O Que É O Autismo?
O autismo é, de maneira conceitual, uma alteração relacionada à maneira como acabou se desenvolvendo as questões relacionadas ao comportamento e a interação de um ser humano perante o mundo, alterações essas que apresentam diversos níveis e variações. É por isso que atualmente é utilizado a sigla TEA que significa Transtorno do Espectro Autista, uma vez que, de fato, se trata não de um diagnóstico ou de uma condição única e simples, mas sim de um continnum, um termo utilizado na língua inglesa que se assemelha à palavra espectro que utilizamos na língua portuguesa.
Apresentando ainda alguns aspectos que não são muito bem esclarecidos pela ciência, esse transtorno é responsável por grande parte dos estudos relacionados não só à psiquiatria, como também à neurologia em sim e, há cerca de sessenta anos o autismo vem sendo estudado pela ciência de maneira cada vez mais empenhada pelos estudiosos, visando, sobretudo, a obtenção de qualidade de vida e de resoluções das limitações dos pacientes, quando elas existem.
Muito embora, conforme já enfatizado, as pesquisas sobre o assunto vêm sendo cada vez mais esclarecedoras e satisfatórias, não é incomum que alguns casos que se enquadram no espectro autista acabam surpreendendo em muito os seus familiares, os seus médicos generalistas e até mesmo médicos especialistas. O que também acaba surpreendendo os leigos, principalmente, é o fato de o transtorno não promover nenhuma alteração física em seu portador, o que faz com que ninguém reconheça, apenas ao olhar a feição da pessoa, que ela apresenta autismo.
Aspectos Importantes Sobre a Inclusão Da Pessoa Autista Na Sociedade E a Importância Das Adaptações Relacionadas À Terapia
É sabido que, pelo fato de a imensa maioria dos pacientes autistas não conseguirem realizar interações com outras pessoas, acabam não se comunicando e ficando quase que completamente reclusos no que seria o seu “mundo’, chega a ser óbvio imaginar a necessidade de adaptação de diversas coisas existentes em nosso dia-a-dia para essa pessoa, principalmente nos elementos que contribuem para o seu desenvolvimento neuropsicomotor, como as tarefas escolares, por exemplo.
Com relação a essas adaptações, o primeiro passo é realizar a chamada Análise de Comportamento que consiste no padrão único e pessoal daquele indivíduo às suas reações e ao seu comportamento diante do que se passa ao seu redor e diante de tudo o que acaba lhe atingindo ou não.
Esse padrão é tão único quanto o comportamento de um indivíduo dito como “normal” pela sociedade, uma vez que, em ambos os casos, isto é, independentemente da pessoa, o seu modo de agir e o seu comportamento serão determinados por inúmeras variáveis, sendo as questões genéticas, sociais, além de culturais, que podem influenciar direta ou indiretamente as características comportamentais do ser humano.
A grande maioria dos especialistas acredita que uma das principais, senão a principal adaptação na terapia de indivíduos autistas é a necessidade de o seu acompanhamento ser individualizado. Isso porque o responsável por esse acompanhamento irá voltar a sua atenção para detalhes que desencadeiem comportamentos negativos naquela pessoa, como, por exemplo, a autolesão, além de agressividade, no geral e as estereotipias que, inclusive, podem ocorrer para que, principalmente quando criança, o indivíduo consiga se evadir das demandas colocadas.