Pesquisa Australiana
De acordo com uma pesquisa recente feita na Austrália, os jovens que ficam muito tempo conectados a internet, apresentam mais chances de desenvolver a depressão, por isso, os responsáveis devem estar atentos ao que os filhos acessam na rede. Segundo os pesquisadores australianos, a partir dos anos 90, quando começou o uso desmedido e compulsivo da internet, vem sendo identificados vários problemas relacionados a saúde, ao relacionamento interpessoal e a comportamentos agressivos nos adolescentes.
Pais Atentos
Os pesquisadores recomendam que os pais mantenham-se vigilantes, diante das atitudes dos filhos quando estão conectados na internet, e caso identifiquem algum comportamento inadequado, procurem ajuda de um profissional especializado. De acordo com o estudo científico, até mesmo os adolescentes com boa saúde mental, podem apresentar depressão, depois de muito tempo online, e para aqueles já são apresentam histórico de transtornos psiquiátricos a dependência da internet é muito mais perigosa.
Interpretação do Estudo
A pesquisa demonstrou que que 6,2 por cento dos jovens apresentavam nível moderado de problemas emocionais e 0,2 com sérios transtornos. Após nove meses eles foram reavaliados com as variáveis para ansiedade e depressão, e ficou constatado que 0,2 por cento apresentavam sinais de ansiedade e 8,4 por cento sintomas de depressão. Essa pesquisa foi realizada com mais de mil jovens chineses na faixa etária de 13 a 18 anos. Os cientistas identificaram o perigo do desenvolvimento de um quadro depressivo 2,5 vezes maior no grupo de adolescentes que usavam a internet, como dependentes, porém perceberam que não havia uma associação direta entre a ansiedade e o uso descontrolado da internet.
Prevenção dos Transtornos
De acordo com os pesquisadores, esse estudo teve uma interferência na prevenção de transtornos mentais em adolescentes, já que os resultados revelaram que quando eles utilizam a internet de maneira descontrolada ou patológica, apresentam mais riscos de desenvolverem problemas como depressão, se continuarem com o mesmo comportamento. Segundo os cientistas, a intervenção nos primeiros estágios do uso problemático da rede, principalmente em grupos de risco, com histórico familiar, poderia reduzir os efeitos nocivos da depressão nos jovens, através de avaliações individuais, utilizando-se um programa para identificação do vício na internet, com o objetivo de detectar os jovens em risco, para que o aconselhamento e tratamento fosse feito logo no início, e o ambiente ideal para esse projeto seria a escola.
Redes de Relacionamento
Para um pesquisador da California, nos Estados Unidos, a questão que permanece é se os jovens que tiveram depressão, já tinham risco de apresentar a doença antes do vício na internet, ou também poderiam desenvolver outros transtornos mentais. De acordo com esse pesquisador, o tempo excessivo que o adolescente passa online, é um processo de dependência de jogos e pornografia, por isso os pais devem monitorar o que seus filhos acessam, pois com toda a tecnologia disponível para auxiliar às pessoas, há também quem as utilize como ferramentas para produzir comportamentos inadequados nos adolescentes, e cabe sempre aos responsáveis, a tarefa de coibirem esse processo patológico de dependência, verificando sempre o conteúdo e a importância do que é acessado no maior meio de comunicação do mundo.
Salete Dias