O Que é Obesidade Moderada?

Obesidade

A obesidade é uma doença que varia de acordo com o grau, que tem a ver com a quantidade de gordura que se acumulou na medida em que esta tem efeito adverso de tal nível na saúde geral. É uma doença crônica que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo e, em alguns países, a porcentagem é muito maior e é preocupante. Alguns acham que obesidade se trata apenas de aparência e que existem obesos saudáveis. Mas não é bem assim, a OMS já reconhece a obesidade como uma doença grave que pode levar à morte por si só.

A Organização Mundial de Saúde classifica a obesidade de acordo com o Índice de massa corporal, que é o IMC, relacionado à quantidade de gordura corporal relacionada ao tamanho em altura. O IMC é calculado relacionando a distribuição da gordura na relação cintura-quadril e, a partir disso, fatores de risco cardiovascular total.

No Brasil, segundo dados do IBGE, há cerca de 27 milhões de pessoas obesas e cerca de 75 milhões de pessoas acima do peso. Estar acima do peso é de grande risco para obesidade por isso é muito importante fiscalizar e contabilizar estes casos também.

A obesidade é, além de uma doença crônica muito perigosa para a saúde no todo, um grande fator de risco para várias outras doenças, entre elas a hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo, tumores de intestino e de vesícula, além de problemas psicológicos como depressão e ansiedade.

Um estudo recente publicado na revista The Lancet, mostrou que o IMC está diretamente relacionado com a expectativa de vida. Quanto maior é o IMC, menor é a expectativa de vida. O estudo reuniu 57 outros trabalhos com quase 900 mil pessoas. Os resultados mostraram que em ambos os sexos as pessoas com IMC mais baixos tinham a taxa de mortalidade menor. Além disso mostrou que a cada 5 Kg/m² a mais no IMC aumentou em 30% a taxa de mortalidade geral.

Cálculo Do Imc E Grau De Obesidade

O cálculo para determinar o IMC de uma pessoa e, a partir disso, definir se é obeso e o grau de obesidade, é feito da seguinte forma: divide-se o peso (em Kg) do paciente pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. O resultado é analisado da seguinte forma: entre 18,5 e 24,9 significa peso normal; entre 25 e 29,9 significa sobrepeso e acima deste valor considera-se obesidade.

A obesidade pode ainda ser classificada também de acordo com a análise do IMC em obesidade leve (grau I), obesidade moderada (grau II), obesidade grave ou mórbida (grau III). A classificação é muito mais do que apenas números e estatísticas. Ela determina qual será o tratamento ideal, incluindo definir se cirurgia é ou não necessária no caso. Respectivamente os graus I, II e III são para aqueles que possuem o IMC entre 30 e 34,9; entre 35 e 39,9 e acima de 40.

A doença pode ainda ser classificada de acordo com o tipo. Obesidade homogênea é aquela em que a gordura acumulada é depositada de forma homogênea por todo o corpo, incluindo os membros e a região abdominal. Obesidade Androide é quando a gordura está disposta no corpo muito mais concentrada na região abdominal e torácica – este caso é o maior para risco cardíaco e está mais presente em homens e mulheres após a menopausa. Por último a obesidade ginoide, que é quando o corpo tem formado de pera, ou seja, a deposição de gordura está mais presente nos membros inferiores – é muito mais frequente em mulheres e está associado ao risco para artrose e varizes.

Obesidade Moderada

Os riscos graves relacionados à obesidade moderada são a esteatose hepática, doenças articulares, a hipertensão, o diabetes mellitus, a síndrome metabólica, os cânceres, o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral. Importante ressaltar que no Brasil, as duas maiores causas de morte são o AVC e o infarto.

Obesidade Moderada

Obesidade Moderada

Causas

Atualmente os especialistas, médicos e nutricionistas, afirmam que a causa da obesidade parece genética estritamente, mas isso é devido ao fato de que normalmente a família toda ou boa parte dela está obesa ou acima do peso. A verdade é que isso tem mais a ver com os maus hábitos de vida que associam sedentarismo à uma alimentação rica em calorias vazias (ou seja, alimentos industrializados e fasts foods). Costumamente a família toda se alimenta da mesma maneira, então adultos com maus hábitos criam crianças com os mesmos hábitos, influenciando para que sejam obesas. É muito importante salientar que crianças que são educadas com maus hábitos de vida podem não ser obesas enquanto crianças, mas o corpo irá responder à isto em algum momento e podem ter sérios problemas com peso (dentre outros) no futuro.

Má Alimentação

Má Alimentação

Com certeza você deve conhecer aquela pessoa que passou a infância e a adolescência toda comendo muito e muita besteira e era muito magra. E você se questionava do porquê aquela pessoa continuava magra. Mas em certo momento você a encontrou na rua e viu que ela estava obesa. Nestes casos essas pessoas passaram a vida toda acostumadas a comer muito e continuar com o peso controlado, por isso são os casos mais difíceis para os médicos e nutricionistas, já que têm de mudar hábitos que vem de muitos anos.

Além dos maus hábitos alimentares, crianças que nunca tiveram uma rotina com brincadeiras agitadas que envolvem se mexer e se exercitar, como brincar de correr e de jogar bola, não conseguirão facilmente começar uma vida ativa no futuro quando estiverem obesas. Ou seja, crianças que ficam sempre em casa jogando vídeo game e não praticam esportes nem brincam ativamente terão muito mais dificuldade em se adaptar a uma vida ativa quando adultas. E uma vida sedentária infantil é uma causa para a obesidade adulta. Crianças que já são obesas devem imediatamente começar um tratamento para a doença pois podem desenvolver sérias doenças secundárias e graves.

Algumas predisposições genéticas podem existir mas isso também tem a ver com obesidade familiar, ou seja, mães obesas tem mais chances de gerar um bebê com predisposição para obesidade do que mães com peso normal. Além disso algumas disfunções hormonais e endócrinas podem também levar à obesidade, mas isso sempre estará associado à uma rotina de vida que associa alta ingestão calórica com sedentarismo.

Prevenção

A lei nº 11.721, de 2008, determina que o dia 11 de outubro é o dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A prevenção neste caso é muito importante pois é muito mais fácil prevenir do que tratar a obesidade, principalmente em graus mais elevados. E, por incrível que pareça, muita gente não faz ideia disso e a sensibilização da população à respeito do assunto é muito importante inclusive para melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens que podem vir a se tornar obesos.

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

A prevenção contra a obesidade inclui manter um estilo de vida saudável e ativo. Muitas pesquisas mostram que minutos de sedentarismo diários levam à obesidade. Claramente realizar atividades físicas diariamente, incluindo exercícios de força e cardiovasculares, como os aeróbicos devem fazer parte da vida de todas as pessoas e funcionam como preventivo da doença. Além disso é extremamente importante manter uma alimentação rica em vegetais, variando com legumes, frutas, verduras, raízes, oleaginosas, sementes, além de gorduras boas de fontes naturais. E ainda, evitar alimentos industrializados e artificiais, eliminando açúcares artificiais da dieta, além de frituras e gorduras processadas (como a gordura vegetal hidrogenada e óleos refinados, como o óleo de girassol).

Tratamentos

O tratamento mais adequado para a obesidade grau II ou moderada é promover mudanças definitivas no estilo de vida. Primeiramente a alimentação deverá ser acompanhada por um nutricionista. O nutricionista irá definir uma dieta balanceada que irá atender as necessidades nutricionais diárias que o paciente precisa, além de apenas perder peso.

É muito importante que todos saibam que apenas perder peso não é o tratamento para a obesidade e nem a solução para um corpo saudável. O paciente deverá perder peso corporal em gordura, ganhando massa caso seja necessário e isso só é possível com uma alimentação muito rica e variada em alimentos naturais. Além disso deverá também ser muito pobre ou zerada de alimentos industrializados ou açúcares e doces, além de frituras e gorduras processadas.

Tratamento da Obesidade

Tratamento da Obesidade

O paciente deverá também imediatamente começar uma rotina com a prática diária de exercícios físicos. A atividade física deverá ser definida pelo paciente e um educador físico. Antes disso deverá realizar exames pedidos por um médico consultado para definir quais exercícios o paciente poderá fazer e quais ele não poderá fazer. É importante que o médico e o educador físico estejam atualizados e especializados, pois muita coisa mudou na ciência e mitos ainda são muito compartilhados e disseminados, como exemplo: obesos não podem praticar musculação (isto é um dos maiores mitos, aliás a musculação têm sido muito associada ao emagrecimento saudável).

Cirurgia Bariátrica

Cirurgia Bariátrica

Cirurgia Bariátrica

Neste caso a cirurgia pode ser considerada uma opção de tratamento, já que apenas a cirurgia não resolverá o problema definitivamente e, sem a associação dela com um estilo de vida saudável, o paciente poderá ter problemas graves posteriormente.

Normalmente a cirurgia é indicada para pacientes com obesidade moderada, ou grau II, quando ele foi submetido ao tratamento por dois anos e não obteve resultado. Ou também quando a obesidade está associada com comorbidades que diminuem drasticamente a expectativa de vida do paciente.

A cirurgia apresenta muitos riscos, como sangramentos, problemas vasculares e tromboembólicos. Por isso é muito importante realizar a cirurgia com um médico e uma equipe especializada e experiente em cirurgias bariátricas, além de um acompanhamento pós-cirúrgico.

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Categoria(s) do artigo:
Doenças

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