Tratamentos para Síndrome da Bexiga Dolorosa

Descrição

A síndrome da Bexiga dolorosa pode ser também conhecida como Cistite Intersticial (IC – sigla em inglês), dor pélvica crônica e Síndrome da dor na bexiga. Se trata de uma condição da bexiga que possui múltiplos sintomas, que envolvem desconforto e dor, além de alterações de micção.

A doença afeta principalmente pessoas na faixa etária entre dos 30 e 40 anos e está muito mais presente nas mulheres do que nos homens. É uma doença crônica que afeta significativamente o estilo de vida e o dia a dia no trabalho, na vida emocional e nos relacionamentos. Entretanto há várias opções para tratamento para tratar e aliviar os sintomas e melhorar a condição de vida do paciente.

Síndrome Da Bexiga Dolorosa

Síndrome Da Bexiga Dolorosa

A condição pode se desenvolver em diferentes tipos de pacientes. Muitos médicos acreditam que há subtipos adicionais para a doença, chamados de fenótipos de IC. E isso explica o fato de haver diferentes respostas aos tratamentos, variando de pessoa pra pessoa. Os subtipos da doença são:

Cistite Intersticial Não Ulcerativa: Corresponde a 90% dos casos. Os pacientes apresentam hemorragias pontuais, como glomerulações, na parede do órgão.

Cistite Intersticial Ulcerativa: Corresponde a 10% dos casos. Os pacientes apresentam úlceras ou placas de Hunner, avermelhadas, com sangramento, na parede da bexiga.

Há também uma porcentagem de 5% dos casos em que os pacientes chegam ao estágio final grave de IC. Estes apresentam os sintomas a mais de dois anos e possuem a doença em fase terminal. A bexiga está muito dura e sem capacidade de funcionamento. A dor é muito forte e as úlceras de Hunner estão muito presentes.

Sintomas

Mulher Com Síndrome Da Bexiga Dolorosa

Mulher Com Síndrome Da Bexiga Dolorosa

Os sintomas geralmente estão presentes, entretanto podem variar em intensidade, indo e vindo em fases. Podem durar dias, semanas, ou meses mais fortes e melhorar em outros períodos. Também podem ser mais presentes e intensos em certos momentos do dia ou quando o paciente ter ingerido certos alimentos ou bebidas. Também pode piorar com a bexiga cheia e melhorar quando a bexiga é esvaziada.

Os sintomas incluem dor pélvica intensa (abaixo do umbigo), desejos constantes e súbitos de urinar, frequência em urinar. Se notar mudança no seu padrão de micção ou se sentir dores pélvicas procure um médico especialista. O médico poderá solicitar exames, como a citoscopia, para investigar melhor. Este exame é o mais apropriado, já que mostra a condição interna da bexiga.

Causa

A causa exata da condição não foi ainda definida e descoberta. Os médicos e pesquisadores teorizam sobre as possíveis causas. O que dificulta saber exatamente é o fato de que neste caso, ao contrário de outros tipos de cistites, não há infecção alguma e antibióticos não resolvem e curam.

As possíveis causas incluem: reação alérgica, sistema imunológico confuso, que ataca erroneamente a bexiga (em pessoas com síndrome da fadiga crônica, síndrome do intestino irritável e lúpus, ou em fibromialgia), problemas com os músculos do assoalho pélvico e danos ao revestimento da bexiga (causados pela própria urina ou músculos e nervos adjacentes).

Tratamentos

Para esta doença, não há cura. Então o paciente é submetido a tratamentos paliativos que diminuem os sintomas e assim ele pode viver bem e ter uma qualidade de vida melhor, com menos dor e problemas de micção.

Os tratamentos são variados e cada pessoa responde melhor a um tipo e só os testes e o médico poderá definir qual é o melhor para o paciente. Geralmente ele experimenta vários até encontrar o ideal, aquele que mais funciona e diminui os sintomas.

Mudanças No Estilo De Vida

O estresse deve ser diminuído e isso envolve se submeter a qualquer técnica e procedimento que ajude o paciente a relaxar, como exercícios físicos, ioga, banhos quentes, meditação, etc.

Evitar a ingestão de alimentos com muitos corantes (como molho e tomate) e apimentados. Também a ingestão de álcool deverá ser evitada. Além disso é bom controlar a ingestão de líquidos antes de ir dormir.

Parar de fumar é condição obrigatória. As substâncias que a pessoa ingere quando fuma fazem muito mal para a bexiga e pioram consistentemente o problema.

Medicação

Medicação

Medicação

Os principais medicamentos orais que ajudam a tratar pessoas com IC são:

  • Paracetamol
  • Ibuprofeno
  • Loratadina
  • Cetirizina
  • Amitriptilina
  • Gabapentina
  • Pregabalina
  • Cimetidina
  • Elmiron

Há também os medicamentos intravesicais que são inseridos diretamente na bexiga por um cateter. Dentre eles, estão a lidocaína, o ácido hialurônico e o Sulfato de Condroitina.

Terapias de Suporte

A fisioterapia consiste em massagear com várias técnicas os músculos do assoalho pélvico. Assim aliviam tensões e dores na bexiga.

O retraining da bexiga é uma técnica onde o paciente aprende a ser capaz de controlar melhor a condição mictória e regular a necessidade de urinar melhor.

A terapia psicológica também pode ser necessária para ajudar o paciente a viver bem com a condição de saúde que possui e os sintomas que ela causa em sua vida pessoal.

Por último, a Estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), que consiste em um dispositivo que envia impulsos elétricos para o corpo do paciente e funciona para aliviar a dor na bexiga.

Cirurgia E Procedimentos:

São casos muito raros em que a cirurgia par aa remoção total da bexiga é indicada. Esta é chamada de cistectomia. Fora isto há outros procedimentos que podem ser indicados também para casos mais graves.

A cauterização consiste em selar úlceras da parede interna da bexiga, utilizando corrente elétrica ou laser. A distensão da bexiga se trata de inserir uma substância na bexiga que faz ela inflar e isto alivia temporariamente os sintomas, além de auxiliar no diagnóstico.

Também há a injeção de botox, ou toxina botulínica, que funciona como um analgésico temporário para os sintomas. E por último a neuromodulação, que consiste em implantar uma aparelho que estimula os nervos pélvicos por eletricidade e reduz a urgência em urinar e também a dor.

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