O que é glicose e como ela é produzida no organismo?
Hmmm, um pãozinho francês no café da manhã, um bolo de fubá na casa da vó, um suco de laranja depois do almoço. Os carboidratos são macronutrientes provenientes dos alimentos mais adorados, como massas, frutas, doces, bebidas, etc. Alimentos fontes de carboidratos são alimentos provenientes de alguns vegetais, como raízes e caules.
Enfim, vamos ao que interessa: o que o carboidrato tem a ver com a glicose? Esses alimentos, ao serem metabolizados no organismo, são transformados em glicose e é este nutriente que é usado pelo corpo para produzir energia. Energia essa que será transformada em outros tipos de energia para manter o organismo vivo, como a energia química do ATP (molécula energética celular) que faz todas as células dos tecidos e órgãos do corpo funcionarem.
O que é a Glicemia?
A glicemia não é a mesma coisa que a glicose, apesar de estarem intimamente relacionadas. O termo glicemia se refere à quantidade de glicose que está presente na corrente sanguínea. Ou seja, é a taxa de glicose que foi metabolizada do alimento ingerido e está na corrente sanguínea pronta para ser utilizada como energia ou reserva.
A glicemia é influenciada por um hormônio chamado insulina e também pela quantidade e pela qualidade de carboidrato ingerido durante o dia, o que significa que não é tão simples manter a taxa glicêmica ideal. Sim, existe uma taxa glicêmica ideal para o corpo, para evitar doenças e disfunções no corpo, ou apenas o ganho e a perda de peso. As doenças hiperglicemia e hipoglicemia são disfunções do corpo que alteram a glicemia e causam problemas decorrentes.
O Que É a Insulina E Qual É a Sua Função?
A insulina também está diretamente relacionada com a glicose e a glicemia, por isso sempre vemos esses termos associados. Porém, a insulina é um hormônio, ou seja, uma substância (neste caso, produzida pelo nosso organismo) que tem o papel de sinalizar para que reações específicas possam acontecer. Vamos entender melhor!
Este hormônio produzido no pâncreas tem a função de sinalizar e participar da metabolização da glicose ingerida pelo alimento para depois ser usada para produção de energia no corpo. Em suma, o que ela faz é sinalizar para as células do corpo receberem a glicose que será usada para a produção do ATP.
Muitos processos no organismo podem alterar a maneira ou a quantidade de insulina produzida. Algumas pessoas nascem com disfunções neste processo e outras criam disfunções com o passar dos anos – isso pode ser muito influenciado por hábitos de vida, como alimentação e sedentarismo. Em alguns casos é necessária a reposição do hormônio, já que ele é indispensável para a vida.
A insulina usada na medicina pode ser do tipo humana e análoga de insulina humana. Sendo que a insulina de origem humana é desenvolvida artificialmente em laboratório com tecnologia de DNA recombinante e a análoga é uma insulina também produzida em laboratório com alterações em cadeias de aminoácidos (para otimizar o tempo de ação do hormônio). Existem insulinas injetáveis em canetas descartáveis, canetas não descartáveis e seringas.
Diabetes
Quando não há produção de insulina no pâncreas ou quando a quantidade de insulina produzida não é suficiente, o carboidrato ingerido e digerido (glicose) vai para a corrente sanguínea, mas não é absorvido e usado pelas células para a produção de energia. Com isso, consequentemente, as células terão dificuldade de realizar suas funções e todo o organismo será prejudicado, sem exceção.
O diabetes é uma doença onde a produção de insulina não é suficiente, sendo necessária uma mudança no estilo de vida e, em alguns casos, reposição hormonal. Existem dois tipos de diabetes, o diabetes tipo 1 e o diabetes tipo 2. No diabetes tipo 1 a pessoa já nasce com a disfunção e a insulina não é produzida, com isso é necessária a reposição com insulina injetável todos os dias durante toda a vida da pessoa. No diabetes tipo 2 (desenvolvido ao longo da vida) só é necessário o uso de remédios ou insulina injetável quando não há um estilo de vida adequado ao diabético (ingestão correta de carboidratos e outros nutrientes, práticas de exercícios físicos e ingestão de água). O acompanhamento de um médico é sempre necessário.
Pré-diabetes
Este é um termo usado como um diagnóstico, porém não é uma doença, mas sim uma condição de “perigo” para o paciente. Vamos entender: significa que o paciente tem grande chance de desenvolver o diabetes e, neste caso, seria irreversível, já que o diabetes não tem cura. Quando o paciente está com pré-diabetes, ele está com certo nível de resistência à insulina e alterações na glicemia, mas ainda é possível reverter o quadro. Em números, o pré-diabetes se caracteriza com níveis de glicemia entre
Muitas são as causas que contribuem para o desenvolvimento do diabetes. Dentre elas estão a condição genética e os hábitos de vida, que envolvem a má alimentação e o sedentarismo. Entretanto, o ganho de peso e acúmulo de gordura corporal é principal causa para que a pessoa chegue na condição de pré-diabetes. Isso porque quando a pessoa está com sobrepeso o pâncreas começa a produzir um nível maior do hormônio insulina tentativa de diminuir a glicose no sangue. Parece uma ótima estratégia, porém o corpo começa a criar uma resistência ao hormônio e esse aumento na produção não gera um resultado positivo, mas sim negativo, onde diminui o reconhecimento e o efeito da insulina.
E o que deve ser feito quando o paciente recebe o diagnóstico de pré-diabetes? A primeira iniciativa é mudar os hábitos de vida. Isso inclui diminuir ou, de preferência, eliminar, os doces e carboidratos simples da rotina alimentar. Além disso, incluir vegetais, como folhas, frutas, legumes, raízes, etc. E claro, incluir na rotina diária a prática de exercícios físicos, intercalando em treinamentos de força e treinamentos aeróbicos. A diminuição do peso corporal em cerca de 5 a 7% já mostra grandes resultados na diminuição da glicemia, com isso há uma reversão no quadro de pré-diabetes. Quando necessário, alguns medicamentos podem auxiliar neste tratamento.