A atrofia glandular e a metaplasia intestinal são dois problemas que assolam muito a população. Tratam-se de duas patologias do sistema gastrointestinal relacionada com a histologia dos tecidos. A atrofia glandular está muito relacionada na questão estomacal, já a metaplasia intestinal relacionada à formação anormal de células da parede estomacal, simulando células da parede intestinal, mas elas podem estar relacionadas.
A metaplasia intestinal possui três tipos, tipo I, tipo II e tipo III chamada de incompleta. Esses tipos geralmente estão presentes também na mucosa gástrica na maioria das vezes. Para simplificar a explicação a metaplasia intestinal nada mais é que uma alteração da morfologia e funcionalidade das células da mucosa gástrica para uma morfologia de células intestinais. Como essa metaplasia decorre geralmente de uma lesão gástrica, pode-se dizer que a metaplasia intestinal é uma lesão pré-neoplásica e sendo uma alteração celular, também é um pré-requisito para a formação de um carcinoma gástrico, ou câncer de estômago.
Sabe-se que existem muitos fatores envolvidos na pré-disposição para a formação de um carcinoma gástrico. Fatores genéticos, ambientais e alimentares tem muito a ver com a possibilidade de evolução para um câncer de estômago. Sabe-se também, devido a estudos detalhados, que as frutas de um modo em geral são muito protetoras no quesito de câncer de estômago. As frutas barram o desenvolvimento da metaplasia intestinal. Sabe-se também que um elevado consumo de vegetais, de um modo geral previnem o câncer gástrico, legumes são um dos principais. Por outro lado, também temos estudos que apontam os alimentos que favorecem a metaplasia intestinal. Alimentos processados e industrializados, especialmente os defumados, enlatados, alimentos ricos em corantes, como refrigerantes e salgadinhos e também os alimentos que necessitam de muita conserva são potenciais desencadeadores de metaplasia intestinal com consequências gástricas cancerosas.
A atrofia glandular trata-se de uma atrofia gástrica também. O nome de atrofia glandular também pode ser dado para a gastrite atrófica já que se trata da mesma porção histológica e mesmo problema. Trata-se de uma gastrite de evolução crônica que ocorre devido à morte de algumas porções celulares da parede gástrica e reposição das células envolvidas na formação glandular estomacal, responsáveis pelas famosas enzimas digestivas e suco gástrico. Por consequência da atrofia dessas glândulas, teremos problemas na digestão dos alimentos, principalmente os que necessitam de um pH ácido para a digestão, como as proteínas. Na maioria das vezes a gastrite atrófica é consequente de uma gastrite de causa bacteriana e do próprio processo infeccioso e inflamatório causado por essas bactérias. Vamos citar alguns dos fatores que estão envolvidos na atrofia glandular:
- Predisposição genética. Como já dito também em relação à metaplasia intestinal.
- Alimentação irregular.
- Exposição à substâncias tóxicas e às industrializadas. Aqui como também já dito: alimentos processados e defumados.
- Substâncias que afetam a mucosa gástrica, como drogas.
Alguns sintomas são reflexo da alteração celular causada pela atrofia glandular, então podemos ter como sintomas principais: Náuseas e vômitos, dor estomacal, perda de apetite, sensação de azia e peso na barriga, fezes com alterações, inchaço abdominal, intolerância a alguns alimentos que não são possíveis de digestão.