ao coronavírus. Além de não existir a vacina, também não há tratamentos específicos. Nos casos da infecção por Covid-19, utilizam-se tratamentos sintomáticos, ou seja, tratar os sintomas decorrentes da doença.

– Apenas Pessoas Do Grupo De Risco Morrem Por Covid-19?

Não! Qualquer pessoa pode vir a óbito. Ocorre que, o corpo de cada pessoa possui uma maneira diferente de reagir ao vírus, aqueles que possuem um sistema imunológico mais debilitado, ou seja, pacientes que estão internados, acamados ou sofrem de alguma doença crônica, podem ser mais afetados. Pessoas que possuem comorbidades, como diabetes, hipertensão, problemas cardíacos ou respiratórios, tendem a sofrer mais com a doença, uma vez que não possuem algumas funções do organismo em condições ideais.

– Existe Relação Entre Os Morcegos E O Coronavírus?

Sim! Em inúmeros estudos foi observado a presença de vários coronavírus em diferentes espécies de morcegos, inclusive o vírus Sars-Cov-2 (novo coronavírus). O que a maior parte dos pesquisadores sugerem, é que após muito contato com esses animais, em mercados chineses onde eles são comercializados e consumidos, o vírus “aprendeu” a infectar humanos, causando assim a atual pandemia. Mas não devemos sair por aí praticando maldades contra os morcegos, é necessário entender que eles são animais de extrema importância para a manutenção de inúmeras funções biológicas na natureza, por exemplo, a polinização.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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