Mamografia em Mulheres que Já Tiveram Câncer

Estudo Norte-Americano

De acordo com um estudo científico norte-americano, o exame de mamografia em mulheres que já foram acometidas pela doença não se mostrou eficiente para detectar o câncer.

A pesquisa revelou que o exame se torna falho ou menos impreciso para detectar o tumor, nas pessoas que já tiveram a enfermidade e sobreviveram.

Mulheres Mais Propensas

As mulheres que já tiveram câncer e conseguiram se curar possuem uma maior propensão a ter a doença novamente, do que as que nunca tiveram o tumor. Segundo uma publicação do maior registro de exames de mamografia dos Estados Unidos, eles compararam a identificação pelo exame em uma proporção de sete casos entre mil de câncer em mulheres que já tiveram a doença, em relação a quatro casos entre mil das que nunca apresentaram a enfermidade anteriormente.

Esse procedimento também não se mostrou eficaz, pois não conseguiu detectar tumores malignos com uma ocorrência em mais de onze por cento maior entre as sobreviventes do câncer, mesmo elas já tendo passado por vários testes radiológicos e exames de raio X depois de haverem feito a mamografia.

De posse desses levantamentos e outros estudos adicionais, os pesquisadores irão estudar como podem tornar os exames radiológicos mais aprimoradas com resultados mais exatos para as mulheres que sobreviveram ao câncer de mama.

Incidência da Doença nos Estados Unidos e Brasil

Segundo dados estatísticos levantados nos estados Unidos cerca de uma em cada oito mulheres norte-americanas poderão desenvolver um tumor de mama no decorrer de suas vidas, embora atualmente,o índice de mortalidade pela doença seja inferior a três por cento nesse país.

No Brasil os estados em que existem mais mulheres acometidas com o câncer de mama São: o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

Discordâncias Entre Especialistas

Alguns médicos discordam sobre a idade em que as mulheres devem realizar o exame de mamografia e com que frequência.

Os especialistas norte-americanos recomendam que mulheres na faixa etária após os quarenta anos devem fazer o exame de mamografia pelo menos uma vez ao ano, enquanto outro grupo formado por um comitê federal orientam que a frequência adequada em mulheres com mais de cinquenta anos de idade é realizar o exame somente a cada dois anos.

Pesquisadores Norte-Americanos e Australianos

Um estudo recente realizado por cientistas norte-americanos e australianos foi feito com o objetivo de comparar os exames de mamografia entre mulheres que já tinham sido acometidas pelo câncer, e outras que nunca haviam sido afetadas pela doença.

Foram realizados vários exames ao longo de um ano, e mais de seiscentos e cinquenta cânceres foram detectados nas sobreviventes em comparação com mais de trezentos e quarenta encontrados nas mulheres sem histórico da doença, sendo que os casos da doença diagnosticados pelos sintomas apresentados e não pelos exames, eram quase o dobro de vezes mais frequente entre as que tiveram o tumor do que as que nunca tinham sido afetadas pela enfermidade.

Para os especialistas a importância desse estudo está no fato das descobertas mostrarem a necessidade das mulheres ficarem atentas, e informarem a seus médicos sobre qualquer alteração que detectarem em seus seios.

Salete Dias

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