Obesidade
A obesidade é a maior pandemia da atualidade. Engana-se quem pensa que obesidade é não é doença. A OMS reconhece como tal e ainda aponta como uma causa grave para diversas outras doenças secundárias. A obesidade caracteriza-se pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo em certas partes do corpo. Esse acúmulo gera várias disfunções na fisiologia geral do organismo, alterando o funcionamento das vias metabólicas principais para a homeostase. Além disso, causa diversos problemas relacionados à circulação, à função cardiorespiratória, problemas nos ossos e articulações, etc.
Classificações
A obesidade pode ser caracterizada em alguns tipos e graus. Ou seja, em graus, temos a obesidade classificada de acordo com o IMC. O IMC é o índice de massa corporal, que relaciona o peso com a altura do paciente, dando assim um diagnóstico de sua situação, podendo estar nas categorias: abaixo do peso, normal, sobrepeso, obesidade grau I, obesidade grau II, obesidade grau III (ou mórbida). Quanto maior for o IMC maior é a gravidade do problema e consequentemente, maior é a chance do desenvolvimento de doenças relacionadas.
Os tipos de obesidade podem ser classificados de acordo com o padrão de distribuição da gordura no corpo e, neste caso, temos três tipos de padrões, e isso tem mais a ver com a disposição genética da pessoa. A Obesidade Difusa ou Generalizada é quando a gordura é distribuída de maneira relativamente uniforme pelo corpo. A Obesidade Androide ou Centrípeta é quando o depósito de gordura acontece principalmente na parte superior do corpo, ou seja, no abdômen, rosto, braços. E por último, a Obesidade Ginecóide, que é quando a gordura é depositada principalmente na parte inferior do corpo, ou seja, nos glúteos, coxas e quadril.
Obesidade Centrípeta
A obesidade Centrípeta é o tipo de obesidade caracterizado pela presença de acúmulo de gordura corporal em tecidos na parte superior do corpo. Isso envolve gordura visceral, ou seja, entre os órgãos do abdômen, nos braços e também no rosto. A obesidade centrípeta também pode ser conhecida como obesidade Androide, obesidade alta, central ou também troncular. É mais comum em homens e está associada a síndrome metabólica.
Dos três tipos de obesidade, a obesidade centrípeta é, sem dúvidas, a mais perigosa para a saúde. Normalmente, a gordura presente na área abdominal é a gordura visceral, ou seja, um tipo de gordura que se acumula entre os órgãos. Com isso, o sistema linfático fica prejudicado, já que limita a função e distribuição de substâncias entre os órgãos e os sistemas. Além disso, ela é a causadora de graves problemas circulatórios, como entupimento de veias e artérias. Também morte prematura.
A síndrome metabólica é um problema grave muito associado à obesidade centrípeta. Esse tipo de obesidade leva ao desenvolvimento desta síndrome. Ela consiste em uma série de doenças relacionadas ao metabolismo que estão ligadas à resistência à insulina, que se inicia com a obesidade, principalmente a centrípeta. Os critérios brasileiros para considerar um diagnóstico de síndrome metabólica são a presença de pelo menos cinco desses sintomas e fatores presentes: obesidade central, hipertensão arterial, glicemia alterada, triglicerídeos fora do normal e colesterol alterado.