Mal de Parkinson

 Essa doença tem esse nome por ter sido descrita pela primeira vez pelo Doutor James Parkinson no trabalho “Na Essay on The Shaking Pulse” em 1817. Dentre os sinais apresentados, os mais marcantes são: Rigidez, tremor, bradicinesia (lentidão anormal dos movimentos) e instabilidade postural. Na grande maioria dos casos atinge pessoas de mais idade, raramente atingindo pessoas antes dos 50 anos, sendo os homens mais afetados do que as mulheres. Alguns famosos que foram afetados pela doença são Muhammad Ali, Michael J. Fox e Salvador Dali.

Principais Sintomas do Mal de Parkinson

O sintoma inicial mais marcante da doença é a bradicinesia, contudo, também podem se manifestar a rigidez, tremor de repouso, instabilidade de postura (dificuldade de se manter em pé) e manter expressões como se fosse uma máscara. Pelo fato da degeneração causada pelo Mal de Parkinson ser de caráter assimétrico apresenta geralmente danos unilaterais.

O mais comum é que o processo tenha início na parte superior do corpo para somente então atingir os membros inferiores. Os tremores também são sinais clínicos bastante observados nos estágios iniciais do Mal de Parkinson podendo começar levemente numa mão e depois atingir a perna do mesmo lado. Esses tremores são mais discretos durante a realização de movimentos amplos assim como se manifestam com mais intensidade em membros que estão em repouso.

Sintomas Cognitivos

Muitas pessoas não sabem que o Mal de Parkinson tem sintomas cognitivos porque os mesmos são comumente negligenciados pelos médicos. Depressão, ansiedade, insônia, gagueira (deterioração da fala) e perda relativa do olfato são também possíveis sintomas dessa doença.

Os Estágios do Mal de Parkinson

Cada paciente diagnosticado com a doença apresentará uma evolução diferente do Mal de Parkinson, contudo, existem alguns estágios que permitem avaliar a progressão da doença:

– Escala de Hoehn e Lahr

Tem como base a avaliação da progressão motora da doença tendo estabelecido padrões mais objetivos para avaliar a evolução do quadro.

– Escala Unificada de Avaliação da Doença de Parkinson (Unified Parkinson’s Disease Rating Scale)

Observa a evolução da doença por meio da avaliação dos seus sintomas cognitivos.

– Flutuação Motora

O processo de flutuação motora consiste numa fase em que os sintomas da doença são reduzidos ou mesmo desaparecem por algum tempo devido as altas doses de medicamentos.

Causas do Mal de Parkinson

Para entender como o Mal de Parkinson deteriora as funções de movimento é necessário saber que as células nervosas usam uma substância chamada ‘Dopamina’ para controlar os movimentos dos músculos. A doença age promovendo a destruição gradual das células nervosas que fornecem dopamina de maneira que as mensagens emitidas por elas não chegam corretamente criando problemas para que os movimentos musculares sejam realizados.

Os especialistas ainda não tem uma resposta definitiva a respeito do motivo que desencadeia esse processo. Os médicos observaram uma combinação de alguns fatores que podem ser apontados como causa do Mal de Parkinson. Há o fator genético em que algumas mutações bem específicas podem ser responsáveis pela doença, contudo, esses casos são raros. Outra causa possível é a exposição a toxinas ou fatores do ambiente que podem desencadear a doença degenerativa, porém, as chances são pequenas.

Principais Fatores de Risco do Mal de Parkinson

Os médicos apontam alguns fatores como de risco para o desenvolvimento do Mal de Parkinson sendo eles:

  • Idade

Não existem muitos casos de pessoas acometidas com a doença antes dos 50 anos de idade.

  • Gênero

Os homens se mostram mais suscetíveis a desenvolver a doença.

  • Hereditariedade

Ter pessoas na família que tenham desenvolvido Mal de Parkinson pode representar risco, porém, pequeno.

  • Toxinas

Manter-se exposto por muito tempo a toxinas provenientes de herbicidas e pesticidas.

Diagnóstico do Mal de Parkinson

Ainda não existem exames específicos para diagnosticar essa doença de maneira que os médicos usam de base os sintomas descritos pelos pacientes assim como outros sinais. Exames físicos e neurológicos podem ajudar a determinar o desenvolvimento da doença. Para ter certeza de que se trata dessa doença o médico pode solicitar exames que descartem outras doenças.

Se ainda assim não for possível ter certeza se é ou não Mal de Parkinson o médico pode optar por medicar o paciente com carpidopa-levodopa que é a medicação mais utilizada para tratar a doença. Havendo melhora dos sintomas é uma corroboração de que se trata da doença degenerativa. Como ainda é uma doença que guarda muitos mistérios para os médicos pode ser necessário manter acompanhamento regular.

Como é o Tratamento do Mal de Parkinson?

O Mal de Parkinson não tem cura e dessa forma o foco do tratamento está em melhorar os sintomas de maneira que o indivíduo tenha mais qualidade de vida. O tratamento é feito geralmente com medicamentos, porém, tem casos em que se mostra necessário realizar cirurgia em que podem ser instalados estimuladores elétricos em algumas regiões do cérebro bem como destruir tecidos que são responsáveis pelo desenvolvimento dos sintomas. Os médicos ainda recomendam que seus pacientes realizem atividade física aeróbica para que possam aumentar a resistência e equilíbrio.

Tratamento Psicológico

Os pacientes com Mal de Parkinson em 90% dos casos tem algum tipo de distúrbio psicológico que precisa ser tratado adequadamente. Esses transtornos podem ser resultado tanto da frustração gerada pela doença como ter sido um fator de causa da mesma. Tem pessoas que desenvolvem problemas psicológicos devido ao peso do diagnóstico. Independente do motivo é fundamental realizar tratamento adequado.

A principal dificuldade do tratamento está no fato de que os principais antidepressivos pioram os sintomas do Mal de Parkinson. Dessa forma os psiquiatras precisam trabalhar com outras formas de realizar o tratamento do distúrbio. Essa é uma doença que necessita de amplo acompanhamento físico e psicológico.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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