Todo ano, estima-se que aparecem 30 mil novos casos de câncer de intestino (câncer de cólon e reto). Trata-se de um dos tipos de câncer que mais atinge os brasileiros, fica atrás somente dos de pele, próstata, melanoma e mama feminina. O fator de risco principal desse tipo de câncer é o histórico familiar da doença.
Além dos fatores genéticos existem fatores externos que contribuem para o aparecimento desse tipo de câncer. Abaixo listamos alguns passos para você manter o seu intestino mais saudável o que contribui diretamente para afastar a possibilidade de desenvolver câncer de intestino.
Exames Regulares
Colonoscopia e Cápsula Endoscópica
O exame específico para saber como está a saúde do intestino grosso e reto é a colonoscopia. Basicamente esse exame consiste numa endoscopia que é feita através do ânus e que torna possível visualizar a mucosa intestinal em toda a sua circunferência indo do reto ao íleo terminal (que é o final do intestino delgado). Com isso é possível fazer coleta de material para análise.
Existe ainda o exame da cápsula endoscópica que embora permita a visualização da luz intestinal não possibilita a realização de biópsias. Em geral esse exame é utilizado quando existem lesões obstrutivas que tornam difícil a passagem do colonoscópio ou quando se deseja fazer uma avaliação do intestino delgado que é uma parte muito complicada de acessar com endoscópios.
Testes Indiretos radiológicos dos Cólons
Consistem em dois tipos de exames que são: clister opaco e colonoscopia virtual. A função desses exames é desenhar a luz do intestino de maneira a poder encontrar lesões de mucosa que sejam maiores do que 6 mm.
Cuidado com Doenças do Cólon e Reto
Outro fator importante no desenvolvimento de câncer de cólon e reto é a presença de doenças do tipo inflamatórias do intestino crônicas como, por exemplo, a doença de Crohn e a retrocolite ulcerativa. As doenças representam uma porta de entrada para o câncer intestinal devido ao estímulo inflamatório frequente que causa a aceleração da multiplicação celular.
Atenção a Mesa
Os hábitos alimentares a mesa também podem ser bastante prejudiciais, dentre os alimentos que representam risco estão carne vermelha, enlatados, defumados, embutidos entre outros. A dica é não consumir esse tipo de alimento em excesso, isso porque a digestão desses alimentos acarreta na produção de metabólitos que são substâncias tóxicas que podem culminar na transformação genética da mucosa do intestino.
Os especialistas aconselham que o consumo de carne vermelha seja limitado em 200 gramas por semana, consumido de uma a duas vezes por semana, em especial para que faz parte do grupo de risco para doenças do intestino. Os demais alimentos citados devem ser evitados ao máximo. Fique de olho no consumo de carnes processadas que representam um risco maior do que carnes não processadas.
Inclua Mais Fibras no seu Cardápio
Quando uma pessoa come mais frutas, legumes, grãos integrais e verduras eleva a quantidade de bactérias presentes em seu intestino de forma que melhora o seu funcionamento. A partir do momento que a microbiota (flora intestinal) funciona melhor é mais fácil suplantar a ação de bactérias que são nocivas e que dão origem a substâncias tóxicas.
Outro ponto positivo de consumir mais fibras é que um intestino saudável elimina com mais regularidade os metabólitos tóxicos por meio da evacuação. As fibras são responsáveis ainda por regularizar o trânsito no intestino reduzindo dessa forma o tempo que a mucosa permanece exposta a substâncias que tem potencial cancerígeno.
Cuidado com Sobrepeso
Um fator de risco do câncer de intestino assim como para vários outros problemas de saúde o sobrepeso representa sempre um risco. Um estudo confirmou que a obesidade bem como acúmulo de gordura abdominal aumenta as chances de um indivíduo ter câncer de cólon e reto.
Homens que tem um sobrepeso significativo ou que estão no estágio inicial de obesidade apresentam um risco 25% maior de ter câncer intestinal. Também se constatou que homens que tinham um tamanho de cintura significativamente maior tinham um risco de 63% a mais de desenvolver esse tipo de câncer.
Existe um desequilíbrio metabólico nas pessoas que tem sobrepeso, obesidade e diabetes que eleva o risco de câncer de intestino. Ter uma circunferência abdominal menor contribui para reduzir os níveis de insulina e glicose de maneira que regulariza o metabolismo. Manter o hábito de praticar atividade física regularmente é muito importante para que haja esse equilíbrio.
Exercícios Físicos
Especialistas alertam que a prática regular de exercícios físicos reduz em 24% o desenvolvimento de câncer de intestino. Estudos que comparam pessoas que praticam exercícios físicos com pessoas sedentárias demonstram que os primeiros têm uma chance bem menor de apresentar esse tipo de câncer em comparação com os últimos.
A dica é incluir na sua rotina pelo menos 30 minutos de atividade física moderada em cinco dias da semana. Fazendo isso você estará contribuindo para que o seu intestino funcione melhor através do estímulo de movimento do órgão. Os exercícios físicos também ajudam a reduzir o estresse bem como controlar o peso que são dois fatores de risco para o desenvolvimento de câncer.
Álcool – Aprecie com Moderação
Apesar de não existir uma comprovação da relação direta que existe entre o consumo excessivo de álcool e o câncer de intestino (como existe com a carne vermelha, por exemplo) sabe-se que as pessoas que bebem demais tem um risco maior de desenvolver a doença.
O risco é mais significativo para indivíduos que ingerem mais de 45 gramas de álcool por dia (isso equivale a mais ou menos 03 latas de cerveja de 350 ml e 03 taças de vinho de 150 ml). É importante dizer que o consumo de quantidades pequenas de álcool podem apresentar resultados positivos para a saúde, porém, pessoas que sofrem com o alcoolismo devem evitar até mesmo pequenas doses.
Tabagismo
Já está comprovado cientificamente que o cigarro é uma causa de câncer de intestino. De uma maneira geral pessoas que fumam tem 18% mais chances de desenvolver o câncer de intestino em comparação a pessoas que não fumam. As substâncias tóxicas que existem no cigarro estimulam as mutações genéticas do organismo como um todo o que pode ser a porta de entrada para vários tipos de câncer.
