O Coração e a Aspirina

A aspirina tem mais de um século e é o medicamento mais vendido em todo o mundo. Poderoso analgésico e antitérmico, seu uso como antiplaquetar é reconhecido cientificamente, mas seu uso ainda gera divergencias dividindo a opinião dos médicos e especialistas acerca de suas indicações, benefícios e riscos.

Aspirina

A História da Aspirina

Aspirina® é o nome comercial registrado pelos laboratórios farmacêutico Bayer para o composto de ácido acetilsalicílico. Conhecida e consumida no mundo inteiro a Aspirina completou 110 anos em 2009. A primeira referência que se tem das propriedades da aspirina são do século V a.C, quando o médico grego Hipócrates descreveu as indicações do pó da casca do salso chorão ou salgueiro, que possui salicilatos, contra a dor e a febre. Outros povos também fazem referencias ao uso da casca do salgueiro, salientando suas propriedades, que no entanto também são tóxicas. O principio ativo da casca do sagüeiro, o acido salicílico ou salicina, foi isolado em sua condição cristalina pela primeira vez em 1828 e em 1897 o laboratório Bayer adicionou quimicamente o acetato ao acido salicílico, criando então o ácido acetilsalicílico, a nossa conhecida aspirina, primeiro medicamento sintetizado e vendido em forma de comprimidos.


Aspirina para o Coração

Indicada comumente como eficaz contra resfriados e gripes, como antitérmico e como analgésico para dores em geral, estudos sobre a abrangência da ação do ácido acetilsalicílico vem comprovando que suas indicações são muito maiores, apesar de exigir cautela dos médicos e pacientes. Segundo estudos recentes foi comprovado que o ácido acetilsalicílico tem a capacidade de estimular o organismo a produzir oxido nítrico nas paredes internas que revestem as artérias, inibindo sua oxidação e as disfunções endoteliais, agindo como importante preventivo de doenças cardiovasculares. Outros estudos vem demonstrando que pacientes tratados com o ácido acetilsalicílico depois de um episódio de isquemia se recuperam melhor do que aquelas que não recebem a medicação. A reincidência nesses pacientes também é bem menor, sendo recomendada sua indicação como medicação secundária, ou seja, após os episódios isquêmicos.

Riscos

Pacientes com problemas estomacais não devem utilizar o ácido acetilsalicílico sob o risco de terem sangramentos e em alguns casos mais raros podem ocorrer também lesão no fígado do paciente. No entanto, quando o beneficio do medicamento for maior que seus riscos a saúde, podem se optar pelo ácido acetilsalicílico associado a outras substancias, disponíveis no mercado, e que controlam seus efeitos colaterais. Mas é preciso atenção, o uso do medicamento só deve ser feito com a indicação de um médico, que poderá avaliar com segurança os benefícios e os riscos do ácido acetilsalicílico, além de indicar a dosagem correta.

Antes de usar um medicamento sem receita médica é importante lembrar a máxima que afirma que “ a diferença entre o remédio e o veneno é somente a dosagem”. Portanto nunca tome nenhum medicamento sem orientação médica.

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Categoria(s) do artigo:
Medicina

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