Sintomas de Problemas na Glândula Supra-Renal
Esta glândula se trata de uma glândula do sistema endócrino humano. Fica situada logo acima dos rins. Nós possuímos duas delas. Elas são divididas em córtex e em medula, ou seja, na porção externa e na porção interna. A supra-renal está ligada ao funcionamento de diversos outros hormônios do corpo e com funções muito importantes do metabolismo.
Cada parte da glândula secreta pelo menos um hormônio muito importante. O córtex produz e secreta corticosteroides, androgênios e mineralocorticoides. Relacionados à pressão arterial e ao controle de sais e potássio. A medula produz e secreta vários hormônios, como a Adrenalina. Está ligada a pressão arterial, à frequência cardíaca, sudorese, etc. Veremos a seguir os principais problemas ligados à esta glândula e quais são os sintomas associados.
Feocromocitomas
Feocromocitomas
São tumores, que normalmente são benignos. Eles ficam na região medular da glândula supra-renal. Este tumor é muito raro, mas pode acontecer em cerca de dois a cada um milhão de pessoas. Pode desencadear casos graves de pressão alta e é aí que reside o problema.
Os sintomas são repentinos. Normalmente as pessoas costumam ter cefaleias fortes, sudorese, palpitações, ansiedade, tremor, irritabilidade, problemas digestivos, parestesia e formigamento na pele. Para diagnosticar é feito exames de laboratório com colheita – sangue e urina – e analisa-se a dosagem do hormônio catecolamina.
O tratamento mais indicado é a retirada do tumor. Mas isso só é feito após o tratamento com os medicamentos para estabilizar a dose hormonal, já que com altos níveis de catecolamina, os riscos cirúrgicos são altos.
Hiperaldosteronismo Primário
Também conhecido como aldosteronismo primário ou síndrome de Conn. Esta condição envolve várias desordens caracterizadas pelo excesso de produção do hormônio aldosterona pelas glândulas supra-renais. Duas vezes mais comum nas mulheres.
Isso resulta em baixos níveis de renina. O sintoma mais comum é a hipertensão arterial refratária, que causa, em decorrência, distúrbios da visão e muitas dores de cabeça. Além disso, outros sintomas envolvem dor muscular, espasmos, formigamento e micção excessiva. Podem haver complicações decorrentes da demora no tratamento, como doenças cardiovasculares, AVC, infarto, insuficiência renal e arritimia cardíaca.
O tratamento indicado é a remoção cirúrgica do adenoma adrenal (adrenalectomia), porque é ele que controla os níveis de produção dos hormônios e, neste caso, está alterado. Os medicamentos que acompanham são para controlar a pressão sanguínea, como o espironolactona e anti-hipertensivos.
Insuficiência Adrenal (IA)
Insuficiência Adrenal
Se trata de uma patologia de causa diversa que está associada à baixa produção dos glico e mineralocorticóides, que são hormônios produzidos no córtex das glândulas supra-renais. Pode-se ter vários tipos de insuficiência adrenal e ainda várias classificações.
A Insuficiência Adrenal primária é quando o problema é causado peã própria glândula e a secundária ocorre quando há deficiência na produção de ACTH, que é o hormônio adrenocorticotrófico, ou seja, que estimula a produção na glândula-suprarenal.
As causas podem ser várias, como já dito. Dentre elas, doenças genéticas, doenças infecciosas, como a tuberculose adrenal e também, principalmente, doenças auto-imunes.
Os sintomas são cansaço, perda de peso, hipotensão arterial, hipoglicemia, diminuição da libido sexual.
Os tratamentos são feitos baseados na reposição hormonal. No caso, repõe-se o que está baixo. Normalmente glico e mineralocorticoides. É essencial o acompanhamento do médico.
Síndrome de Cushing
Síndrome de Cushing
É uma doença que consiste em uma alteração física e mental do corpo por muito tempo, causada pelo excesso de cortisol no organismo, tornando-se um problema crônico. O cortisol, em doses normais, ajuda o corpo a responder ao estresse de forma natural, para manter a pressão e a função cardiovascular reguladas.
Os sntomas da síndrome são ganho de peso, inchaço no rosto, diabetes, hipertensão arterial, osteoporose, fraqueza dos músculos, sensibilidade e fragilidade na pele, depressão, produção excessiva de pelos no corpo e menstruação desregulada. A partir disso o paciente procura um médico. O diagnóstico é feito pela coleta e análise de sangue e urina. Onde o médico irá avaliar se há excesso de cortisol.
O tratamento está diretamente ligado à causa. Ou seja, se há um tumor, a cirurgia para remoção é o mais indicado. As vezes o tratamento é feito com medicamentos ou terapias de radiação. Depende do caso e quem decide é o médico, de acordo com o resultado dos exames, idade do paciente e outras condições de saúde.
