Na segunda-feira passada, dia 18 de outubro teve inicio em Nagoya no Japão a 10ª edição da Conferencia das Partes sobre Biodiversidade (COP-10) que deverá se prolongar até o dia 29 de outubro. Na abertura desse encontro, Achim Steiner que é o diretor do programa para meio ambiente das Nações Unidas (ONU), afirmou enfática mente que o homem está definitiva mente terminando com a vida em nosso planeta.
Discursos em tom pessimista
Durante duas semanas estarão reunidos representantes de 193 países, nesta ocasião irão avaliar as metas assumidas para este ano em relação a preservação do meio ambiente e também deverão definir os objetivos a serem alcançados até o ano de 2020. Achim alertou ainda sobre o fato deste, ser o único planeta no universo em que se sabe existir vida como a nossa e mesmo assim o homem está destruindo bases que sustentam a vida. Esse tom de pessimismo nos discursos ainda pode ser observado quando da fala de outras autoridades e também de especialistas na área ambiental. Segundo os participantes desse encontro a sociedade e a economia têm sido diretamente afetadas pela destruição contínua da natureza.
Outras manifestações
Ryo Matsumoto que é o ministro do Meio Ambiente do Japão se manifestou dizendo que é preciso ter a coragem de olhar as crianças nos olhos e admitir que em relação as metas que foram prometidas em 2002 no encontro em Johanesburgo, falhamos tanto individual como coletivamente no cumprimento destas. O ministro ainda afirmou que se não for parada a tempo, pode chegar a um ponto irreversível a perda da biodiversidade. Ainda segundo Matsumoto a biodiversidade é responsável por toda a forma de vida na terra com todos os benefícios que temos na forma de ar e água limpos e terra fértil.
Problema é grande e complexo
O chefe do programa de espécies da União Internacional para Conservação da Natureza, Jane Smart considera que temos um problema que além de muito grande é bastante complexo, mas que apesar disso podem ser visualizados alguns sinais de esperança. Para a pesquisadora a noticia boa é que quando a conservação é promovida, ela funciona realmente e que nós gradativamente estamos a descobrir o que deve ser feito e quando resolvemos fazer as coisas passam a dar certo.
Agir de forma sustentável
Para proteger e conservar, especialmente o mar é preciso fazer muito, salvar áreas muito vastas de oceano e consequentemente os cardumes de peixes e isso não quer dizer que teremos de parar de comer peixes, mas sim que devemos comê-los de uma fora sustentável. O Brasil também está participando desse encontro e pretende pressionar países ricos no sentido de obter recursos de cerca de R$ 1,6 bilhão por ano para preservação do ambiente.