A apendicite consiste em uma inflamação que pode ocorrer no apêndice cecal, que é uma especie de bolsa em formato de verme no intestino grosso. A apendicite aguda é a sua forma mais comum e pode acontecer em pessoas de todas as idades, porém é muito comum durante a fase da adolescência. Ocorre com muita frequência acometendo índices superiores a 7% da população mundial em qualquer momento de sua vida.
Apendicite Crônica e Etiologia
A apendicite crônica se compõe de repetidas apendicites subagudas que desencadeiam um processo contínuo de inflamação. Até pouco tempo atrás especialistas acreditavam que a apendicite era causada por obstruções continuadas do lúmen por massa sólida, mas atualmente já se sabe que obstruções permanentes são responsáveis por um número muito pequeno dos casos.
Complicações
É comum uma perfuração livre do apêndice fazendo com que as fezes e o pus extravasem a alça intestinal, causando complicações por proliferação de bactérias. A septicemia e a trombose também pode ocorrer bem como a formação de abcessos bacterianos.
Diagnóstico
Este problema não é de fácil diagnóstico, e a maior dificuldade consiste na falta de sintomas. Na maioria dos casos o paciente apresenta poucos sintomas ou nenhum, até o momento em que a doença já progrediu e se torna tarde demais. A falta de sintomas é mais comum em crianças pequenas e idosos. Outra situação difícil é quando a sua localização é rara, dificultando a atribuição da dor naquele local. Contudo, o não tratamento desta doença pode levar os pacientes a óbito, mesmo que sejam apendicites atípicas, elas são muito mais frequentes do que muitas outras doenças, por isso existem tantos diagnósticos falsos de apendicite, cerca de 20% deles.
Sintomas
Os sintomas mais comuns, apesar de poucas pessoas apresentá-los, são: dor difusa e contínua na região do abdome, próximo ao umbigo, pode ser bem moderada quanto a sua intensidade; sensibilidade no ventre, ao toque, podendo haver defesa natural dos músculos; vômito e náuseas; febre baixa e ausência de apetite. Os sintomas costumam se agravar conforme a doença progride. Uma análise sanguínea poderá apresentar leucocitose (aumento na quantidade dos leucócitos). Em caso de dúvida indica-se a TC abdominal (tomografia computadorizada), mas não é aconselhável para crianças e mulheres grávidas, pois este exame envolve exposição à radiações.
Tratamento
A remoção do apêndice é a forma de tratamento, sendo o método mais indicado para a apendicectomia ou remoção do apêndice, a vídeo-laparoscopia que ocorre por meio de 3 incisões pequenas, com a ajuda de um monitor. A recuperação neste tipo de procedimento é muito mais rápida, tendo em vista o tamanho reduzido das incisões, oferecendo, além disso, um efeito estético mais satisfatório. Além disso, este tipo de cirurgia permite uma inspeção detalhada na cavidade abdominal, excluem-se desta forma, outras causas possíveis para a dor abdominal, em caso de não ser apendicite.