O Que é Depressão?
A depressão é considera como um distúrbio de afetividade que segue as pessoas no decorrer da história. Em se tratando de patologia, existe a presença de pessimismo, tristeza, baixa autoestima, que surgem frequentemente e podem ainda estar combinados entre si. É fundamental que o médico acompanhe tanto na fase do diagnóstico quanto na do tratamento.
Principais Causas
Contrariamente ao que se pensa, os fatores sociais e psicológicos, em muitos casos, são sequelas e não as principais causas da depressão. Vale lembrar que o estresse pode desencadear a depressão naqueles que contem com a predisposição, que possivelmente possa ser genética. A constatação dos diversos casos dentre as pessoas com depressão é apreciada em torno de 19%, o que quer dizer que mais ou menos uma a cada 05 pessoas em todo o mundo demonstre o problema em alguma parte da vida.
Principais Sintomas
Os principais sintomas da depressão são:
- Irritabilidade constante, humor depressivo, angustia e ansiedade
- Fácil cansaço, desânimo, necessidade de um esforço maior para executar as tarefas mais simples
- Incapacidade ou diminuição do sentimento de prazer e alegria em atividades que antes eram extremamente agradáveis
- Apatia, falta de motivação e desinteresse
- Indecisão e falta de vontade
- Sentimentos de insegurança, medo, desesperança, desamparo, desespero e vazio
- Ideias desproporcionais e frequentes de culpa, pessimismo, baixa autoestima, inutilidade, sensação de não haver sentido para viver, fracasso, ruína, morte ou doença.
- A pessoa tende a querer morrer, tentar suicídio ou planejar uma maneira de morrer.
- Distorcida e negativa interpretação da realidade: tudo é avistado por meio da visão depressiva, é acrescentado um tom cinza para os outros, para si, e para seu mundo.
- Dificuldade de raciocínio, de concentração, esquecimento.
- Alteração no desempenho sexual, podendo até ser mantida a atividade, entretanto, sem o prazer de antes.
- Aumento ou perda do apetite e de peso.
- Crises de Insônia, problemas para conciliar o sono, despertares múltiplos ou sono bastante leve, despertar precoce pela manhã, quase sempre 02 horas antes do normal, ou, com menor frequência, aumento do sono e, por mais que se durma, ainda se tem sono.
- Sintomas físicos diversos incluindo dores e não justificadas nem mesmo depois de uma consulta médica, como má digestão, dores abdominais, diarreia, azia, constipação, tensão nos ombros e na nuca, dor no corpo ou na cabeça, sensação peso no corpo ou ainda de aperto no peito, dentre outras.
Tratamento
É essencialmente através de medicamentos o tratamento da depressão. Há disponíveis no mercado mais de trinta antidepressivos e contrariamente ao que muitos temem, esses remédios são diferentes das drogas, que fazem com que a pessoa passe por um estado de euforia e causam vício. É simples a terapia e, de forma generalizada, não entorpece ou incapacita o paciente.
Determinados pacientes necessitam de tratamento preventivo ou de manutenção, que pode durar a vida toda ou se estender por longos anos, com a intenção de evitar o surgimento de novos períodos depressivos. Também auxilia o paciente a psicoterapia, porém, não causa a prevenção de novos problemas, nem tão pouco chega a curar a depressão.
A presente técnica ajuda na promoção da reestruturação psicológica do paciente, além de ampliar sua forma de compreender o processo depressivo e a resolver os conflitos, o que minimiza o choque causado pelo estresse.
Entendemos que doença pode vir a se manifestar novamente em mais ou menos metade das pessoas. Quem já passou por uma depressão conta com 50% de chance de ter uma recaída. Àqueles que passaram por 02 episódios, o risco é maior, chegando a 70% e, para aqueles que já passaram por 03 episódios, a probabilidade é de 90%. Por isso, determinados pacientes tenderão a tomar remédios durante muitos anos enquanto outros, por toda a vida, com a intenção de prevenir a repetição. No caso desses pacientes, um acompanhamento através de um psicólogo e uma relação saudável médico-paciente é importante ao sucesso e à adesão ao tratamento.
É necessário esclarecer que a remoção do medicamento jamais deve ser efetuada de maneira abrupta, pois no procedimento de gradativa diminuição da dose podem voltar os sintomas. Isso mostra ao paciente à necessidade da manutenção do tratamento por um tempo mais longo ou inclusive por toda a vida.
Hoje sabemos que há propensão genética para a depressão. Os pacientes nascem com predisposição para a doença, porém ela tende a não se manifestar em todas aquelas que possuem essa tendência. Isso irá depender de inúmeros fatores, denominados estressores, que atuam como uma espécie de gatilho.
Exemplificando, o descompasso psicológico ocasionado por qualquer problema na vida, determinadas doenças, o estresse físico, o consumo de drogas ilícitas ou lícitas e determinados medicamentos de utilização contínua podem acarretar os quadros. Dentre as drogas lícitas podemos destacar o álcool e dentre as ilícitas, aquelas estimulantes como as anfetaminas e a cocaína.
Existe um processo de surtos depressivos, conhecido como depressão sazonal, que está relacionada ligada diretamente aos fotoperíodos, ou seja, relacionados à luminosidade. No inverno e no outono, principalmente nos países frios, a diminuição da luminosidade relacionada a determinadas pessoas tornam-nas mais vulneráveis às normais flutuações de humor e acabam por desenvolver quadros de depressão.
Para que haja a cura, a primeira coisa a se fazer é informar-se. Todos os membros da família, incluindo os pacientes, precisam entender o que está sendo executado, quais os riscos dos pacientes que, as benesses do tratamento e como se comporta a longo prazo.
O importante é que se vença o medo. De forma geral, os pacientes e sues familiares contam com temor de que o quadro evolua para a loucura ou ainda para uma doença mental. A abordagem desses temas, ajuda na melhora num possível resultado para o tratamento e ainda no que se refere às relações interpessoais.
Os familiares podem oferecer padrões da realidade. Não se deve fazer com que a pessoa fique trancada num cômodo escuro, nem tão pouco deixá-la esquecer das necessidades de higiene e alimentação. É preciso que haja a estimulação constante desse paciente, mas isso não quer dizer levá-lo para correr ou para passear no shopping.
É importante que seja estimulado conforme seu desempenho e suas possibilidades. É fundamental que se respeite as limitações que a enfermidade impõe naquele período.
De acordo com especialistas, a depressão é uma desordem mental cujo acompanhamento médico é fundamental e deve levar em conta o perfil do paciente depressivo, pois podem ocorrer depressões mais leves que não levam a um comprometimento mais grave na execução das atividades diárias do indivíduo, podendo o tratamento ser, nesse caso específico, apenas psicoterápico.
No entanto, em casos de depressões graves e crônicas, quando há um prejuízo nas áreas de relacionamento, familiar, social e afetiva da pessoa, pode haver também, em casos mais graves, alucinações e delírios ou ainda pensamentos de morte com tentativas de suicídio. A administração da medicação antidepressiva é essencial, além de uma psicoterapia realizada com um profissional especialista em psicologia. Normalmente os medicamentos são bem tolerados pelos pacientes, porém, em alguns casos pode haver necessidade de combiná-los com outros fármacos, como antipsicóticos e ansiolíticos, de acordo com o grau dos sintomas apresentados pelo paciente depressivo.
Salete Dias