O transplante de medula óssea é o tratamento necessário para determinadas doenças que atingem as células do sangue, como a leucemia e o linfoma.
O transplante é a troca da medula óssea doente ou que não funciona por células normais de uma outra medula óssea. Com o transplante, a nova medula será reconstituída de forma saudável.
O transplante é classificado em: autogênico, quando a medula é do mesmo paciente doente, e alogênico, quando a medula é doada de uma outra pessoa. Uma outra forma de executar o transplante é usando células precursoras de medula óssea, que são obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de um cordão umbilical.
Quando é Feito o Transplante
Os médicos julgam necessário o transplante de medula óssea quando as doenças do sangue, como a anemia aplástica grave, mielodisplasias ou alguns tipos de leucemias, atacam a medula óssea do paciente.
A anemia aplástica faz com que as células do sangue na medula óssea deixem de ser produzidas. Não é uma doença maligna, mas neste caso, a substituição da medula é o único modo de fazer com que as células voltem a ser produzidas normalmente.
A leucemia é um tipo de câncer, uma doença que compromete os glóbulos brancos da medula, alterando a função e a velocidade com que eles crescem. No caso da leucemia, somente o transplante não é suficiente, ele faz parte de um tratamento complementar.
O Transplante Para o Doador De Medula Óssea
O doador deve primeiro passar por uma série de exames para verificar se ele está bem de saúde. Ele não precisa mudar os hábitos para fazer a doação, que acontece num centro cirúrgico e sob o efeito de uma anestesia.
A doação da medula óssea dura cerca de 2 horas e para fazê-la, o doador deve passar por uma série de punções com agulhas nos ossos posteriores da bacia, o que permite que seja aspirada a medula.
Durante o processo é retirado um volume de medula do doador, não ultrapassando 15%, o que não causa nenhum problema na saúde do mesmo.
O Transplante Para o Paciente
O primeiro passo é submeter o doente a um tratamento que ataca as células doentes e compromete a própria medula. Depois, o paciente recebe a medula do doador como se estivesse fazendo uma transfusão de sangue.
A nova medula é enriquecida de células progenitoras e uma vez que elas estão correndo na circulação sanguínea, procuram a medula óssea para se alojarem e ali se desenvolvem normalmente.
Logo depois do transplante, o paciente ainda poderá passar por problemas de infecção e hemorragia, porque as células implantadas ainda não conseguem produzir os glóbulos brancos e vermelhos e as plaquetas necessárias. Nesta fase, o paciente deve manter-se internado e em regime de isolamento até que tudo volte a normalidade.