Depressão Gestacional: O Que Fazer Quando Esse Problema Afeta a Mulher?

Ao contrário da crença geral, a gestação não é sempre caracterizada pela alegria e realizações das mulheres.  Muitas delas experimentam tristeza ou ansiedade nestes períodos de suas vidas.

A gestação e pós-parto (puerpério) são períodos da vida da mulher que envolvem muitas mudanças de inserção no trabalho, psíquicas, sociais, físicas e hormonais que podem ter um impacto direto sobre sua saúde mental.

Nesse artigo veremos algumas sugestões de como resolver a depressão gestacional que afeta um grande número de mulheres.

Mudanças do Corpo Feminino

As mudanças provocadas pela chegada do recém-nascido não estão limitadas a variáveis ​​psicológicas e bioquímicas, mas envolvem também fatores socioeconômicos, especialmente em sociedades em que as mulheres estão ativas no mercado de trabalho, contribuindo para a renda familiar, e buscando diversos interesses profissionais e sociais.

Depressão Pós Parto

Depressão Pós Parto

Segundo especialistas no período gestacional pós-parto é a fase de prevalência mais elevada de transtornos mentais de vida das mulheres, em especial nos primeiros e terceiro trimestres de gestação e durante os primeiros 30 dias de pós-parto.

A intensidade dessas alterações de saúde mental depende e é regulada pela interação de múltiplos fatores, entre eles, familiares, conjugais, sociais, culturais, orgânicos e da personalidade da mulher grávida.

Pesquisadores relatam que cerca de um quinto das mulheres grávidas apresentam sintomas de depressão puerpério.  A maioria dessas mulheres não é diagnosticada e nem tratada adequadamente.

Entendendo Melhor a Depressão

De acordo com estudiosos, a depressão é o transtorno mental mais prevalente durante a gravidez e o período de puerpério e estão associadas a fatores de risco como história psiquiátrica, dificuldades financeiras, baixa escolaridade, gravidez na adolescência, falta de apoio social, estresse, e um histórico de violência doméstica.

Há evidências de que a depressão pré-natal não é só mais comum, mas constitui o principal fator de risco para depressão pós-parto.

De fato, em muitos casos, é a continuação da depressão que começou durante a gravidez.

Os estudos científicos atuais sugerem que a depressão gestacional precisa ser tratada de uma forma mais consistente.

Embora não haja ainda um consenso por parte dos pesquisadores dos fatores que afetam a relação mulher-depressão gestacional.

Distúrbios Psiquiátricos: Tendências e Desenvolvimentos

Entre a mãe e o feto pode começar a ocorrer alguns transtornos no período pré-natal. Embora tenha havido pouca pesquisa abordando esta questão, a maioria dos estudos concentra-se sobre a depressão pós-parto.

A Depressão Gestacional

A depressão gestacional deve ser considerada como um importante problema de saúde pública, uma vez que constitui um fator forte que pode levar à depressão pós-parto.

Nesse contexto, há necessidade de programar intervenções preventivas antes do parto.

Alguns estudos sugerem que a depressão gestacional está relacionada ao baixo peso ao nascer, prematuridade e outros problemas no desenvolvimento da criança.

A crença de que os sentimentos da mulher grávida pode afetar a saúde do bebê é muito antiga, mas só recentemente tem despertado interesse científico.   Sabe-se que a mãe e os fatores nutricionais, hormonais, metabólicos, psicológicos e sociais durante a gestação estão relacionados com a saúde do recém-nascido.

Uma mulher que sofre de depressão gestacional pode ser menos preocupada com a sua saúde em geral.  Isso pode levá-la a não seguir com cuidado o pré-natal, abusar de álcool, tabaco e outras drogas, sofrer de insônia e diminuir o apetite, o que resulta numa redução da quantidade e qualidade da sua alimentação.

Saiba Mais

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Além disso, pesquisadores indicam que também existe uma relação entre o estresse psicossocial materno e o baixo crescimento fetal.

As mulheres com depressão têm taxas mais altas de cortisol que pode levar a prematuridade e baixo peso ao nascer.

Nos países em desenvolvimento, o parto prematuro e baixo peso ao nascer são as principais causas de mortalidade na criança.

Estudos sugerem que os estados depressivos que não são tratados durante a gravidez tendem a diminuir a frequência das consultas pré-natais, o que tem estado intimamente associado com a mortalidade neonatal.

Pesquisas realizadas em países desenvolvidos indicam que a depressão materna está ligada em longo prazo, a problemas cognitivo-comportamental e emocional nas crianças. Além disso, as taxas de prevalência de depressão durante a gravidez têm sido significativamente maiores nos países em desenvolvimento do que nos desenvolvidos.

Estudos Científicos

Dentro deste contexto, pesquisadores apresentaram uma revisão sistemática de estudos epidemiológicos que investigaram a prevalência e fatores de risco associados com a depressão durante a gravidez em países em desenvolvimento e desenvolvidos.

Fatores Associados com a Depressão

Depressão Durante a Gravidez e Pós-Parto

A depressão durante e após a gravidez ocorre com mais frequência do que a maioria das pessoas imagina.

O estado depressivo durante a gravidez também é chamado de depressão pré-natal ou pré-parto e depressão após a gravidez é chamado de depressão pós-parto.

Segundo especialistas, aproximadamente quinze por cento das mulheres sofrem de depressão significativa após o parto.

As percentagens são ainda maiores para aquelas que também estão lidando com a pobreza, e pode ser duas vezes maior para os pais que são adolescentes.

Dez por cento das mulheres sofrem de depressão durante a gravidez.  De fato, a depressão perinatal é a complicação mais comum de parto.

Sintomas da Depressão Gestacional

Os sintomas podem começar a qualquer momento durante a gravidez ou no primeiro ano pós-parto.  Eles são diferentes para todas, e podem incluir o seguinte:

  • -Sentimentos de raiva ou irritabilidade;
  • -Falta de interesse pelo bebê;
  • -Distúrbios do sono e apetite;
  • -Choro e tristeza desmotivados;
  • – Sentimentos de culpa, vergonha ou desespero;
  • -Perda de interesse, alegria ou prazer nas coisas que a mulher costumava gostar de fazer;
  • -Possíveis pensamentos de prejudicar o bebê ou a si mesma

É importante conhecer os fatores de risco para pré-parto e depressão pós-parto.  A pesquisa mostra que todas as coisas listadas abaixo podem colocar a mulher em um maior risco de desenvolver estas doenças.

Se você tiver qualquer um desses fatores, deve discuti-los com o seu médico para que possa planejar com antecedência um atendimento, caso haja necessidade.

  • – História pessoal ou familiar de depressão, ansiedade ou depressão pós-parto;
  • -Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM ou PMS);
  • -Apoio insuficiente no cuidado com o bebê;
  • -Estresse financeiro;
  • -Estresse conjugal;
  • -Complicações na gravidez, no parto ou na amamentação;
  • -Um grande evento recente na vida: óbito de entes queridos, mudança de casa, perda de emprego;
  • -Mães cujos bebês estão em Terapia Intensiva Neonatal;
  • -As mães que já passaram por tratamentos de infertilidade;
  • -Mulheres com um desequilíbrio da tireoide;
  • -Mulheres com qualquer forma de diabetes (tipo 1, tipo 2 ou gestacional).

Vale ressaltar que a depressão pós-parto e pré-parto é temporária e tratável, ​​com ajuda de um profissional especializado.

Salete Dias

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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